Capítulo 22

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Nikolai

Ouço Catrina gritando o meu nome e encontro o seu rosto preocupado, a abraço apertado e percebo que estou chorando.

— Calma foi só um pesadelo — Respiro fundo tentando assimilar que não foi real e que ela está aqui comigo — Eu estou aqui amor.

— Eu te amo — digo começando a beijar o seu rosto.

— Eu também te amo — acaricio o seu rosto enquanto ela me olha com um pequeno sorriso e olhar brando, mas não consigo tirar da memória a imagem do seu rosto congelado em terror antes do barulho do tiro — está tudo bem? , quer conversar?

— Não, está tudo bem, volte a dormir você teve uma noite difícil.

— E você uma semana difícil.

— Todos nós tivemos — a puxo para deitar no meu peito e beijo seu cabelo — volte a dormir amor, desculpe ter te acordado.

— Ei — ela levanta o rosto e me faz olhar para ela — eu estou com você nós momentos bons e difíceis, não é fraqueza estar mal eu estou aqui para te apoiar quando você cair.

— Obrigado querida — a faço se deitar de novo e em pouco tempo sinto a respiração de Catrina se acalmar e sei que ela está dormindo de novo, mas não consigo fazer o mesmo o maldito pesadelo não para de rondar os meus pensamentos e se repetir na minha cabeça.

Quando olho pela janela vejo o sol nascendo e suspiro, sem conseguir voltar a dormir saio da cama visto uma roupa e saio do quarto decidido a extravasar um pouco do stresse e da raiva, entro na academia e começo a correr na esteira, mas quando vejo que só isso não basta começo a bater num saco de pancada.

Continuo batendo tentando pensar numa resposta para tudo isso, e me frustrou quando de novo não chego a lugar nenhum.

— Assim você vai se machucar — me viro vendo Pietro encostado na porta apenas de short de academia, olho para as tatuagens no seu peito e penso nas cicatrizes que estão por baixo delas — se você quer bater pelo menos tente com um alvo que se mexe.

— Eu estou bravo Pietro não quero te machucar.

— O que é um machucado a mais para mim?

Ficamos um de frente para o outro em um tatame e levanto as mãos me posicionando.

Começamos a lutar e me aproximo de Pietro o atacando com todo o meu ódio guardado enquanto ele se esquiva dos meus golpes até que em um momento de distração ele me da uma rasteira e me derruba.

— Vamos lá irmão aonde essa fúria toda vai te levar se você não usar ela para ficar mais motivado? , sabe o que dizem quanto mais alto...

— Maior é a queda — digo aceitando a mão que ele me estendeu para levantar e continuamos girando pelo tatame atacando e defendendo.

— Vai Pietro — me distraio com a voz da Valina e levo um soco no olho que me deixa tonto — isso bate nele.

— Vai amor — ouço a voz da Catrina e me desvio de outro soco e empurro o Pietro nos fazendo mudar de lado me permitindo olhar para as donas das vozes vendo as duas ainda de pijama perto da gente com o Dmitry rindo atrás delas — bate na cara dele.

— Tô vendo que me ama em cunhada.

— Claro que amo cunhadinho.

Agarro o braço do Pietro e bloqueio um chute e por fim acabo lhe dando uma cabeçada que o derruba no chão.

— Acho que você matou ele em Nik — ouso a voz do Dmitry e levanto da posição agachado com as mãos no joelho que tinha tomado para respirar, olho para o Pietro jogado no chão e o puxo para levantar e o vejo com a mão no nariz.

Série assassinos da noite : O Falcão Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora