Diana sorriu.Eris era tão lindo. Tão insanamente maravilhoso.
Ela fitou o corpo dele. Ele dormia nu, mas o lençol cobria suas pernas. Seu abdômen definido subia e descia, rígido como pedra. O peitoral acompanhava o movimento. Os ombros estavam relaxados e os braços, fortes, definidos e venosos, descansavam do lado do corpo. Um deles estendido para a região que antes ela dormia.
Os fios vermelhos caíam como fogo pelo corpo branco dele. O rosto estava tranquilo, os lábios rosados suspirando levemente. Como ele era bonito, o seu marido. Eris.
Mas ele estava tão cansado.
Tão, tão cansado.
Ela suspirou, frustrada, e se aproximou dele. Seus dedos começaram nas mãos dele, deslizando para cima, para os braços, e parando nos ombros no mesmo instante em que ela beijou a bochecha dele. E foi instantâneo.
Eris acordou e com um fôlego surpreso, os braços dele a prenderam. Ela gemeu quando ele a empurrou contra ele, a abraçando com força. Estava quente. A pele dele. O corpo inteiro. Era um calor desproporcional ao dela. Um calor que fazia aquela cama ficar insuportável às vezes.
Eris procurou os lábios dela, sem nem sequer abrir ainda os olhos. E ela riu, se esquivando de seus beijos enquanto deitava em cima dele. Beijou o ombro dele, mordendo de leve.
— Diana — Ele pediu.
E ela virou o rosto para ele. E se aproximou. Gemeu quando sentiu os lábios dele baterem contra os seus. O beijo foi lento, com certa preguiça por parte de Eris, mas com carinho e profundidade. Ele a apalpou com as mãos, puxando as coxas dela para mais perto e prendendo a cintura com posse.
Ela separou os lábios. Com dificuldade. E com Eris rosnando ao fim do beijo, em reprovação. Ele ainda não havia aberto os olhos, sonolento.
— Bom dia. — Ela disse, beijando o nariz dele.
Eris resmungou, e então, a virou na cama. Deixou ela ao lado dele e com movimentos hábeis, a prendeu em seus braços. A virando de costas para ele, Eris agarrou com posse a cintura e a trouxe para trás, enquanto o outro braço apertava os ombros dele, a obrigando ficar perto.
Ele deitou o rosto ao lado da nuca dela, sentindo o aroma dos fios escuros. Diana riu, se acomodando-se ao pequeno casulo que Eris havia feito para si.
— Eri—
— Está cedo. — Ele murmurou, os pés entrelaçando com os dela.
Diana sorriu e se virou dentro do espaço que ele ofereceu. Tocou nas bochechas de Eris e as beijou, apreciando a forma preguiçosa com a qual ele aceitou cada beijo.
Eris era daquele jeito. Uma fera. Ele era uma fera o dia inteiro. Ainda mais a noite. Uma fera com todos e em especial com ela. Mas, sempre naquelas manhãs, deitados juntos na cama, ele nunca fingia ser algo. Ele era exatamente aquilo. Um homem cansado e que gostava de ser beijado pela esposa. Que gostava de enrolar para sair da cama, somente para que a esposa o agitasse ainda mais.
— Eu amo você. — Ela murmurou.
— Eu também te amo. — Ele sussurrou. Ele nunca deixava de responder. Era meio que um combinado deles. Sempre responder essa frase. Mesmo em uma briga.
Não estava sendo fácil para eles. Depois daquele dia do veneno, as brigas somente intensificaram. Em suma, porque Diana estava aceitando tranquilamente a morte. Fazia de tudo para viver, mas aceitava que o corpo não tinha melhora. Já Eris, era diferente. Ele não aceitava que o corpo dela não melhorava e fazia de tudo para ela viver.
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Imagine Acotar
Romance- Pequenas histórias fictícias envoltas pelos personagens masculinos da saga Acotar, tenha uma boa leitura.