Capítulo 8.

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Kelly.

Ouvi um barulho de galho quebrando, me virei na direção do som e me deparei com uma figura humana, um homem, muito grande estava bem na minha frente, com a escuridão da noite eu não conseguia ver muito dele, apenas seu contorno, era alto, largo e com cabelos grandes, na escuridão da noite era bastante assustador. Gritei pelo susto e dei um passo para trás na esperança de colocar distância entre nós, infelizmente também colocando distância entre mim e a porta de casa, já que ele estava mais perto da porta que eu.

- Calma Kelly. – O estranho tinha uma voz grave e sabia meu nome, aquilo me deixou ainda mais assustada. Ele deu alguns passos entrando na réstea de luz que saia pela porta aberta. – Sou Oak, você falou comigo no muro lembra? – Arregalei os olhos.

Agora estava na luz eu reparei nas suas feições, ele é um Nova Espécie, um macho grande e com ar dominante, seu corpo é inteiramente musculoso pude ver através da roupa molhada pela chuva que se grudava em seu corpo, a pele escura reluzia com a luz, os músculos delineados, os cabelos escuros estavam soltos, eles se ondulavam a medida que caiam nos ombros e estavam pingando de água, ele é muito alto, uns bons 15 centímetros mais alto que eu e olhe que eu não sou uma mulher pequena, tenho 1,88 e sou considerada grande.

Seus rosto tinha uma estrutura forte e pronunciada, o maxilar quadrado, as maçãs do rosto salientes, os olhos delineados por grossas sobrancelhas, a sombra não me deixava ver a cor deles, seus lábios eram grossos e delineados. Tudo nele exalava dominância e ferocidade, toda a minha observação durou apenas alguns instantes, mas, na minha cabeça pareceram vários minutos, até que eu me dei conta de que ele sendo Nova Espécie conseguia me ver perfeitamente e eu estou quase nua.

- Oak? – Ele confirmou com a cabeça. – Puta merda. – Falei nervosa.

- Eu não vou machucar você. – Ele deu um passo para trás e só aí eu entendi que poderia ser mal interpretada.

- Não é isso. – Me apressei em falar. – Você é Nova Espécie. – Uma emoção que eu não soube identificar passou em seu rosto. – Seus sentidos são melhores do que os humanos e você deve estar me enxergando perfeitamente. – Apontei para meu corpo. – Estou quase pelada. – Ele pareceu entender o que eu falava.

- Eu não devia ter ficado olhando? – Falou ainda com os olhos grudados no meu corpo. – Me desculpe, não estou acostumado com os costumes humanos. – virou de costas.

- Está tudo bem. – Falei me apressando para dentro de casa. – Vou vestir algo, entra, eu volto logo. – Sem esperar resposta eu entrei rapidamente.

Pode parecer loucura eu deixar um homem entrar assim em casa, mas olha o tamanho dele, qual é? Se ele quiser entrar e fazer algo, ele vai, então prefiro acreditar que ele não quer fazer nada de ruim comigo. Subi para meu quarto rapidamente, coloquei uma toalha nos cabelos, tirei a roupa molhada e me sequei rapidamente, coloquei uma calça de moletom, uma camiseta de malha grossa, peguei uma toalha seca e voltei a descer rapidamente.

Quando voltei a cozinha ele estava parado na porta olhando para dentro do cômodo, quando me aproximei eu percebi melhor o quanto ele é largo, os ombros musculosos, os braços torneados, quando foquei em seus olhos vi que eles são de um vermelho escuro muito peculiar e bonito, automaticamente eu lembrei dos vários personagens de Manhwa que eu leio, eram lindos.

- Se seca um pouco. – Entreguei a toalha pra ele. – O que faz aqui? – Ele inspirou fundo alargando as narinas.

- Eu e outros da minha espécie estamos procurando um filhote de urso que se perdeu na floresta depois que a mãe morreu.

- Tadinho. – Senti meu peito apertar quando eu ouvi o que ele disse.

- Ele está aqui perto?

- Senti seu cheiro aqui por perto, vi que sua casa é por esse lado e resolvi checar você para saber se estava tudo bem, ele poderia ter vindo assustado para sua propriedade e lhe causar dano.

OAK - Uma História Nova EspécieOnde histórias criam vida. Descubra agora