Capítulo 32

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Maiara’s POV

— Acho que vou morrer. — Gustavo soltou um palavrão. — Só para você saber, acho que vou mesmo morrer. Vai sair no jornal. As pessoas vão rir. A situação vai ficar feia, Maiara. Só estou avisando.

— Só por precaução? — Maiara tirou a blusa.

Os olhos de Gustavo ficaram escuros.

— Isso, só por precaução.

— Entendo. — Ela tirou o short e o jogou no chão.

— Mas que merda! Estou me sentindo como uma criança!

— Você está tentando acabar com o clima? — Maiara olhou de cara feia, botando as mãos nos quadris.

Gustavo desviou os olhos.

— É, não foi isso mesmo o que eu quis dizer.

— Pode explicar melhor?

— Me sinto um adolescente. — Gustavo abriu um sorriso. — Como na primeira vez que a vi de biquíni.

— Ah, as histórias da sua adolescência pervertida! Diga-me, Satã...

— Aaaaaaah, vamos começar a falar sacanagem. Gostei.

Maiara revirou os olhos.

— Qual era a cor do meu biquíni?

Gustavo umedeceu os lábios e avançou até ela.

— Rosa. Era um biquíni rosa-shocking. — Ele a puxou para os braços e começou a beijar sua orelha. — Me deixou com calor.

— Ah, é? — sussurrou Maiara, afastando-se. — Por isso você me empurrou na piscina?

— Bem, estava calor. — Gustavo passou os dedos pelos lábios da noiva. — Você precisava se refrescar... Eu fui um cavalheiro.

— Você foi um babaca — retrucou Maiara.

— Também. — Gustavo passou os dedos pelo cabelo dela. — Nossa, como você é linda!

Sentindo as bochechas corarem, Maiara olhou para baixo.
Ele não dizia aquilo havia quase uma semana, o que era perfeitamente compreensível, já que estavam sendo mantidos separados por vovó.
Era algo bom de ouvir!

— Não faça isso. — Gustavo deu uma risada. — Não fique com vergonha de repente.

— Não estou com vergonha. — Maiara o encarou. — Só estou feliz por ouvir você dizer isso.

Gustavo franziu a testa.

— Acha que eu não digo o bastante?

— Você diz, sim. — Maiara não soou convincente nem para os próprios ouvidos. — Mas que droga, estou ficando exigente! É porque você me mima demais! — Ela beliscou o braço do noivo e ficou satisfeita ao ouvir o grito de dor.

— Pestinha! — Gustavo a jogou na cama e a prendeu sob o corpo, segurando seus pulsos, de modo que ela não conseguisse fugir.

Maiara se debateu debaixo dele.
Maldito. Era forte.

Um músculo se contraiu na mandíbula de Gustavo, que cerrou os dentes e fechou os olhos.
O cabelo escuro e ondulado caiu pela testa quando ele se inclinou, aproximando-se o suficiente para beijá-la.

Em vez disso, inspirou e não fez mais nada.

— Hã, Gustavo? — sussurrou Maiara.

— Hum?

— O que você está fazendo? Achei que estivesse morrendo. Disse que ia enlouquecer sem contato físico e agora... — Ela riu, sem fôlego. — Está me cheirando?

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