Capítulo 93~ Posso confessar um pecado?

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Pov'Meredith.

As sensações de déjà vi chegavam facilmente, Andrew pegou minha mão e me levou direto para a pista de dança, as música começou a tocar, a mesma do nosso casamento, o sorriso dele que parecia ainda mais lindo, me sentia a mulher mais sortuda do mundo, eu sabia que poucos homens eram capazes de amar tão profundamente quanto Andrew, de uma forma tão verdadeira, e intensa.

- três anos depois e elas ainda não superaram - Andrew murmurou, olhei nossas mães fazendo careta, não era só eu a estar tendo déjà vi.

- ainda não - concordei - obrigada por isso, por nos dar um momento para lembrar que tudo pode ser melhor.

- eu também precisava, tirar toda essa tensão, lembrar que ainda somos só um casal, mesmo sendo um casal tão diferente - Andrew falava sério - você é minha vida coelhinha, eu quero lembrar disso de um forma bonita, não por que preciso te proteger de algo ruim, por que é só isso, não é só por que acho que precise de um herói... Eu amo você por que você é incrível, e mesmo quando falo que te protegerei de qualquer coisa, eu também sei que você vai me proteger.

- eu gosto de saber que é capaz de tudo por mim, mas prefiro saber que não precisa... Que é só meu marido, que quer me fazer feliz... Preferia não ter esse medo, você me faz tão bem... Eu amo o modo que me ama, que fala isso, que mostra isso, e mesmo sem falar, está escrito em seus olhos... Não sei se em algum momento algo que falei mostrou que te amo menos... Mas eu só te amo mais a cada dia, por que é capaz de entender até minhas dúvidas e medos, de segurar minha mão e estar comigo no caos...

- vamos estar juntos até o final... Até que a morte nos separe - Andrew me beijou.

Na segunda música outras pessoas começaram a dançar, incluindo Edgar e Tasha a babá de Anthony, eles pareciam bem animados, Andrew os observou e depois comentou.

- estranho ver Edgar com alguém.

- ciúmes? - brinquei.

- não chega a ser isso, mas é estranho - Andrew deu de ombros - será que tá rolando alguma coisa?

- se não está, vai, olha o jeito dele!

- posso confessar um pecado? - Andrew pediu.

- não sou padre, mas pode - falei rindo.

- uma vez... Pensei em nos três no quarto - Andrew sussurrou em meu ouvido, o que me pegou totalmente se surpresa.

- que pecado!!! - tentei não rir muito alto, para não chamar atenção.

- foi só um momento, quando brincou sobre chocolate branco e chocolate preto - Andrew se explicou.

- nossa amor! Deixaria isso acontecer? - estava levando aquilo na brincadeira, claro que esse tipo de coisa me excitava, saber o que Andrew imaginava.

- não sei qual a resposta certa - ele me olhou nos olhos.

- então é uma sugestão?

- é um fato, eu pensei - ele falou baixo.

- Edgar é um homem lindo, não serei hipócrita... Eu sei que existe... Digamos que uma tensão sexual entre nós... Três... Não sou boba nem nada... Mas eu não vejo ele fazendo parte do nosso mundo, da nossa relação, mesmo que fosse uma única vez, possivelmente seria muito bom, mas também poderia ser prejudicial para nós dois, e mesmo sendo bom, não vale apena arriscar nossas relação - apontei entre Andrew e eu.

- você pensou? - ele perguntou.

- se falar que não seria mentira... Pensei, assim como já pensei em uma outra mulher, como já nos imaginei no meio de vários casais... São fantasias, mas existe um limite, e eu não quero ultrapassar ele.

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