Capítulo 40

489 31 24
                                    

Maiara ’s POV


— Está pronto? — perguntou Maiara, apertando a mão de Gustavo.

— Pronto. — Ele beijou a cabeça da esposa e a conduziu para o carro, que esperava.

Danilo estava discutindo com vovó, e Maraisa cobria o rosto com as mãos, rindo.

— Ops. — Maiara se aproximou do carro. — Eu quero mesmo saber?

— Vovó pensa que é artista — explicou Danilo, entre os dentes. — Tentei impedir, mas...

— Ah. — Maiara olhou para o vidro de trás. Vovó tinha desenhado um enorme par de peitos e escrito Tetas Para Sempre. — Que gracinha!

— É mesmo um dia muito, muito especial — murmurou Gustavo.

— Vão logo, vocês dois! — Vovó suspirou. — Agora. — Ela os puxou para o lado. — Imagino que vocês saibam como essas coisas... funcionam.

— Coisas? — repetiu Maiara. — Que coisas?

— Ah, minha querida! — Vovó levou a mão à bochecha. — Essas coisas, por exemplo... — Ela deu de ombros. — Quando forem fazer bebês...

— Ah, meu Deus! — Gustavo fechou os olhos e pareceu desolado.

— É importante manter as pernas para cima. Bem, foi assim que meu filho veio ao mundo! — Ela suspirou. — Entre outras coisas, mantenha as pernas para cima, bem assim, ó. — Vovó abriu a porta do carro, sentou-se e ergueu as pernas esticadas. — Mas é claro que você vai estar com as costas na cama. Entendeu?

— As pessoas estão começando a olhar para cá, vovó — comentou Danilo.

— E aí — ela baixou as pernas —, depois de meia hora, você se vira, como fazemos com um assado.

— É preciso virar os assados? — perguntou Maraisa, em voz alta. — Nunca cozinhei assim.

— Então, minha querida, você precisa de umas dicas — retrucou vovó.

— Não, obrigada. — Maraisa deu um passo para trás.

Vovó olhou para Gustavo e Maiara.

— É melhor que esses soldadinhos sejam fortes! Mas eles têm sangue de Gentili, então devem ser razoáveis.

— Razoáveis? — Gustavo assentiu. — Acho que vão ser melhores que isso.

— Vão, sim. — Maiara deu tapinhas nas costas do marido.

— Ostras — disse vovó, assentindo. — Coma mais ostras, isso faz o sangue ir para os lugares certos. Esses soldadinhos estarão prontos para a guerra!

— Ah, a guerra! — comentou Danilo. — Quem me dera!

Vovó olhou para ele de cara feia, então voltou a atenção para Maiara.

— Querida... Tem alguma pergunta para sua avó?

Gustavo ergueu uma das mãos, assim como Danilo.

Ignorando-os, vovó deu tapinhas na mão de Maiara.

— Sei que pode parecer terrível, mas faça isso. E faça isso pela sua avó. Vá para aquele quarto e pense que está fazendo isso pela vovó.

— Não. — Gustavo sacudiu a cabeça. — Por favor, não precisamos dessa imagem mental. Eu imploro...

— Preciso de bisnetos. — Vovó deu de ombros. — Agora, não vão me decepcionar! — Suspirando, ela pegou a bolsa. — Isto deve ajudar.

— O que é isso? — Gustavo apontou para o enorme colar que vovó colocava no pescoço de Maiara.

— Contas da fertilidade — explicou vovó, dando de ombros, como se todos devessem saber.

— Maravilhoso — disse Danilo, rindo.

— Você é o próximo — murmurou Gustavo, então passou o braço ao redor de Maiara.  — Acho melhor a gente ir, hã...

— Brincar de batalha-naval com os soldados? — perguntou Maiara, brincando.

Ele sorriu.

— Vou afundar esse seu navio.

— Hum, vamos ver se eu deixo — completou ela.

Vovó deu uma cotovelada nas costelas de Danilo.

— O que eu falei? Essas contas funcionam que são uma maravilha! Olhe só para esses dois.

Maiara ignorou vovó e entrou no carro.

— Obrigada, pelo... hã... conselho.

— Não há de quê! — Vovó acenou. — E se tiver algum... problema, basta ligar para a vovó, está bem?

— Nunca. — Gustavo ligou o carro.

— O que você disse? — Vovó colocou uma das mãos em concha na orelha.

— Amo você! — gritou ele, então arrancou para longe do estacionamento.

Maiara estendeu o braço e segurou a mão dele.

— Pronto para brincar?

— Claro. — Ele riu. — Passei a vida inteira esperando por isso.

...

Gustavo ’s POV


— Maiara, se você não sair por essa porta em cinco segundos, eu vou derrubá-la — gritou Gustavo, do quarto.

Eles passariam a noite de núpcias na nova ala da casa, em vez de na suíte de Danilo e Maraisa.

— Só mais um minuto! — Ela riu e tirou toda a roupa.

Gustavo pensou que ela fosse usar alguma lingerie, mas nada disso. Seria apenas ela.

— Maiara, estou falando sério! — gritou Gustavo. — Você está me matando.

— Bem... — Maiara abriu a porta do banheiro. — Eu não ia querer que meu novo marido morresse, né?

Ela abriu a porta devagar e se apoiou no batente.

Gustavo se virou e ficou pasmado.
Boquiaberto, seus olhos a acariciaram dos pés à cabeça, bem devagar, até se encontrarem com os dela.

— Uau!

— É mesmo? — Ela sorriu.

— Meu Deus! — Gustavo andou até ela e a ergueu nos braços, beijando-a com força. — Estou obcecado pelo seu corpo.

— Gustavo...

Agarrando-a pelos quadris, Gustavo aprofundou o beijo.
Depois a segurou nos braços e a deixou cair na cama.

— Não vou devagar. Não consigo, não tenho forças. Eu te amo e prometo que na segunda vez vou bem devagar e vou ser romântico, que vou dizer todas as coisas certas. Mas agora só quero estar dentro de você, ao seu redor, perto de você, em você, embaixo... — Ele soltou outro palavrão enquanto arrancava as roupas. — Então, que Deus me perdoe, mas, se eu não tocar em você agora mesmo, vou explodir!

No instante seguinte, Gustavo estava em cima dela, beijando-a, provocando-a, puxando seu cabelo e rolando na cama para que ela ficasse por cima.

Gustavo revirou os olhos e soltou outro palavrão, passando as mãos pelo corpo dela, parecendo queimar sua pele a cada toque.

— Eu te amo tanto!

— Eu também te amo. — Maiara se inclinou e o beijou, e seu cabelo caiu ao redor deles como uma cortina, enquanto Gustavo a puxava mais para perto.

Ele abriu um sorriso largo quando Maiara o puxou para o lado, permitindo que ele ficasse por cima dela.

— Não consigo... — Ele soltou um palavrão. — Não me julgue apenas por essa performance, está bem? É tudo o que vou dizer.

— Bem, vou só fazer a média das performances e acrescentar a de hoje, que tal?

— Combinado. — Ele finalmente a penetrou, sem conseguir conter um gemido. Quando Maiara ofegou, ele parou e a beijou bem devagar. — Fico feliz por você ter se casado comigo.

— Pare de enrolar. — Ela moveu o corpo junto ao dele.

— Sim, senhora.



================================

🔻 Maratona cap 10 🔺️

Fim da maratona!

Gente próximo capítulo é o último e depois é epílogo, por isso vou postar só amanhã 🤧❤

Mais Que Um DesafioOnde histórias criam vida. Descubra agora