cap 13

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Sn narrando...

Uma semana se passou. Eu ainda me pergunto se alguém está me procurando, mas já não tenho muitas esperanças. Meus pensamentos são interrompidos por uma gargula entrando no local com uma grande caixa. Ela vem até mim e eu me levanto da cama. Ela abre a caixa e puxa de dentro um vestido longo, rodado e vermelho. Depois do banho, vesti o vestido e coloquei as longas luvas. Arrumei o cabelo e Dave entrou no quarto. Ele veio até mim e me encarou.

Dave: quero um beijo.

Diz e lhe beijo a bochecha. Ele segura minha mão e saímos do castelo. Entramos na carruagem que seguiu caminho. Quando chegamos no local, a carruagem parou e Dave me entregou as presas falsas. Saímos da carruagem e nos aproximamos da grande entrada. Quando finalmente entramos, olhei em volta e vi vários vampiros, o que não me surpreendeu. Todos estavam tomando sangue em suas taças que nem perceberam sua presença no local.

Dave: agora é só esperar pelo momento da coroação.

Diz. Sinto alguém puxar minha mão. Olho pra trás e vejo Oliver.

Oliver: Meu morcego, que alegria encontrá-la por aqui.

Diz e tento me soltar.

Eu: Pena que não posso dizer o mesmo.

Digo e finalmente consigo me soltar.

Oliver: Está tão linda, minha morceguinha.

Diz. Uma música começa a tocar e ele volta a segurar minha mão. Sua mão apertava a minha quase quebrando meus ossos, mas tentei não transparecer a dor, a final, eu era uma "vampira" o que dificultou bem mais as coisas. Seu braço passou em volta de minha cintura me apertando. Em alguns poucos minutos, que pareceram durar uma eternidade, a música acabou. Ainda segurando minha mão, Oliver olhou para os lados. Então, todos começaram a aplaudir.

????: Todos saúdem o novo rei. Drácula.

Diz e todos aplaudem de novo quando ele aparece, e ao seu lado, a mulher do quadro.

????: Gostaria de dizer algo?

Pergunta e ele nega saindo do local logo em seguida. A música começa a tocar novamente e antes que fosse puxada para a pista de dança, me afastei discretamente. Depois da música, todos os olhares se dirigiram para o trono onde Drácula se dirigiu e se sentou. Quando isso aconteceu, todos que estavam ali presente começaram a sair.

Oliver: Te vejo amanhã.

Diz e beija minha testa que eu limpo logo em seguida. Ele vai em bora e eu suspiro aliviada. Olhei em volta e percebi que no salão restava apenas eu, Drácula, a mulher do quadro e Dave.

Eu: Vou respirar um pouco.

Sussurro e Dave se vira para mim.

Dave: Ok. Vou falar com minha mãe.

Diz e saiodo local. Começo a andar pelos corredores.

Um novo lugar para explorar.

Penso e vou até um quadro com um ponto vermelho.

O que será isso?

Me pergunto.

Drácula: Uma gota de sangue.

Diz aparecendo me assustando.

Eu: Avise quando for aparecer.

Digo e ele se aproxima do quadro.

Drácula: Esse quadro conta a história de um assassinato. Magnus achou uma boa idéia pendura-lo aqui.

Diz.

Eu: Pelo visto você não é o único maluco.

Digo e continuo andando.

Dracula: Todos os humanos são curiosos como você, ou é algo particular?

Pergunta.

Eu: Nem todos. E eu não sou curiosa. Quero apenas conhecer o lugar.

Dracula: Humpf! Inferior.

Diz e eu o olho com raiva.

Eu: Não sou inferior, você apenas acha isso.

Digo e respiro fundo.

Dracula: Vocês são inferiores.

Diz.

Eu: Você também é. O fato de não conseguir me matar é uma prova disso.

Digo e em um segundo sou colocada contra a parede.

Drácula: Não ouse me comparar a você, criatura nefasta. Sou superior e nada vai mudar isso. Se eu não te matei é porque estou sendo piedoso.

Diz.

Eu: Então, me mate. Eu te desafio.

Digo o encarando fundo nos olhos.

Drácula narrando...

Seus olhos me encaravam sem medo ou qualquer tipo de submissão. Enquanto falava me atentei para os detalhes de seu rosto. Suas bochechas rosadas, seus lábios vermelhos, sua testa franzida. De repente, algo ganha minha atenção. Olho para seu ombro e sinto que ali corre meu alimento.

Ainda não tomei sangue. Talvez seja hora de saciar minha sede.

Em um segundo, cravo minhas presas em sua pele sentindo o gosto de seu maravilhoso sangue em minha língua. Passei um braço em volta de sua cintura e segurei sua mão a puxando para mais perto. Seu sangue invadia minha boca lentamente, sua pele era tão macia e quente, mas no momento me atentei apenas em apreciar seu sangue. Me controlei para não sugar seu sangue todo de uma vez e quando terminei, deslizei a língua sobre os furos que minhas presas fizeram para que não saísse mais sangue. Olhei seu rosto que estava com algumas lágrimas.

Sn: Você... Me mordeu.

Diz me empurrando. Saiu do local quase correndo secando algumas lágrimas. Respiro fundo.

Ela não teve medo.

A primeira mordida sempre é a mais dolorida. Os efeitos de uma mordida podem variar, mas a primeira sempre é a mais dolorida.

Agora se tornou meu cálice.

Penso. E saio do local. Voltamos para o castelo. Dave e Sn foram direto para o quarto, enquanto eu fui para a biblioteca.

Preciso ler um pouco.

Penso e pego um livro. Me sento em uma poltrona e começo a ler enquanto penso.


















A humana no castelo do Drácula Onde histórias criam vida. Descubra agora