Capítulo 41

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Danilo observava enquanto Maraisa pegava uma taça de vinho e vinha até ele na varanda de trás.

Melissa e Jace tinham ido dar uma volta perto do rio. Ideia de vovó, não deles.
Mas os dois aceitaram, para deixá-la feliz, como fazia a maioria das pessoas, e disseram que voltariam mais tarde para planejar o café da manhã do dia seguinte.

— Então. — Danilo bateu a taça na de Maraisa. — Onde vamos passar a lua de mel? Quer dizer, você teoricamente foi demitida, então podemos passar o mês inteiro fora, se quiser.

Maraisa deu uma risadinha.

— Simples assim? Pegamos o primeiro avião para qualquer lugar?

— É. — Danilo se inclinou para beijá-la. — Simples assim.

— Mas eu não tenho passaporte.

Danilo deu de ombros.

— Então dá para esperar ele ficar pronto, podemos viajar pelos Estados Unidos.

— Havaí. — Nervosa, Maraisa olhou para o outro lado e tomou um gole de vinho.

— Posso perguntar por que o Havaí?

Ela se inclinou para trás, apoiando-se nas mãos.
O luar brilhava em sua pele clara, e Maraisa fechou os olhos e suspirou.

— Meus pais sempre prometeram que me levariam para conhecer. Primeiro, depois de terminar a escola, mas aí aconteceu alguma coisa e virou depois da faculdade, e... Bem, dá para imaginar. Sempre foi uma promessa vazia. E eu sempre quis ir.

Deus do céu, como ele a amava!

Compraria o Havaí inteiro para ela, se fosse possível.

— Então, combinado: Havaí. — Ele a beijou na bochecha.

— Crianças? — Vovó abriu a porta dos fundos e saiu. — Aqui estão vocês! Estava procurando os dois. — Ela pegou uma cadeira e se sentou. — Então, sei que meus métodos nem sempre são corretos.

— Bem, esse é o eufemismo do século — retrucou Danilo.

— Babaca. — Ela estreitou os olhos. — De qualquer forma, eu gostaria de pedir desculpas.

— É mesmo? — Danilo se inclinou para a frente, apoiando as mãos nas coxas, e sorriu. — Por quê?

— Por tudo.

— Que seria... — insistiu Danilo. — O quê, exatamente?

Vovó desviou os olhos e respondeu, em um tom irritado.

— A dança do acasalamento, mas, em minha defesa, tive que ter certeza de que vocês sentiriam a tensão.

— Ah, nós sentimos! —Maraisa deu uma risada e, notando o olhar irritado de Danilo, recuperou a compostura.

— E? — O homem olhou para a avó.

— O presente da farmácia. — A velha senhora fungou.

— Certo. — Danilo soltou um palavrão. — Muito obrigado, aliás.

— Ah, seu bobo! Você precisava passar por algumas dessas, ou muitas. Conte, eles usaram o sistema de som para pedir a camisinha no balcão? Estava torcendo para que isso acontecesse!

Danilo a ignorou e balançou a cabeça.

— E o que mais, vovó? Pelo que você está realmente pedindo desculpas?

— Enganar vocês para que assinassem uma licença de casamento. Mas vocês sabem a quantidade de leis que tive de quebrar para isso? O dinheiro que passou de mão em mão, os favores que pedi! — Ela se levantou e começou a andar de um lado para outro. — Ora, tive até que fazer doação para a droga da Câmara de Comércio!

— Estou comovido — comentou Danilo, seco. — E tudo isso para fazer um favor a vocês dois.

Depois de alguns segundos, Danilo finalmente respondeu.

— Você está certa.

— Estou? — Vovó levantou a cabeça de supetão. — Quer dizer, sim, sim, estou. E não se esqueça disso! Agora, onde é que está aquela sua irmã querida, Maraisa?

— Ah, não. — Danilo agarrou a mão da avó e a empurrou de volta para a casa. — Seus dias de cupido acabaram.

— Mas...

— Vá para cama. Agora. E sozinha, ou vou pegar aquele apito.

— Você não se atreveria a perturbar meu santuário!

— Me atreveria sim, e é o que vou fazer. Você merece isso e muito mais.

Com a cabeça erguida, ela entrou na casa batendo os pés, os saltos fazendo barulho no piso de madeira até o fim do corredor.

— Você queria que tivesse sido diferente? — perguntou Maraisa, atrás dele.

Danilo se virou e a puxou para um abraço.

— Não. Nunca. Sem dúvida. E você?

— Espero desde o nono ano para ser sua namorada, posso muito bem ser sua esposa. — Ela o beijou.

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Gente voltei para finalizar, desculpa ter sumido, obg pelas msg...
Eu só precisava de um tempinho...

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