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— Vejo você amanhã? — Lan Zhan suspira. Wei Ying acaba de chegar em casa. Ainda faltam uma hora para eles saírem para o restaurante, mas foi a coisa certa a fazer, voltar cedo. Ainda assim, ele poderia ter tido outra hora de Wei Ying. Eles nunca almoçaram. — Quando é o seu turno?

— Duas a dez.

Lan Zhan suprime um gemido. Eles têm planos para a manhã e a tarde. E ele não pode justificar outra noite, não quando corre o risco de perturbar sua família. Até mesmo seu irmão, indulgente como é, pode se sentir magoado com isso. Lan Zhan já perdeu o suficiente.

— Eu não acho que posso. — diz ele baixinho, olhando para seu colo. Ele pode ver os joelhos de Wei Ying saindo de seu short e quer roê-los.

— Sim, eu imaginei. — Wei Ying diz com a mesma calma. — Tempo para a família.

Lan Zhan acena com a cabeça.

Wei Ying dá um suspiro dramático e diz:

— Então, escute. Eu nunca perguntei. Quando você vai embora?

— Tarde de domingo.

— Então temos sábado. — diz Wei Ying. Quase não é uma pergunta.

— Temos sábado. — confirma Lan Zhan. — Você está ocupado?

— Mais duas a dez. Você pode-

— Sim. — diz Lan Zhan antes de sair da boca de Wei Ying. — Eu vou fazer arranjos. Alguma coisa. Eu gostaria de ver você.

O sorriso de Wei Ying é incerto, mas esperançoso.

— Sim? Você não se importa?

Lan Zhan balança a cabeça.

— Eu não me importo.

— Bom. — O sorriso de Wei Ying se solidifica, se transforma em seu sorriso cotidiano, o sorriso que Lan Zhan passou a considerar como seu sorriso de boas-vindas. — Me mande uma mensagem? E mande uma mensagem amanhã também. Nem sempre poderei responder, mas tipo... mantenha contato.

— Eu vou. — diz Lan Zhan solenemente. — Adeus, Wei Ying.

— Tchau, Lan Zhan.

Lan Zhan se inclina, dá-lhe um beijo suave, depois abre a porta e sai.

Sábado. Eles vão se ver no sábado.

De repente, o resto da semana parece água em suas mãos. Ele não pode segurá-lo, nem mesmo se ele apertar muito, muito forte. Muito em breve, Wei Ying estará a milhares de quilômetros de distância, uma coisa do passado. Uma faísca bonita, uma memória.

Mas ele o tem por enquanto, Lan Zhan decide. Ele o tem por enquanto.

 Ele o tem por enquanto

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— A-Zhan... — diz Lan Huan. — Você está bem?

Eles estão andando por uma rua residencial, em direção ao que Lan Zhan foi informado ser uma cidade universitária com um bom campus e restaurantes. Eles poderiam ter estacionado lá na cidade, mas Lan Huan disse que a caminhada que leva até lá também é agradável, e o clima não está muito abafado para variar, então eles decidiram caminhar. O tio está acompanhando eles, embora Lan Zhan esteja ciente de que ele não é tão jovem quanto antes.

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