Capítulo 5

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Acordo com uma dor de cabeça e um enjoou dos infernos , me levanto e vou até o banheiro aonde tomo banho e tento lembrar do que aconteceu , depois de algum esforço tenho flashs de memória de eu no carro com o Nikolai e fico morta de vergonha,  como é que eu vou olhar pra ele agora ? . Desço as escadas indo para a cozinha e ao chegar lá encontro um deus grego sem camisa com ovos na mão , eu sei que parece estranho mais foi o que eu vi .

- Bom dia floco de neve - ele fala quebrando dois ovos dentro da frigideira - tem um remédio pra você ali .

Ele aponta para a bancada eu vou e tomo sem nem perguntar o que é até que mais memórias da noite passada voltam e eu fico chocada com os olhos arregalados .

- Vo voc você matou ma ma matou a a minha vi vizinha - digo gaguejando e totalmente chocada torcendo pra isso ter sido apenas um sonho .

- Matei - ele fala e continua a cozinhar como se não fosse nada demais - ela mereceu .

- Você disse que não ia matar os meus vizinhos - digo me sentado na mesa da cozinha apoiando os cotovelos na mesma e a cabeça nas mãos .

- Eu disse que não os mataria a menos que eles merecessem e ela mereceu - ele diz pondo ovo no prato a minha frente - bem espero que esteja bom por que eu sou uma negação na cozinha isso aí é tudo o que eu sei fazer a menos que ração militar conte .

Olho pra ele e reviro os olhos pegando o garfo e experimentando que por sinal não era o melhor que eu já comi mais também não era o pior , afinal de que adianta eu brigar com ele pela vizinha isso não a trás de volta e cá entre nós ela era realmente chata e ele é um criminoso , alguma coisa me diz que essa não é a última vez que ele mata alguém na minha frente ou próximo de mim .

- Está bom - digo depois de engolir a primeira garfada .

- Sério ? .

- Sim não é o melhor do mundo mais você se esforçou isso é o que importa - digo sorrindo e ele retribui se sentando ao meu lado - O que você fez com o corpo da minha vizinha ? .

- Mandei meus homens sumirem com ele e depois mando alguém cuidar de esvaziar a casa dela e fazer parecer que ela se mudou .

- Tudo bem mais deixe o espaguete para a senhora Novac - digo comendo mais um pouco e tomando o suco que ele me deu .

- O que ? .

- Espaguete é o nome do gato da mulher que você matou ontem e senhora Novac e a mulher da casa da frete ela sempre cuidou dele já que a dona de verdade deixava muito a desejar .

- Pode deixar querida vou providenciar tudo ,  então o que você quer fazer ? .

- Como assim ? .

- Realmente eu estava muito desligado ou melhor ocupado então tirei o dia de folga pra ficar com você - ele fala me dando um sorriso de molhar calcinha que quase me fez tremer toda .

- Eu estava planejando ir visitar as minhas irmãs - já faz tempo que eu não vou velas estou com saudade e elas também - você gostaria de vir comigo ? .

- Sério ? , eu não quero atrapalhar o seu tempo com a sua família .

- Não atrapalha elas estão curiosas pra te conhecer .

- Então você falou de mim pra elas ? .

- Claro mais nada sobre você ser um criminoso - digo e ele ri - mas minha irmã Catarine é bem ligada em fofocas e celebridades ela sabe que você é rico e famoso .

- Com certeza sou - ele fala rodeando minha cintura com os braços - você e suas irmãs realmente parecem bem próximas .

- Elas são as minhas melhores amigas , minhas outras duas metades , nunca tivemos segredos .

- Até ? - ele pergunta erguendo uma sobrancelha e eu abaixo a cabeça .

- Até a minha irmã precisar de uma cirurgia muito cara e eu entrar no carro de um desconhecido para tentar conseguir - ele ergue o meu rosto e uma lágrima solitária escorre - não sei o que elas vão pensar de mim se souberem e sei que Catarine vai se sentir muito mal com sigo mesma se souber o que eu quase fiz pra tentar dar o melhor pra ela , se não fosse você ...

