— Acho que estou morrendo.
Sinto os dedos dos meus pés formigarem, e com certeza deixei de sentir meus braços há, pelo menos, uma hora. Minhas panturrilhas doem como se tivessem passado um dia inteiro malhando na academia, mas tenho certeza de que nem são duas da tarde ainda.
— Você não está morrendo, Blake. — Layla resmunga, afundando o colchão ao pôr uma caixa ao meu lado. — Está sedentária.
— Isso é uma grande mentira. — Ergo a cabeça, encarando-a. — Malho, pelo menos, três vezes na semana.
Minha irmã dá um sorriso cruel para mim, levando as mãos até a cintura daquele seu jeito mamãe de ser.
— Uhnrum. — Seus olhos castanhos brilham com diversão e malícia. — E quando foi a sua última ida a academia mesmo, irmãzinha?
Meus lábios se abrem para respondê-la, mas absolutamente nada além de um barulho esquisito sai de dentro de mim. Layla ri, abre a caixa de papelão que colocara ao meu lado na cama e começa a vasculhar ali dentro.
— Estou muito mais em forma do que você. — Diz.
Reviro os olhos, voltando a me jogar de costas sobre o colchão.
— Você tem com o que se ocupar durante as vinte e quatro horas dos seus sete dias na semana.
— E no mínimo pelos próximos cinco mil, cento e dez dias. — Relata com uma expressão de cansaço forçada.
Mas sei que ela não está reclamando. Layla é muito mais do que feliz com sua vida, filhos e marido.
Eu não conseguiria.
— Boa sorte. — Brinco, suspirando de alívio.
Minha irmã dá um risinho, então nós duas olhamos em direção a porta do quarto quando ouvimos os pares de pezinhos batendo no chão e fazendo uma barulheira danada por todo o apartamento.
— Meu Deus, estamos prestes a ser cercadas. — Digo, sentando-me na cama. — Dá tempo de pular pela janela?
Layla vira em direção a porta, sorri e diz:
— Não mesmo. Encare suas batalhas, lindinha.
Então duas pequenas pessoinhas invadem o quarto, e nós somos derrubadas no colchão recém colocado ali quando eles se jogam em nossos colos.
— Jamie, querido, você está ficando mais pesado do que posso aguentar! — Layla resmunga embaixo do filho, enquanto tenta tirá-lo de cima dela.
A pequena Nora está em cima de mim, rindo enquanto ataco sua cintura, bem onde sente mais cócegas.
— Tia Blake, pare! Pare! — Ela grita enquanto ri descontroladamente. — Estou me rendendo!
— Não, Nora! — Jamie grita de cima da mãe. — Nós não nos rendemos!
Agarro a pequena garotinha no colo e pulo da cama com ela em meus braços. Olho para Jamie, que mantem a mãe refém sobre o colchão, e faço uma expressão perversa.
— Largue a sua mãe, garotinho, ou vou levar Nora embora e nunca mais vai vê-la! — Ameaço brincando.
Nora está em meus braços completamente sem fôlego por causa do ataque de cócegas.
Jamie me encara, chocado.
— Ela é sua sobrinha!
— E sua irmã! — Rebato, arqueando as sobrancelhas. — E você está atacando a minha irmã. Portanto, estaremos quites. — Pisco para ele.
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O amanhã do nosso para sempre
Любовные романыA conexão entre Blake e Michael em um primeiro, estranho e rápido encontro é instantânea. A paixão é tão avassaladora que, mesmo anos depois, quando se reencontram, nada parece ter mudado. Um ainda permanece nos pensamentos do outro, e apesar dos pe...