Capítulo 9 - Amor que vive nas lembranças

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— E agora? O que é que eu faço?

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— E agora? O que é que eu faço?

Alba abraçou o pequeno Javier e olhou para a babá Sara, em busca de um conselho amigo. O dia mal havia amanhecido e, pela janela aberta, entrava um vento frio, vindo do mar. O tempo estava nublado e cinzento.

— Você deveria ouvir seu coração só isso. — Foi a resposta da babá. — Nele deve estar a solução para o seu problema...

Alba deu um suspiro desanimado.

— Você acha que eu estou apaixonada por ele, não acha?

— Eu não acho, minha querida, tenho certeza. Pude ver isso acontecendo... você é tão inexperiente, o Don Saramago é tão poderoso e dominador, com aquele jeito de justiceiro espanhol. E agora ele quer se casar com você!

— Eu... eu lhe contei qual foi a razão desse pedido, babá.

— É, contou sim.

— E não acha que é algo impossível?

A babá Sara abriu a garrafa térmica e serviu duas xícaras de café árabe.

— Já está mais do que na hora de ele se assentar e, na minha opinião, uma mulher delicada e simpática como você pode fazê-lo mais feliz do que aquela Paula Oliveira, mesmo com toda sua beleza e sofisticação.

— Mas eles pertencem ao mesmo círculo social, não se esqueça disso. Fiquei observando os dois na festa e achei que haviam sido feitos um para o outro.

— Não concordo. — A babá estendeu uma das xícaras a Alba e sentou o relutante bebê em sua cadeira alta. — Tenho certeza de que você seria a mulher ideal para ele.

Alba balançou a cabeça.

— Eu me daria tão mal como esposa dele, como Carmem se deu com Diogo. E olhe que fim trágico ela teve! Talvez sua morte não tenha sido um acidente... Você não acha que ela pode ter decidido acabar com sua vida, por ter sido tão maltratada aqui?

— O que eu acho... — A babá provou seu café pensativa. — É que o Don Adrian vai cuidar melhor de sua esposa do que o senhor Diogo o fez...

— Você quer dizer que ele vai ser mais possessivo, isso sim. — Alba não pôde deixar de sorrir. — Adrian parece mesmo um justiceiro, não é? Você precisava ver o jeito como ele falou com a Condessa, quando ela começou a me ofender. Chegou mesmo a expulsá-la do quarto! Pude até imaginá-lo com uma espada na mão, defendendo a honra das jovens donzelas... — Agora, seu sorriso foi substituído por um suspiro. — Mas sei que isso não tem graça nenhuma e devo deixar essa casa o quanto antes.

— Não vejo por quê. Você adora está ilha! Mas que aquelasw duas encostadas.

— É verdade. Acho que poderia morar aqui para sempre, mas não posso ficar e aceitar um pedido de casamento feito por obrigação. Não quero que ele case comigo, já que não me ama, você não compreende?

Intenções Perigosas - Série Pecados Capitais - LIvro IOnde histórias criam vida. Descubra agora