Capítulo 44~ Não é difícil me apaixonar por você de novo.

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Pov'Andrew.

Não fazia ideia de que horas seria agora, mas não me parecia cedo, depois que Meredith comeu ela disse que precisava dormir, concordei e fui para o quarto também, mas ainda não dormi, minha mente tem a voz dela falando sobre nossa vida, sobre o amor que eu sentia por ela, mas o que me rondava era: ela não me apagou da sua vida, nem agora depois de tanto tempo, que pessoa faz isso? Meredith não me deixou sair de sua vida nem quando achou que estava morto.

Levantei do colchão que mesmo confortável parecia faltar algo, andei devagar a distância até o quarto dela, o nosso quarto, a porta não estava totalmente fechada, existia uma fresta ali, abri devagar e fiquei olhando Meredith.

- não consegue dormir? - sua voz baixa me assustou.

- parece que nem você - suspirei.

- é difícil quando sei que está no quarto ao lado, mas parece que tem medo de mim.

- eu não tenho medo de você, você é uma garota - bufei.

Ela riu, se ajeitou e sentou na cama.

- odeio esse seu lado machista, que bom que trabalhei neles nos anos que estávamos juntos!

- trabalhou? Posso? - apontei a cama.

- claro, esse é seu lado favorito - ela falou afastando de onde estava.

- pode ficar se quiser.

- prefiro você nele - ela falou e pareceu se arrepender.

- deve estar sendo difícil tudo isso.

- não é o que eu sonhava... É você aqui, mas não é você, não é o meu Andrew... Entende?

- claro que sim! Eu me sinto quase igual, sou eu mas não é minha vida - deitei na cama e fiquei olhando para ela - me diz uma coisa que você gosta muito.

- você - ela riu sapeca, fiz uma careta - tá, meu trabalho, eu amo.

- delegada, já bateu em algum bandido?

- não cheguei a bater, mas quando ele começou a falar imoralidades, dizer que ia me foder e coisa do tipo, dei um golpe nele e o joguei contra a mesa da sala de interrogatório, parei bem atrás e falei "a única que vai foder alguém aqui sou eu, e não vai ser gostoso"

- caramba, sou casado com uma valentona - estava rindo, Meredith parecia fascinante não foi difícil saber porque me apaixonei e decidi casar com ela.

- me conta outra coisa - pedi, era quase uma necessidade conhecer ela

- por que quer saber tanto?

- quero saber quem você é... Você é fascinante - confessei.

- não sei o que falar - ela admitiu.

- me diz... Como era nossa rotina.

Meredith se ajeitou na cama e deitou também, ficamos olhando um para o outro por um tempo, esperei elas decidir falar.

- nos dias que estávamos de plantão, que eram sempre os mesmo, você me deixava na delegacia e me buscava, pela gasolina, e porquê gostávamos disso... Quando não estávamos trabalhando ficamos em casa ou íamos ver minha mãe ou suas mães, as vezes saímos pra jantar.

  Meredith contou tantas coisas sobre quem eu era ao seu lado, não sei por mais quanto tempo, mas quando ela dormiu já estava amanhecendo, fiquei olhando seu rosto sereno, eu sentia uma coisa em meu peito. Acabei dormindo também.

👮🏻‍♂️👮🏻‍♂️👮🏼‍♀️

Pov'Meredith.

Acordei com uma sensação de dor, que sonho lindo que tive, Andrew estava em casa, olhei para o lado mas a cama estava vazia, senti minhas lágrimas, aquele foi o sonho mais real que tive, eu tinha certeza que era verdade, ele estava vivo, coloquei a mão em meu peito tentando acalmar a dor que sentia, pior que estar acordada era dormir e acreditar que os sonhos eram reais, meu peito doeu parecendo prestes a me sufocar outra vez.

- bom dia - ele falou.

Levantei o olhar e Andrew estava parado na porta do quarto, ele sorria até ver minha lágrimas, chutei os lençóis e andei por cima da cama e literalmente me joguei em seu corpo, Andrew me segurou.

- por que está chorando?

- eu acordei e olhei a cama vazia e pensei que tudo não tinha passado de um sonho, a dor voltou e eu... achei que...

- não é um sonho, eu estou em casa, meio quebrado, mas estou - senti seu abraço mais forte - eu não sei como vamos fazer, mas vamos dar um jeito.

- tô com medo - confessei.

- eu também, mas agora temos a chance de ajeitar o que se quebrou.

- e se você nunca lembrar? - perguntei sem o soltar.

- começo tudo de novo, não é difícil me apaixonar por você de novo - Andrew falou baixo do modo afetuoso que sempre fazia depois de brigarmos e eu o mandar embora, quando voltava me abraçava e falava "eu sempre vou voltar".

Me afastei do seu abraço e o fitei.

- vai ficar tudo bem - ele sorriu.

- acho que vai... Só não dorme naquele quarto por favor... Saber que você está tão perto, mas está longe me machuca - confessei.

- vamos levar o colchão para o sótão - ele concordou.

- ok...




👮🏼‍♀️👮🏻‍♂️🎯

olhei na frente da casa de Verônica os carros de Andrea, Alex, Nico, Catherine, então estavam todos ali, será que elas já haviam contado?

- estão todos aqui, nossos amigos.

- ok, tô pronto - ele respirou fundo e segurou minha mão - acho que preciso disso - falou quando olhei na direção delas unidas.

- tô aqui, e não vai ser pior do que a minha reação.

- tá, é como conhecer pessoas novas, só que elas já te conhecem - ele riu nervoso.

- tipo isso - concordei, abri a porta devagar e vi todos na sala, eles estavam chorando, alguns com expressão de surpresa, quando notaram a porta abrir olharam abismados.

Alex levantou, ia abraçar Andrew mais parou.

- esse é o Alex - apresentei.

- seu irmão... - ele concordou - acho que falar "é um prazer te conhecer" soaria errado.

- bastante - ri baixinho - você não sabe, mas são grandes amigos.

- somos - Andrew concordou e abraçou Alex.

Segui apresentando um por um, os amigos dele, minha mãe, Juli, Jo, Catherine e Andrea.

Andrew me olhou como se entendesse que eu não gostava dela, mas dela ele lembrava. Acho que precisaria contar uma certa história.

Depois das apresentações, Andrew sentou me mantendo grudada nele como se eu fosse o proteger de tantas pessoas, contou o que aconteceu após acordar, perguntou várias coisas principalmente para Catherine, Alex e Nico, ele parecia assustado, mas tinha uma coisa nele, um desejo de lembrar daquelas histórias, aos poucos todos foram se despedindo até estarmos só nos dois e as mães dele.

Deixei os três conversando um pouco enquanto fingia que precisava resolver coisas da delegacia, eu até precisava, envolvendo ele, Andrew precisaria reaver os documentos, também de um celular, mandei uma mensagem para Callie e Edgar pedindo para irem até a delegacia.

Quando voltei para a sala Andrew estava levantando do sofá.

- ia atrás de você, tá tudo bem?

- sim! Vamos precisar ir até a delegacia.

- por que?

- para que possa ter sua vida de volta, você foi dado como morto... No sistema você não existe - expliquei.

- claro, eu só não parei para pensar.

- tudo bem, eu estou aqui para isso.



👮🏼‍♀️👮🏻‍♂️🎯



Meu coração fica apertado com eles sofrendo.

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