— Não precisa se casar com ele.Harie olhou Rhysand.
— Case-se comigo.
Ela sorriu.
Rhysand era lindo. Os cabelos negros e os olhos violetas. Mas estavam infelizes. Tristes. Até mesmo a chuva de estrelas atrás dele, sob o céu estrelado, não podiam deixá-lo tão belo quanto ficava quando sorria.
Não era essa última memória que ela queria ter.
— Eu adoraria me casar com você. — Ela levantou do banco e andou até ele. Ele parecia uma muralha. As asas enormes, e não gostavam de se esconder para ela. Ela tocou no rosto dele, e instantenamente ele fechou os olhos, como se fosse doloroso tê-la daquela forma. — Eu adoraria viver uma vida com você.
— Então, por que não vive? — Ele abriu os olhos e tocou nas mãos dela, as pressionando ainda mais contra o seu rosto. Como se precisasse. Havia dor, em cada uma de suas palavras e olhares. — Quando tudo isso acabar, por que não vive comigo? Do meu lado? — Ele tocou no rosto dela. Era macio. Sagrado. Beijou a testa e sussurrou como uma prece: — como nos velhos tempos.
— Ah, Rhys — Ela suspirou e o abraçou, sentindo as asas dele a encobrir por inteira, como uma estrela no céu escuro. — viver com você é tudo o que eu mais quero. — Ela tocou no peito dele, e ergueu o rosto. Os olhos verdes nunca tiveram tanto poder sobre os violetas. — por que não começamos agora?
Por um momento, como um céu celeste, Heria viu uma estrela cadente brilhar nos olhos de Rhys.
Uma esperança.
— Começar agora?
— Começar o que — Ela deslizou os dedos até onde o coração dele batia fortemente, tão esperançoso quanto os olhos do macho. — queriamos ter terminado aquele dia.
Viu quando a respiração de Rhys falhou.
— Eu não sei, Heria. — Ele folegou. — Eu quero, mas... não sei.
Ela sorriu.
— O que isso vai significar para nós dois? — Ele indagou, apertando a mão dela contra o seu peito, para que ela sentisse cada batida em nome dela. — O que vai significar para você?
— Vai significar uma união que deveria ter sido feito há muito tempo — Ela aproximou os lábios do dele, roçando as bocas conforme sussurrou: — com um macho que eu sempre sonhei.
Rhys gemeu.
E a beijou, com pressa.
Não conseguia acreditar. Não parecia real. Estava bom demais. A parceria fazia magia em seu corpo. Um fogo crescia em seu peito e expandia pelas suas veias. Felicidade. Como era estranho. Como tinha medo daquilo ir embora.
A abraçou com força. O corpo dela se encaixou ao dele, como se tivessem feitos um para o outro. Foram feitos. Em carne e alma. Não sabia se era força da esperança ou a fraqueza do medo que dominava seus músculos, apenas a apertou tão forte quanto podia enquanto beijava.
— Desculpe — Ele sussurrou contra os lábios dela. — por toda mágoa que te causei.
— A única coisa que você causou em mim foi felicidade. — Ela murmurou, para por fim beijá-lo novamente. E rapidamente, separou os lábios. E antes que Rhys procurasse por sua boca novamente, eufórico e bêbado em prazer, ela se afastou. O segurou pela mão e o guiou.
Para a cama.
Rhys não enxergou a distância. Os móveis ou a cor da cama. Apenas ela. Deitando. E ele, encontrando um espaço entre as pernas dela, para beijá-la novamente.
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Imagine Acotar
Romance- Pequenas histórias fictícias envoltas pelos personagens masculinos da saga Acotar, tenha uma boa leitura.