Capítulo 5.

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Oak.

Hoje a humana não apareceu para tomar café da manhã do lado de fora, cedo ela saiu de carro, usando um vestido curto demais, não sei porque eu continuo observando essa fêmea, algo nela me chama atenção, acho divertido quando ela grita bom dia ou boa noite. Olhei mais uma vez para a casa alguns metros a frente e me virei para descer, a leoa da montanha que abrigamos aqui na reserva está prenha e apenas eu consigo me aproximar dela para checa-la.

Assim que desci me coloquei em direção ao lugar onde ela costuma ficar, parei farejando o ar em busca dela, um barulho fez eu me virar e sugar o ar em busca de sentir o cheiro de quem está se aproximando, relaxei quando identifiquei o cheiro de Leo. Normalmente Novas Espécies primatas não possuem o olfato tão apurado quanto Caninos e Felinos, mas o meu olfato é bom, não perde em nada pra eles, talvez devido ao DNA animal ser mais forte do que os demais.

- Está procurando a Lola? – Esse é o nome que Tammy a companheira de Valiant deu a Leoa da montanha, ela acha interessante nomear os animais.

- Estou sim. – Respondi. – Ela parecia agitada ontem, quero ver como está.

- Não a vejo tem uns três dias. – Leo falou. – Já pegou o cheiro dela?

- Não, ela costuma ficar por aqui. – Caminhei um pouco. – Mas ainda não peguei seu cheiro.

- Vamos. – Leo falou caminhando ao meu lado. – Ajudarei você a encontrar ela.

Seguimos em silêncio pelo caminho, ela não estava onde eu esperava, demos a volta e seguimos em direção ao seu outro esconderijo conhecido, alguns metros a frente pegamos seu cheiro.

- Eu senti seu cheiro. – Falei aspirando forte.

- Eu também sinto. – Leo declarou.

- Vamos. – Me adiantei na direção do seu aroma.

Nós seguimos na direção do cheiro, ela estava próximo dali em uma caverna baixa escondida no fundo, cansada e mais feroz do que o normal.

- Oi garota. – Entrei na caverna vendo ela rosnar. – Se acalma, você está tendo o filhote? – Nessa hora senti outro cheiro.

- Acho que ela já pariu. – Leo falou na entrada da caverna.

- Eu senti o cheiro. – Falei sem olhar para trás. – Você já teve o filhote garota. – Sorri.

Me aproximei um pouco mais piscando os olhos para me acostumar a pouca luz, ela rosnou um pouco mais deixou que eu me aproximasse, o filhote saiu no meio de suas pernas, escondido um pouco atrás de suas patas, me aproximei com cuidado para examinar os dois.

- Eles estão bem? – Leo perguntou da entrada.

- Aparentemente estão sim. – Falei. – Vou tentar me aproximar mais.

- Cuidado. – Ele gritou.

- Sempre tenho.

Olhei primeiro o filhote que parecia saudável, já se movia bem, não tinha ferimentos e os olhos estavam normais, em seguida olhei para a mãe, ela parecia estar bem apenas um pouco cansada, tinha comida na caverna e elas estavam protegidas, passei a mão na cabeça dela que se aninhou a minha mão.

- Você fez um bom trabalho garota. – Falei, a olhei um pouco mais e sai da caverna. – Devemos esconder o cheiro delas. – Falei quando sai.

- Vai ser mais seguro se fizermos isso. – Ele concordou olhando para a entrada.

Pegamos alguns galho de uma planta com cheiro forte e os usamos para cobrir boa parte da entrada da caverna e para disfarçando o cheiro, usamos também o nosso cheiro para afastar qualquer predador que estivesse por ali. Quando tudo estava organizado e parecia seguro para elas nos viramos para sair.

OAK - Uma História Nova EspécieOnde histórias criam vida. Descubra agora