twenty eight

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Um dia para minha viagem, um dia para começar a realizar meu maior sonho, meu pai me ajudou com tudo, me arrumou até um advogado na Escócia, me entregou um planejamento de quando vai pder me viajar e me instruiu em tudo o quê pode

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Um dia para minha viagem, um dia para começar a realizar meu maior sonho, meu pai me ajudou com tudo, me arrumou até um advogado na Escócia, me entregou um planejamento de quando vai pder me viajar e me instruiu em tudo o quê pode.

Me despedi de Kim e Kat ontem, mas elas vão me encontrar no aeroporto amanhã, já combinamos tudo.

Minhas coisas já foram enviadas para meu apartamento na Escócia, já está tudo no devido lugar, eu estou apenas com uma mala pequea com roupas que usei esses dias.

Não vi o Vincent desde aquele dia, não tive coragem de enviar uma mensagem, não tive forças para encará-lo mais, só que ninha consciência está me cobrando um último adeus.

Hoje quando acordei, enviei uma mensagem para ele, pedi para me encontrar na casa de campo, quero me despedir, preciso disso e sinto que ele também.

Tinha acabado de sair do banho quando meu celular acendeu com uma mensagem dele "estou saindo de casa!

Sorri fraco com a mensagem e fui me trocar, mandei uma mensagem pro motorista avisando que iria pra lá e fui até a mala, vesti um short jeans e uma camiseta comum, não deixei muitas opções de roupa para mim, então acho que isso está ótimo.
O trajeto não era tão rápido, então levei meus fones de ouvido e fui assistindo série até chegarmos lá. Sorri pela janela quando vi o Vincent apoiado na porta do motorista, ele estava sério enquanto observava o carro que eu estava.

— Obrigada por vir! — Agradeci assim que desci do carro, ele abriu um sorriso e caminhou na minha direção.

— Você finalmente se rendeu ao dinheiro do seu pai. — Ele falou ainda com um sorriso no rosto e apontou para o carro com o motorista, senti uma leve irônia junto, mas ignorei.

— É bom ás vezes — Respondi sem jeito e parei na frente dele. — Está melhor?

— Não me machuquei fisicamente, você que fugiu sem saber de toda história. — Ele respondeu firme e desviou o olhar para as árvores.

— Desculpa por isso, podemos entrar? — Perguntei tentando sair da minha posição desconfortável, eu deveria imaginar que ele estaria com raiva das minhas últimas atitudes.

Vincent apenas caminhou até a porta de entrada da casa de campo, peguei minha mochila no carro e respirei fundo antes de ir até ele, tinha planejado um dia bem diferente do quê aparentemente será.

— Quero te mostrar uma coisa. — Falei assim que fechei a porta da casa e pude escutar uma risada nasal dele. — O quê foi? — Perguntei preocupada.

— "O quê foi?" — Parei de me aproximar dele assim que ele se virou com uma certa fúria. — Você desapareceu por uma semana e de repente me pede para vir aqui, fingindo que nada aconteceu? — Ele perguntou confuso e irritado, mas também parecia assustado, ele estava tenso, sua mandíbula está travada, ele está gesticulando muito com as mãos e eu sei que posso ver o medo em seus olhos.

— Eu estava com medo, sinto muito! — Pedi assustada e ele soltou uma risada nasal e com certeza, irônica. 

— Que bom que só você teve medo, Hera! — Ele falou furioso e apontou o dedo na minha cara, seus passos na minha direção eram tão pesados que sentia a casa toda tremer. — Eu passei a porra da semana inteira bem, acredita? Porquê você é a ÚNICA que sente tudo, A ÚNICA! — Ele descontou toda a raiva no tom de voz enquanto gritava comigo e na parede atrás de mim, ele deu um soco forte acima da minha cabeça, me encolhi um pouco e segurei para não deixar nenhuma lágrima escorrer. — Eu sempre soube que você era um problema, sempre! — Ele falou baixo, quase em um sussurro, mas a raiva e o medo ainda estavam ali.

— Não vem jogar a culpa em mim, eu sempre te avisei, sempre deixei claro que nada entre nós iria dar certo e você concordou, você quis continuar. — Falei relembrando ele e ele se afastou rindo, meu corpo deu uma pequena respirada com a distância que ele deu, finalmente.

— Eu sei que a culpa é minha por ter pensado que iria mudar você, eu tinha certeza que iria fazer você mudar esse seu pensamento, só que pelo visto, eu me enganei. — Ele falou e ficou de costas para mim, seus ombros finalmente relaxaram e eu respirei aliviada, ele finalmente vai me escutar.

— Sinto muito. — Pedi e comecei a me aproximar dele que estava praticamente no outro canto da sala de estar.

— Eu que sinto muito, Hera! Sinto muito por você ser tão fodida assim, sinto muito por não conseguir ser alguém melhor, alguém que não para de olhar pro próprio nariz, sua mãe deve estar muito orgulhosa! — Ele finalmente desabou e desabou encima de mim, toda a raiva que ele estava sentindo, foi direcionada á mim, senti como se uma espada atravessasse meu coração lentamente, rasgando cada camada do meu coração.

Dei alguns passos para trás antes de finalmente virar de costas para ele e ir na direção da cozinha, preciso de no mínimo duas garrafas de whisky. Comecei a abrir o ármario desesperada para encontrar a garrafa de bebida, as palavras do Vincent me acertavam em cheio cada vez que se repetiam na minha cabeça, doeu escutar aquilo dele, doeu muito.

Meu corpo foi prensando contra o balcão e meus olhos assustados foram até a pessoa à minha frente, Vincent. O olhar dele era de medo e culpa agora, mas o meu era de raiva, muita raiva. Consegui empurrá-lo para longe de mim, mas ele voltou para perto e me puxou para um abraço, ele estava pedindo perdão, mas aquelas palavras não entravam na minha mente mais. 

Comecei a dar socos no peito dele e tentar empurrá-lo para trás, mas ele sabia como agir, ele estava decidido a não me soltar mais dali. 

— Eu odeio você, odeio, odeio! Quero que você exploda em qualquer canto desse mundo, quero que v... — Comecei a falar todas as mentiras que imaginei quando o choro finalmente tomou conta de mim, fui fraca mais uma vez.

Vinnie segurou minha cabeça com as duas mãos e me fez olhar para ele, um sorriso começou a se formar em seus lábios e no mesmo instante, um "?" se formou na minha cabeça.

— Eu te amo, Hera! Eu te amo como jamais pensei que fosse amar alguém e mesmo que você não queira admitir que também me ama, eu tenho consciência que sim! — Ele falou com aquele sorriso perfeito nos lábios e eu ri, sem querer, mas ri, ele está certo, eu o amo e muito.

Fiquei na ponta do pé e o beijei, sentir o gosto dele é como sentir um pedaço do céu, era perfeito, tudo se tornava perfeito quando minha boca tocava na dele, todo o meu corpo reagia quando sentia ele, meu corpo sabe o quanto ele é perfeito para mim.

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𝒑𝒐𝒍𝒊𝒔𝒊𝒑𝒐 - 𝐯𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐡𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora