Capítulo 5🌻

1.5K 176 2
                                    

Elisabeth

Era a sétima vez que a Vic acordava chorando, eu me levantei peguei ela do seu berço e me sentei na poltrona de amamentação e tentei dar o peito a ela, mas ela estava irritada demais para pegar ele. Então verifiquei sua fralda estava sequinha, a peguei novamente em meu colo a aconcheguei em meu peito e fiquei balançando ela delicadamente. Mas ela não parou de chorar, o seu choro era alto é fino para um bebê de dois meses. Comecei a entra em desespero por ela não parar de chorar seu rosto banhado em lágrimas, e o choro alto me deixando irritada e ao mesmo tempo preocupada sem saber o que ela queria. Coloquei ela sobre a cama e me sentei a poltrona tapando mês ouvidos com as mãos, fechei meus olhos querendo que ela parecesse de chorar. Eu não sabia cuidar de um bebê eu não queria aquele bebê, mas ela era minha filha eu era obrigada a ficar com ela. Os pensamentos ruins invadindo a minha mente
Levantei-me irritada com ela por não para de chorar, peguei ela novamente em meus braços e ela se grudou ao meu pescoço num choro sentindo procurando carinho e atenção, me fazendo chorar e se sentir culpada por não saber cuidar dea. Ela não tinha culpa dos meus problemas Vic só era um bebê indefeso que precisava somente do meu amor e carinho, que eu no momento não sabia dar a ela.
A porta foi aberta, e Edgard com cara de sono com uma calça de moletom sem camisa, com cabelo solto bagunçado entrou no nosso quarto pegou a Vic dos meus braços e se sentou na poltrona com ela, ele a colocou em cima do seu peito, Rapidamente ela se acalmou e ficaram apenas uns resmungos dela. Eu me sentei na minha cama e fiquei olhando eles dois, Edgard desde o dia em que nós chegamos do hospital ele cuida da gente. Sempre por perto perguntado se eu preciso de alguma coisa, até queria fazer um quarto para ela no quarto ao lado do meu mais eu não aceitei. Eu ainda tinha medo de alguma coisa ruim acontecer a ela, eu ainda não conseguia  cuidar dela, mas eu tinha que tentar e pensar na possibilidade de deixar ela dormi sozinha em um quarto sem está perto das minhas vista me dava medo

_Se acalme Elizabeth, ela está bem agora.

Edgard disse em voz baixa.

Eu não respondi!
Eu tinha começado a passar com psicólogo, era bom poder conversa com alguém. Eu sabia que o Edgar, dona Leocádia, Rute e seu Samuel sabiam que eu tinha sido abusada sexualmente eles eram discretos e não faziam perguntas. Oque era bom porque eu não estava preparada para dizer a eles sobre o assunto, nem mesmo com a psicóloga eu tive coragem de dizer. Só tinha dito a médica em um momento de total descontrole. Porém ela deveria ter um pouco de noção pelas nossas conversas.
O dia já estava amanhecendo e eu me permiti deitar um pouco estava com sono e dor de cabeça, era raro às vezes em que eu o sentia eu ainda tinha um pouco de medo de dormir. Olhei em direção a poltrona onde Edgard estava com Vic e ele disse em uma voz baixa.

_Dorme um pouco, eu cuido dela.
Eu então me deitei, fiquei olhando pra eles ali ao meu lado. Eu ainda lutei com o sono, mas fui vencida por ele.

                                     ***

Acordei com o sol entrando pela fresta da janela, me sentei vagarosamente na cama e olhei em direção a poltrona Edgard dormia com Vic em seu peito, ambos dormia um sono tranquilo. Levantei-me da cama e fui pega minha filha, tirei ela devagar do colo do Edgard e depois a coloquei no Bercinho dela. Quando eu virei dei de cara com um peito musculoso e duro, Edgard estava parado na minha frente.

_Me desculpa

Eu pedir me afastando dele, eu não podia ficar tão perto assim dele.

_Eu que peço desculpas, ela dormiu?
Ele perguntou com uma cara estranha, parecia que ele queria dizer outra coisa.

_Sim dormiu, obrigada por ficar com ela um pouco!

_Não tem de que, eu gosto muito de ficar com essa pequena princesa. E eu acho que o choro dela era porque sentia minha falta eu trabalhei tanto ontem que não a peguei no colo

Ele disse passando a mão de leve nos cabelos da minha filha. Ficamos em um silêncio confortável até eu começar a falar

_Eu a deixei chorar por cinco minutos, sozinha na minha cama. Não conseguia ficar com ela chorando, eu acho que ela não gosta de mim!

Eu disse olhando pra minha filha

_Eu tenho certeza que ela gosta de você, ela ama você! Não se sinta mau por isso você ainda está aprendendo a cuidar dela. Você a ama e ela ama você no fim da tudo certo

_Eu sou una péssima mãe, deixei ela chorar e tapei meus ouvidos pra não ouvir  o choro dela.

Senti quando ela me puxou pela cintura delicadamente, me abraçando eu acabei por chorar. Isso estava virando um hábito, chorar nos braços dele sempre.

_Eu não deveria estar dando trabalho pra você, pra vocês!

Eu disse ainda chorando nos braços dele

_Você não está me dando trabalho, acredite cuidar de você e da Victoria está sendo bom para mim. Victoria chegou para alegrar a minha vida, eu me sentia sozinho e inútil vocês não me dão trabalho.

Ele disse me soltando do abraço e segurando as minhas mãos. Um barulho na porta e Rute entrou no quarto avisando que um dos piões da fazenda o chamava.

Ele se despediu da Vic passando a mão em sua cabecinha e saiu do quarto, Rute se aproximou do berço e ficou olhando ela e depois disse.

_Você está bem, está precisando de algo?

Rute sempre perguntava se nós precisamos de algo, mas eu já tinha percebido que esse algo dela era se eu quiser desabafar ou conversa. E eu sempre dizia a mesma coisa

_Estou bem Rute, obrigada por perguntar. Não estou precisando de nada ainda, obrigado!

Ela se aproximou de mim pegou em minhas mãos e disse

_Vou estar sempre aqui para oque precisa.

E dizendo isso me abraçou e saiu do quarto. Ruth é uma ótima amiga. Fiquei ali parada pensando, eu estava rodeada de pessoas boas que gostavam de mim e de minha filha!

Minha Elisabeth 2.0Onde histórias criam vida. Descubra agora