- Ei eu sei que elas vão entender se você falar com elas afinal você mesma disse elas são as suas outras duas metades e se elas te amam com um terço do amor que você dá a elas então elas podem passar por qualquer coisa por você assim como você faz .

- Eu sei que elas fariam por mim sem nem pensar se eu precisa-se por isso me sinto mal por que elas se sentem um peso pra mim mais não importa quantas vezes eu diga o contrário não adianta .

- Uma hora elas vão ver ou alguém pode ajudá-las a ver - ele fala me apertando em um abraço muito gostoso e eu suspiro e tomo a decisão de contar pras minhas irmãs hoje , esse segredo já me coroe a mais de um mês e acho que no fundo é por isso que eu não fui velas ainda medo de que elas olhem nos meus olhos e vejam que eu escondo algo .

- Obrigada , acho que é melhor nos arrumamos pra ir - digo me afastando dele e dando um sorriso que ele retribui .

- Claro .

Subo pro meu quarto aonde ponho um vestido vinho , meia causa , jaqueta e bota tudo preto . Arrumo o cabelo e faço maquiagem simples só pra esconder a cara de quem acordou com ressaca , passo um perfume e desço a escada a procura do meu Falcão .

- Você está linda - ele fala quando me vê chegar na sala aonde ele estava parado me esperando com uma roupa diferente da de ontem e da de mais cedo .

- Obrigada você também está maravilhoso .

- Vamos ? - ele fala me estendendo a mão e eu a seguro e rapidamente estávamos dentro do carro - pra onde vamos ? .

- Pro hospital central - digo e ele assente .

- Coloca o cinto floco de neve .

- Pronto papai - falo fazendo graça e ele põe a mão na minha coxa e da um leve aperto que parece que foi direto para a minha boceta .

- Boa garota - ele fala me dando um sorriso todo safado como se soube-se o que despertou aqui embaixo , não duvido que saiba .

- Presta atenção na rua que eu quero chegar lá pra ver uma paciente e não me tornar uma - falo cruzando os braços e ele sorri mais .

- Como quiser minha rainha .

Durante  o trajeto conversamos e rimos muito mais quando o carro parou na porta do hospital eu gelei de um jeito que nunca aconteceu antes , nem mesmo quando eu recebi os diagnósticos das deficiências das minhas irmãs eu fiquei sem saber o que fazer , mais exames , remédios,  tratamento sempre tinha alguma coisa mais agora sou só eu e a minha consciência pensando em como contar a verdade para a Catarine , respiro fundo pela última vez no elevador quando a porta se abre no corredor do quarto dela e travo novamente " é  agora " .

- Não precisa se preocupar eu vou estar lá com você - Nikolai fala ao meu ouvido e aperta minha mão me dando coragem de continuar .

- Obrigada - digo antes de bater na porta do quarto que agora eu conheço muito bem .

- Entra - escuto uma voz igual a minha e sorrio sentindo uma paz muito grande , abro a porta e vejo minha gêmea deitada na cama olhando para uma pequena TV na parede que ao me ver um imenso sorriso se abre em seu rosto - Trina que saudade .

- Também senti sua falta florzinha - falo a abraçando e sorrindo com os olhos molhados por lágrimas que tento conter .

- O bonitão já é seu namorado ? - ela fala olhando por cima do meu ombro e eu coro um pouco .

- Nikolai minha irmã Catarine , Catarine Nikolai - faço as apresentações gesticulando com a mão e depois me afasto um pouco para o lado para não ficar entre eles .

- Prazer em conhecê-la senhorita - Nikolai fala apertando a mão da minha irmã e depois a dando um beijo que a fez sorrir e a mim também - tenho que dizer que és linda .

Catarine ri e eu contenho uma pequena risada também por que Nikolai não parecia esperar que fossemos ser tão parecidas afinal até a voz engana quem não conhece , são sutis mudanças de tom que podem dar pista para nos diferenciar por que nós facilmente nos passamos uma pela outra copiando até mesmo o comportamento , bem nós fazíamos agora é meio que impossível mais na época era divertido .

