O som da água caindo sobre o piso do banheiro era a única coisa que se ouvia ali dentro, a respiração ofegante e cansada de Taehyung era a melodia do momento. O sangue que escorria e manchava seus braços era como uma tinta que pinta o quadro, e a dor, a dor era o pintor daquela noite.Não era Taehyung que pintava e sim ele era a tela em branco, foi manchado de vermelho naquela noite novamente, o vermelho fez companhia ao preto e branco. Taehyung sorriu aí notar que agora existia mais uma cor presente ali, não era o vermelho que ele queria. Mais era o vermelho que ele tinha.
Se sentia um covarde e fraco e não negaria isso a si mesmo, não poderia mais ficar se fazendo de vítima, precisava reagir e sabia disso. Aquelas pessoas era a sua família agora e precisava proteger eles. Mais pra proteger não precisa se acovardar não é mesmo? Ele pode fazer as coisas certas sem ter medo, pois sabia que não estava sozinho.
Yoongi não pensou duas vezes antes de bater em uma homem maior que si apenas para proteger Taehyung, Hoseok tinha toda a calma do mundo quando se tratava de si. Então porque ele não fazia nada por eles?
Saiu de seus pensamentos com a voz de jimin ecoando pelo o local, o menino batia na porta e chamava por si.
— Estou saindo minny. – Taehyung se levantou e terminou o seu banho, não tinha roupa ali e seus cortes não parava de sangrar. Respirou fundo e saiu do banheiro.
— Está tudo... bem. – A frase de jimin morreu ao vê o braço do menino, olhou para Taehyung e sorriu. — Fiz bolinho pra você, eu mesmo que fiz.
— É algo comestível? Eu não quero correr o risco de morrer com uma intoxicação. – Taehyung falou e viu o menino olhar para si indignado.
— Eu me dediquei horas nisso aqui Tae, eu aguentei as palhaçada do Gguk e as piadas ruins do tio Jin, e são ruins mesmo. — Jimin colocou a comida na cama e sentou. – Você é obrigado a comer isso.
— Agora eu tenho mais certeza ainda que isso aí não é comestível. – Taehyung viu a cara triste de jimin e se aproximou dele. — Tou brincando mochi.
— Mochi?
— Sim, você parece um. – Taehyung falou e Jimin corou envergonhado. — Fofo, eu vou comer, tudo bem?
— Vista uma roupa, você é meu amigo mais ainda é gostoso. – Jimin falou e Taehyung riu. — Que jungkook não me escute.
— Eu te dou uma chance, quer provar? – Taehyung falou e Jimin olhou confuso para o menino, ele era gostoso e muito bonito. Mais ele preferia o seu coelhinho.
— Atrevido. – Jimin falou e Taehyung começou a rir, o menino se sentiu aliviado ao ouvir a risada de Taehyung. Passaria o dia implicando com ele só para vê aquele sorriso. — Mais ofereça a Yoon e Hobi, eles não vão negar.
Jimin viu Taehyung perder o sorriso as poucos e ficou um pouco sério, ele se levantou e foi até o menino.
— Aconteceu algo? – Taehyung assentiu. — Me conta.
— Yoon me beijou. – Jimin arregalou os olhos e Taehyung quis rir. — Tipo, um beijo mesmo.
— Você gostou? – Taehyung assentiu.
— Sim, mas eu senti que faltava algo, sabe. – Taehyung sentou com Jimin na cama. — Eu gostei muito, mais ainda não estava completo.
— Hoseok, faltava ele. – Jimin falou e Taehyung se engasgou com o bolinho.
— Como?
— Deixa disso, Hoseok e Yoongi são bonitos e gostam de você. – Jimin falou o óbvio. — E pra que ter apenas um se você pode ter os dois?
— Você não acha estranho mochi? Eu ter sentimentos por dois? – Jimin negou no mesmo estante.
— Amor não se mede Taehyung, amor é pra sentir. – Jimin olhou para o menino, ele tinha uma carinha de confuso e formou um biquinho. — E não importa se é um ou dois, o que importa é o amor que existe entre vocês.
— Eu nunca amei ninguém...
— Sempre tem uma primeira vez. – Jimin se escorou na parede e Taehyung o acompanhou. — Gguk tinha vergonha de mim, ele me escondia pois tinha medo do que as pessoas iam falar.
— Oh mochi, sério?
— Sim, mais tudo ficou melhor quando ele perdeu esse medo. As vezes Tae, nós deixamos de fazer as coisas por sentimos medo, mais as vezes as coisas só dão certo quando você enfrenta ele.
— Eu queria ser como vocês, não me esconder e não ter medo de amar..
— Isso só depende de você, apenas você é capaz de mudar o que tem aí dentro. – Jimin tocou no peito dele. — Quando voce parar de sentir medo, você vai ter força para lutar pelo o que deseja.
— Eu desejo ter algo com eles, mochi. – Taehyung falou baixinho. — Yoon e Hobi sempre estão cuidando de mim, desde que eu cheguei aqui.
— Não tenha medo de tentar, não é feio tentar e errar. Feio é você desistir antes mesmo de tentar. – Jimin falou e Taehyung apenas concordou. — Conversa com eles Tae e diz o seus medos.
— Você sempre foi a minha cor preferida. – Taehyung falou e lembrou de sua mãe, Jimin tinha a mesma cor que a sua mãe.
— E qual cor eu sou? – Jimin olhou para Taehyung e o menino apenas negou. — Não posso saber?
— Não, apenas eu. – Taehyung falou e colocou um bolinho na boca.
— Tae, seu egoísta. – Jimin falou e Taehyung pois um bolinho em sua boca.
Ficaram mais algum tempo conversando, conversar com Jimin era algo que Taehyung descobriu gostar. O menino sempre falava o que ele queria ouvir, mesmo sem saber. Ele não tinha pena no olhar, era apenas admiração e Taehyung gostava disso.
Jimin sempre foi a sua cor preferida porque era a cor de sua mãe, agora ele não tinha mais ela ali. Mais tinha jimin, e ficar perto do menino era ter um pedacinho dela ali presente.
Jimin emanava o verde de seu corpo e Taehyung via como uma boa cor. O lembrava esperança, jimin era a sua esperança assim como um dia a sua mãe foi.
Taehyung nunca esteve sozinho, ele apenas não enxergava as cores que estava ali presente, fazendo companhia pro seu preto e branco.
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Cinza é a cor da vida
FanficESTARÁ INDISPONÍVEL EM BREVE. Uma história que carrega o peso de uma verdade. Taehyung costumava ver a sua vida preto e branco e não achava que isso mudaria. Até que conheceu Park Jimin, o garoto era um alegria e talvez a cor que a vida de Taehyun...