Maraisa’s POV
Maraisa soltou um gemido ao ser puxada para perto de algo quente.
Suspirou, feliz, quando lábios vorazes encontraram os seus.Rindo, Danilo foi para cima dela e tirou a blusa. Aquele homem era insaciável — o que, para ela, era ótimo.
Danilo se afastou, gesticulando com o indicador para dizer que era a vez dela. Maraisa ergueu a blusa até metade do tronco e parou.
Sem aguentar esperar, Danilo arrancou a blusa e puxou as alças do sutiã dela.
Sua boca se colou à de Maraisa em segundos.As mãos deslizaram até seus quadris, puxando-a para si, quando ele soltou um grunhido que mais parecia um apelo desesperado.
— Não consigo parar — disse, roubando mais um beijo faminto. — Por favor, não me odeie por eu querer você outra vez.
Odiá-lo?
Ela não conseguia tirar as roupas rápido o bastante.
Quem poderia imaginar que ela passaria a primeira noite de casada em uma casa de árvore?
E com Danilo Gentili? E Twinkies.
Bem, Deus tinha senso de humor, afinal.— Nossa, você tem um gosto maravilhoso! — A língua de Danilo se enroscou na dela enquanto as mãos deslizaram até seus quadris.
Ela ouviu fogos de artifício estourarem no instante em que aquelas mãos roçaram sua pele — ou talvez tivesse sido um apito.
Ela o beijou com mais vigor.Tinha alguma coisa errada.
Os fogos de artifício ficaram mais altos.
E alguém começou a bater na porta da casa da árvore.— Muito bem, vocês dois! — gritou vovó. — Desçam já daí! Temos planos a fazer! E um casamento! Desçam!
Danilo, obviamente sem se importar, continuou a beijá-la.
Maraisa retribuiu o beijo — até que seu marido foi arrastado para longe dela pela vovó em pessoa, com o apito nas mãos.
Danilo praguejou enquanto se cobria com o cobertor.
— O que você pensa que está fazendo?
Vovó deu de ombros.
— Vocês têm o resto da vida para fornicar na casa da árvore...
— Não é fornicação quando se está casado — comentou Danilo.
— Está bem. Vocês podem trepar depois. — Vovó olhou feio para eles. — Mas o pessoal do bufê já chegou, e o bolo também. Preciso dos bonequinhos.
Maraisa sentiu os olhos se arregalarem.
— Hã, foi um...
— Sei que vocês estão com os bonequinhos — explicou vovó, parecendo entediada. — Blanche confirmou que vocês pagaram a encomenda.
— Foram bem caros, esses bonequinhos — grunhiu Danilo.
— Desçam já, os dois. — Vovó apitou uma última vez e desceu a escada enquanto gritava: — E vocês têm dez minutos para me entregar os bonequinhos!
— Senão o quê? — gritou Danilo, para a avó.
Tudo o que ouviram foi o apito, e então Charles Barkley pulando e latindo lá embaixo.
Vovó apontou para a porta da casa da árvore e ele veio parecendo um monstro pronto para derrubá-la em uma velocidade impressionante, mas ao ouvir outro apito de vovó parou quando estava quase chegando no seu alvo: Eu.Vovó levantou uma coleira na mão e respondeu:
— Use sua imaginação. E também lembre-se que tenho muito mais na manga, lembra da coleira?Tenho certeza de que fazem coleiras dessas aqui para as partes...
— Está bem! — gritou Danilo. — Como você quiser!
Tinha chegado a hora de entrar em pânico.
— Danilo, não temos uma plataforma para os bonequinhos. Não podemos estragar o bolo!
Danilo soltou um palavrão.
— Esses bonequinhos vão estragar o bolo: ou afundarão nele, ou estarão sobre uma plataforma na qual se lê TETAS PARA SEMPRE.
Maraisa cobriu a boca com as mãos e riu.
— Bem, nós tivemos algumas distrações.
— Você — Danilo apontou para ela — foi uma distração. Se não tivesse desfilado na minha frente de salto alto e saia curta, eu teria construído uma droga de uma plataforma.
— Sei. E cadê o seu martelo? — Ao notar a expressão de culpa de Danilo, Maraisa lançou um olhar vitorioso. — Você por acaso sabe usar um martelo?
Ele sorriu, sem pudor.
— Acho que provei que sei martelar muito bem.
— Putz. Não sei se lhe dou um tapa ou os parabéns.
— E quanto à opção em que você fica pelada? A oferta não está mais de pé?
— Não mesmo. — Maraisa colocou a blusa e se levantou. — A oferta acabou no instante em que vovó mencionou a coleira de choque e fez alusão às partes íntimas masculinas.
— Certo. — Danilo deu uma piscadela. — Está bem. Vamos acabar logo com isso. Talvez ninguém perceba.
— Sei. — Maraisa assentiu. — E talvez vovó e o sr. Casbon não tenham brincado de mímica na noite passada.
Danilo fez uma careta.
— Todo o meu tesão foi embora.
— Ótimo. — Maraisa estendeu uma das mãos para que Danilo pudesse ajudá-la a descer a escada. — Porque será extremamente inapropriado se você parecer excitado ao entregar aquela plataforma à mulher do bolo.
Danilo desceu atrás dela.
— Você sempre tem uma resposta na ponta da língua.
— Foi por isso que você se casou comigo. — Maraisa abriu um sorriso.
Danilo a ergueu nos braços e a carregou pelo gramado.
— Entre outras coisas.
— Me coloque no chão!
— Vou levar você até a porta — explicou Danilo. — Gosto de fazer as coisas do jeito certo.
— Só que não, né? — comentou Maraisa.
— Algumas coisas — ele a colocou de pé no instante em que entraram na cozinha —, as que são importantes para mim, eu as faço corretamente. Tipo as que envolvem uma pessoa chamada Maraisa. Se você ainda não tiver entendido, depois de eu ter dito um milhão de vezes ontem de noite... — Ele a puxou, corada, para si. — Eu te amo.
— Eu também te amo. — Os olhos dela se encheram de lágrimas no mesmo instante em que ouviram outro apito cortar o ar.
— Os bonequinhos. Vamos pegar. — Danilo a soltou e disparou pelo corredor.
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🔻 Maratona cap 3 🔺️
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Mais Que Um Desafio
Fanfic# SINOPSE "Como vai? Quer dizer, faz TANTO tempo!" Na verdade, fazia onze meses, uma semana e cinco dias. Mas quem é que estava contando mesmo? Não ela. Danilo Gentili é rico demais, bonito demais e arrogante demais: Qualidades que, anos antes...