- Obrigada - falamos juntas e Catarine continua rindo e eu acabo caindo na gargalhada também por que ele não para de olhar entre a gente com certeza procurando diferenças , bem Catarine está no hospital a tempos mais ela sai para tomar ar e sol e tem uma enfermeira amiga nossa que contrabandeia comida pra ela então por falta de palavra melhor minha irmã está ótima .

- Sua outra irmã também é igual a vocês ? - ele finalmente pergunta e nós que tínhamos acabado de voltar a respirar caímos em outro ataque de riso .

- Você vai descobrir mais tarde - falo dando um tapinha em seu ombro .

- Certo - ele fala e Catarine começa a encará-lo quando ele se senta na cadeira ao lado da cama .

- Então quais são as suas intenções com a minha irmã - ela fala descansando as mãos juntas em cima da barriga com uma expressão séria .

- As piores possíveis - ele fala e sobe a mão por trás da minha coxa por baixo do vestido e me puxa para seu colo .

- Ei você deveria causar boa impressão - digo lutando de brincadeira para levantar enquanto ele aperta a minha cintura .

- Querida a minha mera existência já causa boa impressão - disso eu não discordo esse homem é um pecado de carne e osso em forma humana , devia ser pecado ser tão gostoso assim .

- Foi bem engraçado mais falando sério o que você quer com o minha irmã - Catarine volta a falar com expressão séria - eu posso ser paraplégico mais eu ainda posso passar com a cadeira de rodas por cima do seu pau .

- Aí - ele fala olhando pra baixo aonde eu estou sentada como se imagina-se a dor e eu pra melhorar as coisas  começo a me balançar de um lado pro outro no colo dele o fazendo apertar mais a minha cintura .

- Sem baixaria na minha frente que eu não tenho a possibilidade de sair do quarto para lhes dar privacidade - minha irmã fala me fazendo corar de vergonha .

- Eu só quero cuidar da Catrina , daria a minha vida por ela - ele fala olhando nos olhos da minha irmã que respira fundo .

- Tudo bem mais se você fizer merda eu não tô nem aí que você é rico eu te mato .

- Anotado - ele fala sorrindo pra ela .

- Bem chega de conversa constrangedora - falo me encostando no peito musculoso atrás de mim e cruzando os braços fazendo cara de zangada  - afinal de contas eu que sou a mais velha .

- Por 10 segundos - ela fala também cruzando os braços.

- Correção 10 segundos mais velha do que a Catarina e 15 mais velha do que você .

- Você nunca vai parar de falar disso ? - ela pergunta com cara de indignada mais já brincamos assim um milhão de vezes .

- Jamais vou te deixar esquecer - falo sorrindo e Nikolai nos olha com uma cara de preocupado como se fosse um briga de verdade .

- Cadê a Catarina aqui pra falar ao meu favor .

- Foi a Catarina que te empurrou pra poder sair primeiro e me empurrou pra fora .

- Verdade ela te expulsa e me empurra ela sempre foi muito má .

Começamos a rir e me levanto do colo de Nikolai para dar um abraço na minha irmã , estava com saudade de fazer isso parece uma coisa bem boba de criança mais pra gente é importante por que sempre foi uma coisa nossa uma hora eu e Catarina nos juntávamos pra dizer que Catarine era a caçula e outras vezes eu e Catarine nos uníamos pra dizer que Catarina é muito violenta outras as duas se união contra mim , era muito divertido .

Pelo resto da manhã passamos felizes conversando até que Nikolai pegou Catarine nos braços e a pós na cadeira de rodas enquanto eu acompanhava minha irmã para ir ao banheiro aonde eu ajudei ela a tomar banho e se arrumar e assim fomos a um restaurante almoçar depois de muita insistência .

Tivemos um almoço muito feliz que no final nós saímos do restaurante para ir visitar Catarina no centro de apoio de deficientes aonde ela enciste em ficar . 

Série assassinos da noite : O Falcão Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora