Orgulho

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Como o esperado o primeiro dia com a ausência de Castiel foi completamente infernal.

Panqueca se sentava diante da porta da entrada da casa, esperando pacientemente pelo retorno do pai.

Já Joan havia acabado de aprender a andar, ela percorreu toda a casa em busca dele se apoiando nas parede. A babá a olhava aflita, mas não dizia nada.

Sem achar o pai a pequena se desfez em lágrimas por horas a fio. Sebby por sua vez havia chorado a noite toda, junto de uma ressaca e de um dor de cabeça diferente, sobre se questionar se aquele caderno tinha informações verdadeiras ou não. Muito provavelmente não dormiu nem duas horas.

A pintora balançava a filha nos braços sentindo a cabeça latejar de várias dores.

– Papa... PAPA! - Pequena apoiava o queixo no ombro da mãe segurando os cabelos dela. - Meu!

– Seu pai está ocupado. - Dizia beirando a irritação.

– Não. Meu papa. - Chorava com as bochechas vermelhas e as lágrimas escorriam sem parar.

– SUZAN! SUZAN! ONDE RAIOS VOCÊ SE METEU? - A de cabelos brancos dizia extremamente irritada.

– Estou aqui senhora. - Chegava correndo se apoiando nos joelhos com as mãos.

– Acalme ela. Onde está o almoço dela? - Sebby dizia furiosa.

– Eu estou tentando preparar outra coisa que a agrade, senhorita Joan se recusa a comer. - Dizia ofegante.

– Papa! - Chorava ainda mais.

– Leve ela daqui, faça com que ela pare. - A pintora agora era quem chorava. - Não quero mais ouvir ela chamando por ele. Faça ela parar.

– Senhora... Tudo bem, vou ligar para ele. - Suzan se inclinava e pegava a menina.

– Não deixe que venha aqui. Faça uma chamada de vídeo. - Abanou a mão, indo para o quarto.

Bateu a porta com força e se jogou na cama. Mesmo deitada ela ainda podia ouvir Joan chamar desesperada pelo pai. Apertava o travesseiro contra as orelhas também se desfazendo em lágrimas.

O segundo dia foi tão caótico quanto o primeiro, Panqueca havia se juntado a Joan nos lamentos, não comia mais também. Sebby havia decidido não sair do quarto aquele dia, não queria nada além de dormir o dia todo apertando o travesseiro contra a cabeça.

O terceiro dia foi um pouco mais tranquilo. Não havia nenhum som na casa. Tudo em completo silêncio. A de cabelos brancos até criou coragem para sair do quarto.

Suzan estava com imensa olheiras, Joan tinha um olhar triste e perdido, Panqueca estava deitado perto da irmãzinha parecia inconsolável.

– Estão agindo como se ele tivesse morrido. - A pintora dizia irritada.

– Senhora... Eu... - Não se atreveu a terminar. Colocou o pratinho diante de Joan.

A de cabelos negros jogou o prato no chão sem pestanejar. Nem Panqueca que era fominha se aproximou para roubar aquela comida.

Era muito mais preocupante do que ela imaginava.

– Você não ligou para ele? - Sebby se inclinou limpando a sujeira.

– Sim, senhora. Liguei... Mas a senhorita volta a ficar agitada quando desliga a ligação. - A babá apoiava a mão na testa suspirando. - Receio que a senhora tem sido muito cabeça dura se me permite dizer. Aquele caderno idiota que escrevi não significa nada e mesmo assim insiste em usar ele como desculpa para destruir seu próprio casamento. Sinceramente já não temo mais ser demitida... A senhora sabe tão bem quanto eu que aquilo não é real. Se fosse já teria me demitido.

We're Pregnant - Castiel Veilmont - Amor DoceOnde histórias criam vida. Descubra agora