Pov'Meredith.
Só fazia dois dias que Edgar havia conseguido a guarda de Anthony, e ele já havia ligado umas vinte vezes, era engraçado ele falou em todas as ligações "você que começou", "você e a Callie são madrinhas dele", "você jurou que ia me ajudar", "Mer eu não sei o que fazer" agora ele estava vindo pra casa com Anthony, eu não sabia como ia ajudar, por que sinceramente não entendo nada de crianças, tinha até algo bom com Juli, mas nunca fui boa em ajudar realmente.
- eles chegaram - Andrew anunciou indo abrir a porta.
- tá, eu sou a delegada, posso lhe dar uma criança - murmurei nervosa.
- você pode, pode tudo - ele concordou.
- oi - Edgar entrou com Anthony.
- oi, oi Anthony - sorri para ele.
- eu lembro de você - o menino me olhou.
- fui te ver na sua escola - concordei.
- sabia que o meu pai estava vivo? - sua pergunta foi dura demais vindo de uma criança.
- sim! Mas eu não podia contar, por que teria que explicar coisas que só ele poderia fazer... Você me desculpa? - pedi.
- tá - ele deu de ombros.
- obrigada... Seu pai contou que não está gostando da casa nova! Por que? - Andrew e Edgar andaram em direção a cozinha nos deixando sozinhos na sala, sentei e convidei ele para sentar ao meu lado.
- eu gosto, mas sinto falta da escola, dos meus amigos - Anthony falou triste.
- entendi... Você estava acostumado.
- é! Era legal...
- mas não era chato estar sempre lá? Sem poder ir ao shopping, ao parque, ao cinema.
- um pouco - ele concordou.
- por que um pouco? - perguntei.
- não gosto muito de pessoas - o modo que Anthony usou as palavras me fez pensar muito em quem eu sou, de também não gostar muito de pessoas.
- eu também não - confessei - não gosto tanto de abraços.
- mas me abraçou - ele lembrou.
- eu gosto de você, só gosto de abraçar que amo - expliquei, e é super normal juro, nem todos entendem isso, acham que é bobagem... Mas não é.
- você pode falar isso pro Edgar? ... Pro meu pai - ele se corrigiu.
- claro, você não precisa ter medo de chamar ele de Edgar, é tudo muito novo, você descobriu a poucos dias que seu pai está vivo... vocês precisam de tempo pra conhecerem um ao outro, mas eu posso afirmar, ele te ama muito, muito mesmo e está tentando ser bom, só dá uma chance pra ele, por que atrás daquela cara de mal dele, tem uma pessoa boa.
- ele tem cara de mal mesmo - Anthony falou baixinho rindo.
- eu sei, quando comecei a trabalhar com ele, você nem imagina... Mas depois percebi que era só faixada.
- você é legal.
- ahhh... Obrigada - fiquei sem jeito com o elogio de uma criança - também te acho legal... Vamos fazer um acordo?
- qual?
- falo pro seu pai pegar leve com você, mas você tem que dar uma chance pra ele, vai ver que vão ser grandes amigos.
- tá!
- toca aqui - mostrei minha palma, Anthony exitou, mas acabou batendo - tem bolo de chocolate, quer um pedaço?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Amor Inefável
Literatura KobiecaMeredith Grey e Andrew DeLuca são recém casados, apaixonados e cheios de sonhos, ele. Policial do DEA, ela uma delegada, mas mais que profissões tão diferentes, eles levam a vida de uma forma única, o jovem casal que parece tão comum, vai mostrar se...