ᴛᴀʀǫᴜɪɴ - ᴘᴜɴɪᴄ̧ᴀ̃ᴏ

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Galantea observava o rosto de Tarquin. Enquanto dormia, ela via com devoção os músculos do abdômen descer e subir conforme a respiração. Os fios de cabelo caindo como espumas das ondas noturnas sob seu corpo. Observava os lábios, molhados após horas de beijo. Os braços fortes descansando sob o lençol branco.

Por vezes, sentia-se suja perto dele.

Tarquin era um cavalheiro ao pé da letra. Quando não eram nada além de conhecidos, ela perguntava-se como Tarquin tratava suas amantes, como era seus beijos e como saciava seus desejos mais profanos. Sentia-se imunda ao pensar nisso, mas toda vez que via aquele rosto, aquela forma tão perfeita de ser tratada por ele, perguntava-se se Tarquin tinha um lado sujo como o dela.

Imaginar Tarquin em sua cama, a beijando. Era errado, certo?

Mas havia um lado ruim seu. Um lado que pedia para provocá-lo, para buscar entender e descobrir o quão profano e errôneo o Grão-Senhor da Estival podia ser. Então, começou a seduzir. E viu que ele não era tão santo. Ele era sim um cavalheiro, e a tratava como deusa, mas viu diversas vezes o olhar dele cair sob seu decote. Sob seus seios. Suas curvas. Seus lábios.

Era errado provocar, certo?

Sentia-se tão suja por ser perversa.

Então, o beijou pela primeira vez. Ele tinha amantes. Sabia disso. Porque Tarquin foi malditamente habilidoso em provocá-la com a língua. O provocou um pouco mais. Um pouco. E mais um pouco. Até estar nua diante dele.

E notou que ele era sujo, também.

Porque ele, a vendo pedir por seu prazer e atenção, deitou-a em sua cama e a explorou com a língua em sua intimidade, até fazê-la gozar, gritar e gemer. E enquanto ela tinha espamos e as pernas tremiam, ele lhe deu um tapa na bunda e um beijo na boca. E partiu do quarto, sem mais nada.

Mas ela não desistiu, furiosa. O beijou novamente. O provocou. O fez desejá-la. E ela, ajoelhada entre suas pernas, provou o sabor de seu membro, da pele ao gozo, e o ouviu rosnar e gemer. O sentiu agarrar e puxar seus cabelos. E então, ele usava seus dedos para destrui-la. Para desistabiliza-la. E quando ela estava perdida em ofegos e gemidos, quase alcançando o climax, ele saia. Ele malditamente saia. A deixando gemendo seu nome e implorando por ele.

Só gozou uma vez com ele. Porque em todas as malditas outras vezes, ele a provocava ao limite, e se divertia vendo ela implorar por ele. Tarquin não era nenhum maldito cavalheiro. Estava longe disso.

E ela gostou ainda mais.

Mas não ia deixar barato.

Ele a procurava. A desejava. Ia em seu quarto e a fazia enlouquecer de prazer, mas nunca a satisfazendo por completo. Ela via o membro dele engrossar, endurecer, as veias saltarem e clamar por ela, mas nunca o via dentro dela.

E ela não ia deixar barato.

No aniversário dele, iria puni-lo.

Fugiu dele durante toda a festa. Ele a perseguiu, ah, sim. Mas ela sabia despista-lo. E quando chegou a noite, quando todos foram embora, ela ficou no palácio dele. O esperou dormir. E subiu ao quarto.

Exatamente onde estava agora.

Utilizava um vestido branco-transparente, que deixava seu corpo a mostra. Revelava seu bico rosado, sua pele alva, e seus cabelos negros caiam como a noite na lua em sua roupa.

Ela encarou o ventre de Tarquin. Mais abaixo, na linha que revelava o membro de Tarquin, havia um lençol o cobrindo. Ele dormia nu. Céus, ainda melhor.

Sentou cuidadosamente na cama, deixando o óleo perfumado na cama e segurando uma algema em suas mãos. Engatinhou silenciosamente sob a cama e então, deitou no colo dele, sem o acordá-lo com seu peso.

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