Querer ou não

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Sebby entrou no café segurando uma sacolinha da farmácia, não parecia de muito bom humor.

– Tudo bem chefinha? - Nina perguntou preocupada depois de ver a sacolinha.

– Sim, são só coisas para a viagem. - Apertou os dedos na sacolinha. - Pode ir para casa, não precisa abrir o café amanhã nem no domingo. Segunda você abre e expõe os quadros que vou deixar no meu escritório.

– Tudo bem... Boa viagem para Itália. Me traga uma lembrancinha. - Tirava o avental.

– Pode deixar Nina. - Sorriu olhando para ela. - Vira a placa de aberto quando sair, por favor.

– Boa noite Boss. - Abanou a mão e pegou a bolsa.

Antes que ela saísse um homem passou pela porta. Era Frank o que fez Sebby soltar um pesado suspiro.

– Estamos fechando Frank. - A de cabelos brancos apoiou a mão livre na cintura.

– Que pena. Pensei em tomar um café, aqui é tão agradável. - Dizia olhando as mesas.

– Tomar um café as nove da noite também não te faria bem. - Cruzou os braços. - Na verdade nenhum estabelecimento que não seja um bar fica aberto nesse horário.

– Bye bye. - Nina beijou o rosto da chefe e saiu apressada virando a plaquinha.

– Desculpe. Eu queria uma desculpa para te ver. Me desculpei com seu marido, ele aceitou minhas desculpas. - Olhava nos imensos olhos azuis.

– Eu moro com ele. Como deve imaginar ele já me contou. - Segurou o cotovelo com a sacola no pulso apoiando a mão no queixo.

– Achei que seria menos hostil depois de saber disso. - Dizia com certeza tristeza.

– Não serei. Pelo contrário estou irritada comigo por ter deixado ele se encontrar com você e escutar suas baboseiras. Eu não quero ser amável com você. Era só isso? - Erguia uma das sobrancelhas para ele.

– Você o ama tanto assim? Coloca ele em um pedestal. - Dizia levemente irritado.

– Ainda não é o bastante para o que ele merece. O marido é meu e só eu sei o quanto ele é maravilhoso. Diferente de você, eu não vi ele te hostilizar bem na sua cara. Isso já é o bastante para você nem imaginar em questionar qual de vocês é a pessoa que merece um pedestal. - Cruzou os braços.

– Eu fui infantil e me arrependi. Nunca vai esquecer? Eu me desculpei. - Olhava franzindo o cenho.

– Bom para você. O que isso tem haver comigo? Isso é a sua consciência. Nunca disse que seria legal com você. Principalmente por que você disse para meu marido que ainda gosta de mim. Eu só quero distância de você, não quero estimular um sentimento em você que não estou disposta a dar. Principalmente depois de descobrir o tipo podre que você é. - Abriu a porta do café.

Frank suspirou. - Me desculpe. - Saiu pela porta. - Mas Seb...

Ela fechou a porta antes que ele terminasse.

– Como se eu não tivesse coisa demais para pensar nesta droga. - Entrou no escritório indo até o banheiro. Abriu a sacolinha tirando os testes de gravidez.

Dos 5 que ela comprou, só conseguiu fazer 4. Os deixou tampados na pia, enquanto juntava os papéis de contabilidade e os guardava. Olhava para o banheiro tensa. Depois para as horas no relógio no pulso.

Saiu do escritório, desligando a cafeteira e alguns outros aparelhos na tomada, apagando as luzes e pegando a bolsa.

Respirou fundo e voltou até o banheiro. O primeiro teste tinha um positivo bem forte. Ela o jogou no lixo. O segundo também tinha um positivo vermelho em dois pauzinhos. Ela também o jogou no lixo. O terceiro a mesma coisa. O quarto dizia que ela já estava quase na 7 semana de gravidez, era um bem mais caro. Ela também o jogo no lixo.

We're Pregnant - Castiel Veilmont - Amor DoceOnde histórias criam vida. Descubra agora