Pov'Meredith.
Um fato incontestável sobre quem eu sou e eu sempre esquecer datas, não era de propósito, mas acontecia, então eu agendava todas, assim não corria riscos. Não tinha uma data especial hoje, só mais uma mês para Niall, seu décimo mês de vida, e que vida boa tem sido desde que ele nasceu, ser mãe foi uma das melhores coisas que me aconteceu.
- vamos pedir comida? - falei para Niall, mesmo ele não entendemos - vamos pedir a comida favorita do papai, assim ele nem vai ligar.
Peguei meu celular e abri o aplicativo para pedir comida chinesa, Niall já engatinhava então não podia tirar os olhos dele por muito tempo, mas agora ele estava entretido ouvindo música infantil na TV, depois de pedir a comida sentei no chão ao lado dele, meu filho levantou e veio sentar em meu colo.
- você é um denguinho sabia? - falei apertando as bochechas rosadas dele, Niall não era muito gordinho, bom pelo menos não no meu ponto de vista, mas ele era bochechudo.
Niall me olhou sorridente e puxou meu vestido, o ajeitei em meu colo e lhe coloquei para mamar, ele esfregou os olhos e bocejou, reduzi o volume da TV, logo Niall estaria dormindo, me sentia extremamente vulnerável nesses momentos, o olhar cheio de amor dele me deixava assim.
- sabe o quanto é bom amar dois homens de olhos tão lindos? É maravilhoso - beijei sua testa.
Quando Niall dormiu o levei para seu quarto, estava descendo as escadas quando ouvi a campainha, novo recorde de entrega, menos de 50 minutos, abri a porta e me deparei com dois homens, já havia os visto, eles que me sequestraram, um deles apontou a arma em minha direção, meu primeiro pensamento foi reagir, mas me contive.
- se gritar morre - ele anunciou.
- ok! - levantei as mãos, o outro me segurou e me levou para dentro da casa, minha arma estava pendurada no quarto, não tinha nada perto, só a arma dele apontada em minha direção.
- se tentar alguma coisa mato você e o bebê... Amarra ela - ele mandou.
O outro idiota me jogou na cadeira, enquanto o armado, o mesmo que me perguntou as horas, ficou mirando a arma, o segundo idiota procurou algo para me amarrar, dei um chute no primeiro, ele caiu no chão e eu o desarmei quando virei para procurar o outro, senti o tiro atingir minha perna, ele me bater me fazendo cair no chão, o outro levantou e subiu correndo.
- não, não.... Me mata, faz qualquer coisa comigo, mas por favor deixa meu filho - implorei, fui pressionada no chão, e silenciada, ouvi o choro do meu filho e comecei a me debater, mas só consegui ganhar um tapa.
- vamos cala ela, e vamos, antes que o cara volte.
Ele me arrancou do chão e me levou para o banheiro, fui jogada para dentro, ouvi o barulho da chave, comecei a bater forte na porta, sentia o desespero me consumindo, eles estavam levando meu filho, estavam levando meu Niall e eu não podia fazer nada, ouvi o barulho de algo sendo derrubado
- socorro - gritei o mais alto que pude - socorro... Olhei em voltei me busca de algo para estancar o sangramento, peguei uma toalha e ajeitei em volta, tirei o fio que amarrava meu vestido na cintura e amarrei a toalha.
Olhei em volta em busca de algo para quebrar a fechadura.
- merda, socorro, Amelia.... Comecei a bater na porta com a maior força que consegui - Amelia, alguém... Por favor, me ajudem.... Socorro.
- Mer? - ouvi a voz de Link.
- me ajuda, Link ajuda - bati na porta, ele abriu, e eu saí o empurrando.
- Meredith você está sangrando.
- cadê meu celular? Droga - revirei o sofá, peguei e disquei o número de Andrew.
- Meredith o que aconteceu?
Ligação on.
- amor? Oi.
- Andrew, Andrew - senti meu pânico aumentando, tomei fôlego - vem pra casa agora, levaram nosso filho.
- Mer, o que?
- Andrew - cai de joelhos no chão - levaram meu filho.
- estou indo pra casa, Edgar....
Ligação off.
- Mer - link me tirou do chão - você precisa de um médico.
- eu tô bem... A bala atravessou.
- Meredith senta. Você está sangrando - link me segurou no sofá.
- meu filho - gritei desesperada - meu filho.
- eu sei... Eu sei - ele estava chorando também - Andrew está chegado, me diz se tem atadura aqui, gazes, essas coisas.
- no armário do banheiro, do meu quarto... Armário embaixo da pia.
- ok.
Fiquei olhando ele subir correndo, Amelia entrou quase ao mesmo tempo, ela congelou ao me ver.
- cadê os meninos?
- assistindo no quarto... Cadê ela Niall, o que aconteceu? - ela voltou a andar.
- sequestraram meu filho.
- meu Deus - Amelia sentou e me abraçou.
- aqui - link desse correndo.
- o Andrew? - Amelia levantou dando espaço para o marido.
Link tirou a toalha e limpou o ferimento, senti arder, mas não doeu tanto quanto meu peito estava doendo, não sabia como estava tão calma por fora, por que por dentro eu estava em desespero.
- isso vai ajudar - ele encheu de gases, passou esparadrapo para grudar, nos dois lados e por último enfaixou a bala passou lá lateral da perna, não atingiu nada importante, e atravessou, agora meu tapete tinha uma mancha de sangue grande, quando ele terminou eu tentei levantar, mas Link me segurou outra vez - seu rosto.
- Link, por favor me solta - pedi rude.
- Mer, amor, amor - Andrew entrou na casa e logo atrás Edgar.
Link me ajudou a levantar e se afastou, Andrew me abraçou.
- quem levou nosso filho?
- os mesmo homens que me sequestraram, foi ela... Ela mandou.
- já acionei todas as delegacias... Estão de olho.
- eu vou matar aquela mulher... Eu juro - gritei, me afastei de todos e fui para a cozinha - eu vou matar ela - peguei o vaso sobre a mesa e arremessei contra a a geladeira, havia afins pratos e copos, os joguei tambem, senti alguém me segurar.
Eu sabia como se seguiria agora, mesmo. sabendo que o melhor seria feito, mesmo com uma parte minha, a parte racional tentando manter o controle, meu lado mãe não estava suportando, eu sentia a mesma dor que senti quando perdi Andrew, não, era pior, 10 vezes pior.
- amor, isso não vai ajudar - Andrew sussurrou - nos vamos achar nosso filho.
- eu não consigo, estou cansada de tudo isso - falei virando para o olhar nos olhos, Andrew também estava chorando - eu não suporto.
Senti meu corpo perder as forças, meus joelhos cederam, Andrew segurou meus braços enquanto eu simplesmente desabava, ouvi meu grito de desespero, Andrew se ajoelhou no chão junto comigo e segurou me corpo, ouvia meu soluçar.
👮🏻♂️👮🏼♀️🎯
Oi, tchau, estarei indo me esconder.
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Um Amor Inefável
ChickLitMeredith Grey e Andrew DeLuca são recém casados, apaixonados e cheios de sonhos, ele. Policial do DEA, ela uma delegada, mas mais que profissões tão diferentes, eles levam a vida de uma forma única, o jovem casal que parece tão comum, vai mostrar se...