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O telefone de Lan Zhan lhe dá boas instruções sobre como chegar ao restaurante de carro em vez de barco. Ele entra no estacionamento exatamente às 10h15. Ele desliga o motor e sai, encostado na lateral do carro e tentando parecer casual.

Ele vestiu seus jeans escuros e uma camisa de linho clara. Seu irmão o declarou muito bonito quando ele entregou a Lan Zhan as chaves do carro, fazendo Lan Zhan corar por toda a frente. O tio, de fato, já estava dormindo. Lan Zhan sente a pontada de culpa por enganá-lo, mas enquanto o tio não souber, não pode machucá-lo e manterá a paz.

Lan Zhan também havia tirado uma soneca após o jantar em preparação. Ele boceja agora, mas não se sente cansado. Ele está, de fato, bastante nervoso. Ele observa a porta do restaurante se abrir e alguns garçons saindo, a conversa animada e rindo. Ele aperta os olhos, mas não vê Wei Ying entre eles. Se o notam, não comentam, o que ele aprecia.

Finalmente, às 10h23, uma figura alta e esguia surge e, após uma pausa, começa a ir direto para Lan Zhan. Lan Zhan se endireita e espera que Wei Ying o alcance. À luz do poste da rua, Wei Ying parece um pouco atormentado, mas está sorrindo enquanto salta para Lan Zhan, brilhante e fácil.

— Oi!

— Olá. — Lan Zhan não pode evitar o pequeno sorriso que cresce em seu rosto. Ele quer beijá-lo. — Como foi o seu turno?

Wei Ying franze o nariz e dá de ombros.

— Aahh Você sabe, o de sempre - estava ocupado, e tivemos alguns clientes insatisfeitos que só queriam levantar uma confusão, mas está tudo bem, agora está feito. Falando em mau cheiro, ugh. — Ele levanta a camisa de si mesmo e dá uma cheirada. — Estou cheirando a óleo frito e peixe, me desculpe. Eu tenho uma muda de roupa no carro, você se importa?

— É claro, vá em frente.

Wei Ying corre até seu próprio carro e abre o porta-malas. Ele se aprofunda nele e, antes que Lan Zhan saiba o que está acontecendo, tira sua camisa de trabalho. A boca de Lan Zhan fica seca. Ele não deveria – ele não deveria olhar. Wei Ying não lhe deu permissão para olhar – embora se possa argumentar que a permissão foi dada pelo simples fato de ele fazer isso ao ar livre. Lan Zhan não tem a chance de ver muito, além de uma figura geral esguia e levemente musculosa, e então Wei Ying está vestindo uma camiseta escura e fechando seu baú de forma decisiva. Ele caminha de volta para Lan Zhan.

— Você se importa, tipo... me dar uma carona de volta aqui quando terminarmos?

— Claro que não. Seu carro estará seguro?

— Ah, sim. — Wei Ying diz com um aceno de mão. — Vai ficar tudo bem.

Um silêncio, então, apenas um pouco constrangedor. Lan Zhan realmente quer beijá-lo. Ele limpa a garganta.

— O que você gostaria de fazer?

— Tem um bar perto, também fica no lago. Não fecha até, tipo, duas. Você gostaria de ir até lá? Seltzer por minha conta. — Ele sorri.

Lan Zhan concordaria com qualquer coisa, desde que Wei Ying estivesse lá.

— Eu não me importo. Vamos.

O local fica a quinze minutos de carro. Está lotado quando eles chegam lá e Wei Ying pega a mão de Lan Zhan e o leva até o bar com confiança. Lan Zhan olha em volta — tudo é madeira e ferro, com paredes brancas e canos expostos no teto. Claramente foi recentemente remodelado.

— Um Allagash branco para mim, por favor, e um seltzer para o meu encontro. — Wei Ying diz ao barman, lançando a Lan Zhan seu sorriso de mercúrio. O coração de Lan Zhan bate no encontro.

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