Pov'Meredith.
Estávamos lá, Andrew, Callie e eu sentados nos bancos atrás de Edgar e Verônica, olhei para o homem de cabelos grisalhos e tive repulsa, nunca achei diferença em cor de pele, não uma que achasse errada, mas naquele momento eu tive, de um homem branco e privilegiado, por um momento entendi a raiva de Edgar por pessoas assim, o julgamento começou e o advogado dele começou a falar várias coisas, meus estômago revirava, mas nada tinha haver com meu bebê, era só as idiotices sem fim que saiam da sua boca.
Depois de ouvimos asneiras sem fim Verônica levantou e apresentou suas provas, citou a prisão indevida de Edgar por invasão de propriedade particular, mesmo ele sendo casado com Tânia, o que não deveria nem ter sido aceito naquela época.
- ela não o queria lá - o branco privilegiado falou.
- Edgar fica calado - sussurrei como se ele pudesse ouvir, ele olhou para trás e eu respirei aliviada, ele ia me ouvir, ele só precisava ficar quieto e deixar Verônica falar.
- senhor juíz, meu cliente foi preso injustamente... Aqui, duas tentativas de advogados de o ouvir! - Verônica entregou a folha ao segurança que levou até o juiz - foi impedido a chegada deles, só uma terceira tentativa foi permitida, depois que sua esposa já havia falecido, e quando ele os procurou contaram que o bebê também não sobreviveu, o que sabemos que é mentira, agora me pergunto o porque fizeram? Ele trabalhava e ganhava bem para cuidar do filho, sem nenhum antecedente até essa prisão indevida, meu cliente foi privado de estar com o filho l, foi enganado e sofreu pela perda dos dois.
Verônica voltou a sua mesa e pegou outra folha de papel.
- o menino vivi em um colégio interno desde os três anos de idade... Todos os outros saem nos finais de semana, mas ele apenas uma vez no mês, e apenas por um dia.
- ele está recebendo o melhor estudo - o babaca falou e o advogado o advertiu.
- senhor juíz, existem pelo menos 100 escolas de tempo integral só nesta cidade, e acredito que mesmo que fosse por estudos, ele foi levado aos três anos, não era capaz de entender o motivo de estar ali longe da pouca família.
- quero ouvir a criança.
- não, não vou forçar meu neto a isso.
- isso não é um pedido, caso se negue a cooperar serei forçado a entregar a guarda total ao pai do menino... Amanhã às dez... Sessão encerrada.
Todos levantamos para o juiz sair, Edgar nos olhou esperançoso.
- nossas chances aumentaram... Quanto mais merda ele falar, melhor será para você - Verônica falou.
- tô me apegando a isso.
- finalmente você me ouviu - dei um tapinha no braço dele.
- foi difícil, mas você estava certa.
- eu sei, eu sei - sorri faceira.
- metida - Andrew cuxixou.
- o que vocês acham de irmos almoçar? Eu pago - Edgar convidou.
- o que você acha amor? - Andrew me olhou.
- claro, ele vai pagar - sorri.
👮🏻♂️👮🏼♀️🎯
Estavamos no restaurante quando meu celular tocou, olhei o número por uns segundos, era Levi, mostrei para Andrew e ele assentiu.- preciso atender, com licença - levantei e fui para o banheiro do restaurante.
Ligação on.
- oi Levi.
- oi Mer, preciso que venha até em casa logo.
- o que foi?
- vai gostar do que achei, mas tem que vir aqui, não dá pra falar por ligação.
- estou almoçando com Andrew, Callie, Edgar e Verônica, mas depois que sair daqui vamos na sua casa.
- ótimo... Estou esperando.
- Levi?
- melhor não falar por celular.
- ok, já estamos terminando a refeição.
Ligação off.
Voltei para a mesa tentando achar meu sorriso normal, mas minha ansiedade estava em alta?
- tudo bem amor? - Andrew perguntou quando sentei.
- sim! A mamãe pediu para ir na sua casa... Falei que vamos depois do almoço.
- vamos - ele concordou.
Foi meio difícil me concertar neles depois da ligação de Levi, queria sair logo dali e descobrir o que ele achou, mas conversei e dei atenção para Verônica, digitei uma mensagem para Callie e Edgar falando a mesma coisa "vamos até a casa de Levi... importante".
- você parece que vai infartar - Andrew falou quando caminhamos para fora do restaurante.
- tô quase.
- tchau Mer - Verônica me abraçou - tô feliz por você.
- por mim?
- cuidado - ela beijou minha bochecha e foi até o filho - tchau meu bebê.
- tchau mãe - Andrew fez uma careta.
Entrei no carro com Andrew, Callie e Edgar foram para os seus, me sentia em um filme polícial, sorri do meu pensamentos, eram quatro polícias e uma advogada sentados em uma mesa, aquilo era melhor que muitos filmes.
- o que o Levi falou?
- tem novidades, mas não quis falar por telefone.
- então deve ser importante.
- sim! Por isso tô quase infartando... E agora tô achando que a Verônica sabe que tô grávida.
- por que acha isso? - Andrew deu uma olhada rápida em minha direção.
- ela falou "tô feliz por você"... Isso soou estranho, tipo "sei que tá grávida, mas não tá pronta pra falar".
Acho que tô ficando paranóica.
- pode ser, ou pode ser outra coisa...
- eu sei, mas sei lá... - dei de ombros - queria poder saber logo o sexo, escolher o nome... Arrumar o quarto, mas ao mesmo tempo sinto medo de algo dar errado.
- não vai dar nada errado dessa vez... Eu prometo.
- pensamento positivo - suspirei - você já pensou em algum nome?
- só pra meninos - Andrew falou sem jeito.
- eu acho que é menino... Também só consegui pensar pra meninos.
- vamos esperar... Tô começando a achar que você tem razão nisso, o que não é novidade - ele riu.
- a Callie sabe... Precisei contar por que estava com desejo - confessei.
- não tem problema - Andrew pegou minha mão - somos os pais, nos escolhemos a hora de contar... Mesmo que seja para nossa família, sei que eles vai entender.
- você é um marido maravilhoso - deitei a cabeça no ombro dele.
Andrew parou o carro atrás do de Edgar, descemos os quatro quase ao mesmo tempo, mas eles me deixaram ir na frente, foi até engraçado, eu adorava comandar, saber que tinha pessoas como eles junto comigo, bati na porta e esperamos.
- será que ele achou algo? - Callie quem perguntou.
- espero que sim... Eu não sei... - respondi.
A porta abriu e Levi nos encarou com uma expressão de quem havia achado ouro.
- entrem, a reunião da cúpula vai começar - ele riu.
👮🏻♂️👮🏼♀️🎯
A reunião da cúpula vai começar.
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Um Amor Inefável
Literatura FemininaMeredith Grey e Andrew DeLuca são recém casados, apaixonados e cheios de sonhos, ele. Policial do DEA, ela uma delegada, mas mais que profissões tão diferentes, eles levam a vida de uma forma única, o jovem casal que parece tão comum, vai mostrar se...