- 𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟓- 𝐂𝐢ú𝐦𝐞𝐬

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— Então... Irmão... quem é essa garota? — Escutei a voz do irmão mais novo de Shinichiro. Se me lembro bem, seu nome era Mikey, Manjirou, alguma coisa assim.

Pela distância em que ouvi sua voz, chuto que estava no sofá.

— É a namorada dele, olha como os dois pombinhos estão abraçados. — Agora foi a voz da irmã mais nova dele que se intrometeu na conversa.

Errado, não estávamos namorando, e digo por mim mesma que se não fossem pelas circunstâncias, COM CERTEZA eu não estaria abraçada àquele cara.

Minha cabeça rodava, como se eu estivesse em uma montanha russa em alta velocidade, mas ela só andava em forma de ∞. Piorava tudo ficar com os olhos fechados, mas abrí-los estava fora de questão, já que quando tentei meus olhos arderam. Como um vampiro ao chegar perto do Sol.

Me segurar bem firme em Sano foi minha última opção, já que a cama caía junto comigo. Ele era o único, na bagunça que estava minha mente, a ficar fixo em um lugar só.

— Essa garota... bem... — ele pensou tanto que por um momento fiquei triste. — É uma grande amiga minha.

— Você normalmente dorme com suas amigas? Na sua cama? — A irmã mais nova brincou, ele riu e deu tapinhas fracos em minhas costas, talvez eu estava o agarrando forte demais.

— Só em casos especiais.

Aquela frase acabou tendo um grande impacto sobre mim.

Eu era especial? Especial para ele?

Era a primeira garota que ele levou para casa, a primeira garota que ele deitou sem fazer nada? Não sabia se ficava triste ou feliz com esses pensamentos.

— E aquela sua outra namorada? — Indagou Mikey presunçoso.

Mesmo sem olhar para Shinichiro, eu sabia exatamente sua pose. Era a mesma de sempre, aquela que ele fazia quando sabia da resposta, mas queria fazer uma pequena cena.

Ele fechava os olhos e levantava o queixo, fazendo  mini beicinho.

— Ah... a Lilyo. Nem me lembra... — suspirou, me deixando curiosa, já que nunca tinha ouvido sobre esse caso dele. — Ela terminou comigo, deu um tapa na minha cara e me chamou de infantil.

Quando ele disse isso, a primeira coisa que eu quis fazer foi rir, porém minha cabeça doía tanto que não consegui nem soltar um ar.

— Parece muito a sua cara viver esse tipo de situação. — Comentei. Minha voz saiu mais rouca que o normal, me assustando um pouco.

A garganta estava seca, implorando por algo para refrescar, não consegui abrir os olhos, pois a claridade ainda incomodava.

— A bela adormecida acordou?

— Faz um tempo, mas ainda sinto que vou vomitar.

— Em cima de mim não!! — Exclamou.

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Minha garganta doía com a quantidade de vômito que saía dela sem nenhum intervalo de tempo. O tempo não parecia passar nunca. Contados por mim, eu estava há 4 minutos com a cabeça curvada ao vaso sanitário.

— Parece estar se divertindo. — Zoou o homem. — Por isso eu lhe disse para não exagerar.

Vomitar, botar tudo para fora estava acabando com minhas energias, por isso não retruquei suas zoeiras.

— Emma, traz a toalha fazendo um favor. — Pediu a irmã, que antes de ir buscar, gritou um "tudo eu nessa casa".

— Cara... eu nunca mais vou beber. — Resmunguei roubando uma risada sincera dele.

𝐅𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨𝐥𝐞, Sano ShinichiroOnde histórias criam vida. Descubra agora