Não sei se estou alucinando, ou se ainda estou em casa tendo o melhor sonho de toda a minha vida, mas sei que a sensação de ter Blake montada sobre meu colo no banco de trás do meu carro, ainda estacionado em frente ao Oriole recém fechado, é bem real. E maravilhosa.
Então, universo, se for sonho ou alucinação, por favor, não me acorde.
— Michael... — Blake estremece enquanto minhas mãos passeiam por suas coxas.
— Sim? — Beijo uma parte específica de seu pescoço, que já percebi ser bem sensível.
Blake tem dificuldade em encontrar as palavras, principalmente quando nossos quadris se movem ao mesmo tempo um contra o outro.
Merda. Até eu estou tendo dificuldade de manter a sanidade aqui.
— Alguém pode nos ver. — Ela diz, mas não está realmente preocupada.
Sorrio, roçando os lábios pela sua clavícula.
— Os vidros são escuros, querida. Não se preocupe.
— Nesse caso...
Suas mãos agarram meu rosto, uma de cada lado, e me obrigam a erguê-lo. Sou pego de surpresa pelos seus lábios quando chocam-se contra os meus e me roubam um gemido que com certeza não soltei de propósito. Subo minhas mãos pela sua cintura, agradecendo aos céus pelo vestido vermelho — que passara a noite toda me tentando — ser colado o suficiente para que eu possa ver e sentir todas as suas curvas sem precisar despi-la para isso.
Os puxões que ela dá no meu cabelo estão me tirando do sério, e se continuar com isso não vou conseguir me segurar. E eu definitivamente não quero transar com Blake pela primeira vez no banco de trás do meu carro, no meio da rua onde podemos ser flagrados a qualquer momento por um policial desconfiado ou um morador curioso.
— Blake... — Afasto minha boca da dela relutantemente.
— Sim?
Abro os olhos e me deparo com um sorriso sacana em seu rosto que me dá vontade de rasgar todas as suas roupas. Mas eu me controlo. Não posso fazer isso com ela. Blake não é só uma consquista para mim, é mais do que isso. Quero ir devagar, porque não quero que acabe. Nunca.
E não quero que ela ache que sou um babaca que só está atrás de uma transa.
— Você está me matando. — Desabafo.
Ela ri, acariciando minha nuca com os dedos.
— Esse sorriso está me matando. — Aperto sua cintura, fazendo-a soltar um gemidinho baixo. — E esse vestido está, definitivamente, me matando. — Dou um rápido beijo em seus lábios, usando todas as minhas forças para me afastar. Olho em seus lindos olhos. — Mas não quero forçar você a nada. Não precisamos fazer nada que não queira.
Tento ignorar o desconforto entre minhas pernas quando Blake mexe o quadril de leve. Ignore, Michael.
— Você já me deu o melhor encontro que já tive na vida. — Sorrio, me sentindo meio bobo por dizer isso em voz alta. — Por mim, a noite já está perfeita.
Respiro fundo, então espero pacientemente pela sua resposta, enquanto observo seu rosto com atenção. Mas, para a minha surpresa, Blake não me responde com palavras. Não de início, pelo menos. Ela só me puxa para outro beijo de surpresa, tão forte que é como se estivesse me devorando. Eu estremeço pela vontade dela, derreto-me completamente em seus braços e rezo, silenciosamente, para que ela interrompa esse beijo antes que eu me entregue completamente.
— Obrigada. — Diz baixinho, afastando os lábios dos meus só um pouco.
— Pelo que? — Pergunto, completamente sem fôlego.
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O amanhã do nosso para sempre
RomanceA conexão entre Blake e Michael em um primeiro, estranho e rápido encontro é instantânea. A paixão é tão avassaladora que, mesmo anos depois, quando se reencontram, nada parece ter mudado. Um ainda permanece nos pensamentos do outro, e apesar dos pe...