Estava escuro; os meus olhos estavam fechados, isso era uma certeza, e apesar de estar uma escuridão, minha mente se encontrava em branco. Era como se meu corpo estivesse flutuando. Eu sentia a posição em que estava. Deitada completamente reta, com minha barriga virada para cima e meus braços e pernas esticados colados ao corpo. Apesar de me sentir flutuando, meu corpo estava muito pesado, ao ponto de eu não conseguir me mover. Mesmo imaginando todos os movimentos na minha cabeça, como se estivesse vivendo eles, de algum modo sabia que não movi um centímetro sequer.
Um ar gelado bateu aos meus pés; e com o passar dos segundos, enquanto ganhava mais consciência, logo escutei o barulho de uma televisão ligada. E também senti algo me prendendo dos peitos aos tornozelos, só não sabia o que era.
Não querendo pensar muito sobre isso, mas eu com certeza estava em uma sala, uma bem pequena, já que sentia as quatro paredes, chão e teto. Pode ser esquisito ter essas percepção mesmo de olhos fechados.
Eu estou dormindo? Bem, apesar de quem normalmente está dormindo não tem esse tipo de pensamento… pensamentos consciente. É até legal, mas é uma droga, não é? É meio chato… não tem nada para pensar. Que caralho! Aff.
Meus pensamentos foram interrompidos por uma voz, que antes estava longe, e que agora, se encontrava ao meu lado. Parecia conversar comigo. De quem era essa voz? Espera! Sei de quem é… mas… de quem? Ahh…. que raiva! De quem é? Está na ponta da língua!
Respirei fundo, mesmo não valendo de nada, já que meu corpo nem se mexia… espera… eu estava respirando? Fiquei alguns segundos em silêncio tentando notar minha respiração….
…
…
Nada.
Bom! Deixa para lá! O importante é que meu tsunami de pensamentos foram embora e logo consegui me sentir tranquila mais uma vez, assim, escutando a voz dizia. Não consegui descobrir a quem pertencia, mas o que dizia chamou minha atenção.
— Aliás… estou tentando deixar tudo organizado para quando você voltar… — consegui escutar uma risada tristonha vindo dele, e isso fez meu coração apertar.
Para com isso, idiota. Eu não morri, eu estou aqui!
— Eu… sabe, estou com saudades de você… dos seus abraços, dos seus beijos, de você toda hora brigando comigo ou tentando mandar em mim… — não pude deixar de soltar uma risada quando ele disse isso. Apesar de eu nunca ter feito nada disso do que disse.
Ele soltou um longo suspiro, isso me deixou um pouco irritada, já que todas as vezes fazia uma pausa somente para isso.
— A última vez que eu te vi foi quando você saiu correndo da minha casa, a gente nem conseguiu se falar, e quando consegui ir atrás de você… que droga! Porra [nome]! Por que você não consegue ficar longe de encrenca!? — Exclamou irritado, pude sentir o chão vibrar, meu coração também levou um susto com a ação agressiva.
Seu jeito era assim quando ficava irritado consigo mesmo. E todas as vezes me sinto mal, pois nunca sei como ajudar ele…
Queria poder dizer um: "Tudo bem, cala a boca idiota". Mas nem adianta tentar já que nem mexer a boca eu consigo. No fim, tentei acalmar minha mente e continuei a escutá-lo.
— Apesar que… o maior idiota do eu por nunca conseguir falar o que quero… nunca explicar nada direito e sempre esquecer de te falar as coisas, esperando que você leia minha mente… me desculpa gatinha… — suspirou. Consegui imaginar corretamente seu semblante estressado e preocupado, sentado à cadeira, bem ao lado de onde eu estava deitada.
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𝐅𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨𝐥𝐞, Sano Shinichiro
Fanfiction𝗨𝗺 𝗺𝗲𝗰𝗮̂𝗻𝗶𝗰𝗼 𝗶𝗱𝗶𝗼𝘁𝗮. 𝗨𝗺 𝗿𝗼𝗺𝗮𝗻𝗰𝗲 𝗾𝘂𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗲𝗰̧𝗮 𝗲𝗻𝘁𝗿𝗲 𝗰𝗼𝗻𝗵𝗲𝗰𝗶𝗱𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗮𝗱𝗼𝗹𝗲𝘀𝗰𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮. "𝗦𝗲𝗻𝘁𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝘀𝗮̃𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗹𝗶𝗰𝗮𝗱𝗼𝘀, 𝗲 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗹𝗶𝗰𝗮𝗱𝗼𝘀 𝘀𝗮̃𝗼 𝗮𝘀...