Capítulo 36~ E fim.

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Pov'Meredith.

A última vez que vi todas aquelas pessoas reunidas foi em meu casamento, e agora alguns rostos novos, vários polícias da delegacia, Callie, Richard e Edgar, ele só acenaram, a equipe que trabalhava com Andrew estava alinhada, todos com suas fardas para prestar homenagem, sentamos juntos na primeira fileira, fiquei entre Verônica e Judith, as duas não paravam de chorar, não demorou para começarem as homenagens, sobre o caixão fechado estavam a bandeira dos estados unidos, a da nossa cidade e a com símbolo da narcóticos.

Catherine conduziu as homenagens com classe e beleza, um respeito admirável por Andrew, quando chegou meu momento de falar levantei e segui até o púlpito que foi montado.

- boa tarde, sou Meredith Grey, esposa de Andrew DeLuca... - respirei fundo e desdobrei a folha com as palavras que escrevi - as vezes eu me pergunto o quão frágil somos! Minha mãe costumava falar que "o tempo é como um alimento, e devemos tratar ele como a nossa comida favorita, que é aparecida" - levantei o olhar até onde ela estava - é difícil acreditar que o tempo é mais logo para algumas pessoas... - finalmente as lágrimas, mas eu sabia que não seria tantas - ontem... Eu estava feliz, ele estava feliz... - parei de ler o que havia escrito, porque aquilo não ajudaria as mães dele, ou qualquer um dos amigos - Andrew amava seu trabalho, eu soube disso desde a primeira que o vi, e reafirmei todos dias, mesmo com os riscos ele amava, ele morreu, mas não foi em vão, eu sei que vamos achar o culpado, por que existe um... Eu perdi o homem da minha vida, a pessoa que me entendia e me completava... Duas mães perderam o filho, tantos perderam um amigo... O vazio que ele deixou é grande, e meu conforto é saber que um dia a pessoa que nos tirou ele vai pagar, eu sinto por não ter palavras de conforto para a dor que estão sentido, sinto por que esperam algo mais bonito do que a palavras de uma mulher que se sente devastada e com raiva.

Olhei para Alex de pé a uma distância ele achava que a qualquer momento seria o momento que eu sairia do estado de choque e surtaria.

- desculpem! - suspirei - eu o vi no carro, mas quero lembrar da última vez que o vi na porta da delegacia dizendo que me amava, lembrar do sorriso em seu rosto, lembrar do beijo que me roubou na sala da delegacia - abri um sorriso - lembrar do som da sua risada a três noites atrás, aquele som bobo e cheio de amor, eu quero lembrar do homem corajoso que ele foi, do melhor amigo, do filho, do bom genro ou tio, do parceiro de trabalho, é assim que quero que lembre-se dele, sendo um homem maravilhoso, com defeitos, mas um homem bom.

Desci do púlpito e andei até o caixão.

Depois das minhas palavras foi o pior momento Alex, Nico, Paulo, Heitor, Catherine, Link e Levi seguraram as cordas para descer o caixão, minhas lágrimas desciam por meu rosto, mas eu não sentia uma dor esmagadora! Quando terminaram peguei uma das rosas amarelas beijei e joguei, todos fizeram o mesmo.

- eu te amo inefavelmente - sussurrei.

E fim.

Uma linda história se acabou ali.

Mas não a minha, recebi as condolências e palavras de conforto, todos os abraços, e isso me irritava, eu odiava abraços.

Alex e Helen pareciam sobras me rondando, olhei para longe e vi uma única pessoa que não estava me sufocando, pedi licença e andei até Edgar Reade.

- a qual distância seu carro está?

- ali - ele apontou - porque?

- preciso sair daqui, mas não dá pra ser pra casa da minha mãe, eles querem me sufocar... Você me deve por te me destratado quando cheguei na delegacia.

- eu não devo nada - ele segurou o riso, era um péssimo momento para rir.

- acabei de perder meu marido, você me deve e vai me ajudar a sair... Por favor - implorei.

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