Capítulo 49~ Devo ser gentil?

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Pov'Andrew.

Durante todo o dia eu mandei fotos para Meredith, não exatamente de hora em hora, mas quase, mandei uma quando já estava na cama pronto para dormir, ela mandou uma deitada no sofá da delegacia, sua carta me deixou extremamente feliz, eu nem sabia exatamente o motivo, mas fiquei. Dormi e sonhei com ela, foi a primeira noite desde que voltei, mas eu tinha certeza que não era uma memória, sim desejo, o desejo de fazer amor com ela, mas isso ainda era uma coisa mais delicada, mesmo tendo recebido autorização de lhe beijar sem precisar pedir, sexo era outra coisa.

Tomei café da manhã com minhas mães e depois sai para buscar Meredith, estava ansioso por ver ela, quando parei em frente a delegacia mandei uma mensagem avisando que estava ali, ela pediu para que entrasse, desci do carro e segui até a sala dela, bati e esperei, Edgar estava ali e foi quem abriu a porta.

- hum, ta ocupada?

- não, Edgar só quer colher suas digitais para que assim posso ter novos documentos... Como abrimos uma investigação sobre sua morte, ele precisa liberar tudo.

- ok! - falei.

Edgar explicou tudo então colheu minhas digitais, depois saiu da sala não muito satisfeito, esperei mais um pouco e só então falei.

- desculpa falar assim, mas é perceptível que ele está afim de você.

- besteira - Meredith bufou.

- sou homem Meredith, eu sei, acredite.

- não importa, eu não o vejo assim! - ela pegou sua bolsa e seu celular.

- e eu?

- o único - ela pegou minha mão - vamos pra casa, preciso descansar.

- li sua carta.

- sabe que eu não lembro o que escrevi - ela me olhou sem jeito.

- obrigado por aquela carta, é melhor que a minha - murmurei - você é boa com as palavras.

- sei.

- sério... Você tem um jeito de ver tudo que me surpreende.

- sou louca, por isso - ela falou parecendo sério.

- não gosto que fale isso - parei de andar em frente a delegacia e a encarei.

- que pessoa em sã consciência manteria a casa como eu fiz? Onde isso é saudável pra alguém?

- cada um tem seu tempo para esquecer - argumentei.

- essa é a questão, eu não queria te esquecer... Não queria recomeçar, eu sabia que era o certo, mas eu decidi não fazer, não estava esperando e eventualmente te esquecer Andrew, eu aí decidi que não ia permitir que isso acontecesse.

- não entendo.

- sou louca - ela voltou a falar.

- não fala bobagem - pedi - me diz porquê.

- não tem uma explicação plausível para isso - ela quis ir para o carro mas eu não deixei.

- aceito a louça então.

- eu te amo Andrew - ela tocou meu rosto - eu não quero ter que amar outra pessoa, ter que falar "é eu fiz uma tatuagem com o nome do cara que me casei".

- é por causa da tatuagem?

- é por causa do significado que ela tem pra mim, eu escolhi a pessoa que queria passar todos os dias da minha vida, e não uma que eu ia tentar e se desse errado tentaria com outro...

- então não teria mais ninguém depois?

- sério não! Alguns namorados possivelmente - ela deu de ombros - mas não para casar.

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