UM AMOR INEFÁVEL!

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Pov'Meredith.

Me olhei no espelho me sentindo principalmente velha, mas também incrivelmente feliz, afinal são dez anos juntos. Dez anos que conheci Andrew! Em menos de vinte e quatro horas seria meu aniversário! 35 anos. Me olhei no espelho e tentei achar as mudanças que o tempo nos trás, já havia algumas no rosto que mudou tanto, mas ainda era o mesmo, ajeitei meu cabelo e o prendi em um rabo de cavalo alto, era mais um dia normal, Andrew chegaria em casa em breve, hoje não tinha nada importante para resolver então só passaria o dia em casa com meu marido e meu filho, estava terminando de me arrumar quando ouvi meu celular tocar.

Ligação on.

- Meredith? Meredith socorro.

- Amanda? O que houve?

- Luiz, ele está aqui, está bêbado tentando invadir a casa - ela chorava desesperada.

- vai para o seu quarto estou chegando aí.

Ligação off.

Fazia um tempo que eu não precisava usar minha arma, puxei a caixa da parte de cima do guarda roupas, peguei ela e desci correndo, Amanda morava no final da rua, umas sete casas abaixo, eu a conheci por acaso quando nos mudamos, passei por Niall e a babá dele que me olhou assutada, sai de casa correndo, quando cheguei a casa de Amanda a porta estava aberta, havia sido arrombada, ouvi os gritos dela vindo da cozinha, a encontrei caída no chão com o filho da puta em cima dela tentando arrancar seu vestido a força, ele se forçava em cima dela, chegava a ser nojento.

- sai de cima dela agora - mandei.

- vai embora sua vagabunda, isso é conversa de marido e mulher.

- sai de cima dela seu filho da puta - engatilhei a arma e mirei na cabeça dele - ou eu te mato.

Luiz, saiu de cima dela levantando as mãos, me olhou assustado e depois riu a me reconhecer.

- a advogada!!! Você nem deve saber atirar.

- quer descobrir? - atirei no canto do piso bem ao lado dele que se assustou - O último morreu - falei com raiva, minha vontade era ter atirando nele, esse tipo de verme não faz diferença no mundo - de joelhos... Ligou para a polícia?

- sim, antes de ligar para você - Amanda se arrastou para um canto.

- Meredith? - ouvi a voz familiar de Edgar - te vi correndo.

- o cretino que aquele advogado de merda ajudou a soltar! ... Estava tentando abusar de Amanda.

- chamaram a polícia?

- sim! - respondi.

- pode baixar sua arma Mer - ele pediu, foi até o cretino e o algemou - vamos começar bem o dia.

- do meu jeito favorito!!! Prendendo filhos da puta.

Uns minutos depois da minha chegada a viatura da polícia chegou, Edgar explicou tudo o que aconteceu, acompanhei Amanda até a delegacia, Edgar mesmo estando de folga foi junto.

- você salvou ela - ele pegou minha mão - salvou ela.

- salvei - concordei tentando segurar minhas lágrimas, queria ter conseguido fazer isso por Emily, nunca esqueceria aquela manhã, e durante a fração de minutos que levei para chegar a casa de Amanda, eu achei que não ia conseguir outra vez, que me separaria com a mesma cena, não era os Edgar que vivia assombrado por aquela imagem.

- ela está liberada, pode ir para casa - a delegada que estava de plantão murmurou - você salvou ela Grey.

- fiz o meu trabalho... Pronta para ir? - perguntei para Amanda, ela estava com o rosto machucado, mesmo nos poucos minutos que demorei para chegar a sua casa, Luiz ainda conseguiu machucar ela.

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