꧁—𝐁𝐨𝐚 𝐥𝐞𝐢𝐭𝐮𝐫𝐚 —꧂
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✉A família Sano não poderia ser considerada rica, mas seu financeiro era o suficiente para sustentar seu dojo, próximo a sua residência cuidado por seu avô e uma oficina, cuidada por Shinichiro. Ele abriu o pequeno cafofo logo após de completar seus 21 anos.
Não posso dizer que é um lugar confortável. Do meu ponto de vista era sujo, além de que fedia a graxa e tinta; o cheiro é insuportável e o fedor da gasolina, que naquele calor, me dava ânsia de vômito.
— Ei gatchusca. — O homem alto, de 1.82, — medidos por mim—, saiu do banheiro da oficina, limpando as mãos sujas de graxa em um pano branco, agora preto, caminhando em minha direção. Seu sorriso não mostrava os dentes, mas era lindo e enorme em igual.
— Hã? — Não consegui prestar atenção em sua fala, já que minha atenção estava em sua blusa branca transparente suada colada a seu corpo. Mostrava tudo que tinha por baixo, e eu digo não tinha NADA!
— Acredita em amor a primeira vista ou preciso passar na sua frente de novo? Apesar de que pela sua cara, uma vez foi o suficiente. — Sua risada rouca e mão sobre a boca eram tentadoras, apenas seu humor, horrível, estragava. Ah, e o cheiro de cigarro.
Mais uma vez não consegui prestar atenção no que tinha dito, fiquei distraída admirando seu corpo magro marcado e seu rosto simétrico. As únicas coisas que consegui recordar foram: "Passar na sua frente" e "se apaixonar". Julguei ser mais uma de suas cantadas bregas.
— Pode passar quantas vezes quiser. — Forcei um sorriso irônico. — Agora fazer com que eu me apaixone... acho que vai ter que se esforçar um pouco mais. Para dizer a verdade, meio que está listado em "tarefas impossíveis para Sano Shinichiro". — Provoquei, desta vez com uma risada sarcástica.
Sim, eu gosto dele. A real é que posso dizer que amo, mas sempre que falamos sobre esse assunto, ou flertamos na brincadeira, sou consumida pela ansiedade e acabado dizendo coisas como essas para disfarçar minha vergonha.
— Poxa gatinha. — Grunhiu com a mão sobre o peito, fez uma careta dramática e ameaçou se jogar no chão. — Assim você quebra meu coração. — Finalizou com um biquinho.
Acho incrível como ele tem facilidade em tirar uma risada minha. Certo que ele era um idiota, mas esse "Shin brincalhão" conseguia me deixar feliz somente com isso.
Então essa é a sensação de estar apaixonada?
Todos os dias eu venho a essa oficina para tentar uma conversa com ele, no início foi difícil pois ele tinha preconceito com a diferença de nossas idades, mas com tempo que fomos nos aproximando conversando sobre tudo, como melhores amigos, acho que mudou um pouco sua perspectiva.
— Aqui. — Colocou o banco de madeira ao lado da moto, com as ferramentas do lado. Sentei sem cerimônia e cruzei as pernas com os cotovelos apoiados na minhas coxas. Sano sentou no pano forrado no chão, em frente ao escapamento da moto e começou a desmontá-lo.
Nunca fui boa com motos, não sei nada além do básico e ainda assim me apaixonei por um mecânico delas. Ficar observando sempre foi horrível, mas quando se trata de Shinichiro sinto que posso passar dias observando ele concentrado, com um sorriso fino, consertando-as. Ainda assim, era algo dentro de mim que não permanecia sem provocar, era impossível, já que a voz ficava em minha mente sussurrando: "provoque-o, provoque-o".
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𝐅𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨𝐥𝐞, Sano Shinichiro
Fanfiction𝗨𝗺 𝗺𝗲𝗰𝗮̂𝗻𝗶𝗰𝗼 𝗶𝗱𝗶𝗼𝘁𝗮. 𝗨𝗺 𝗿𝗼𝗺𝗮𝗻𝗰𝗲 𝗾𝘂𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗲𝗰̧𝗮 𝗲𝗻𝘁𝗿𝗲 𝗰𝗼𝗻𝗵𝗲𝗰𝗶𝗱𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗮𝗱𝗼𝗹𝗲𝘀𝗰𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮. "𝗦𝗲𝗻𝘁𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝘀𝗮̃𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗹𝗶𝗰𝗮𝗱𝗼𝘀, 𝗲 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗹𝗶𝗰𝗮𝗱𝗼𝘀 𝘀𝗮̃𝗼 𝗮𝘀...