Acabo de tomar banho e escolho uma roupa para vestir, não quero parecer arrumada demais, nem desarrumada. Não se trata de um encontro comum, é somente uma reunião para tratar sobre os interesses da Geovanna.
Leandro e Aluísio entram no quarto, eu olho para eles rapidamente e volta a procurar uma roupa adequada no armário, vejo uma calça jeans e pego.
— O que é isso? — pergunta Aluísio pegando a calça da minha mão e fazendo uma cara de espanto.
Eu rio.
— Uma calça jeans. Não reconhece?
Ele olha para Leandro e meu irmão revira os olhos e pega a calça das mãos dele.
— Eu te falei, ela só não vai com um saco de batatas porque não tem um aqui — expressa Leandro.
Eu franzo a testa e arrumo a toalha enrolada no meu corpo.
— Vocês vieram aqui para fiscalizar o que vou vestir? É isso? — indago cruzando os braços e olho de um para o outro.
— Claro, nós não podemos te deixar sair vestida com qualquer trapo — aponta Aluízio e me empurra com os ombros, quase me desequilibro. Ele para em frente ao meu armário e espia dentro dele. — Vejamos se tem algo que preste aqui.
Meu irmão me segura pelos ombros e me põe para trás, eu fico indignada com esses dois. Ponho as mãos na cintura e faço uma careta. Um cochicha com o outro e só posso ver as costas dos dois.
— Olha aqui vocês dois, não estou indo a um encontro amigável ou amoroso. Não pretendo me emperiquitar para aquele lá depois ficar pensando que me arrumei para ele — especifico, porém os dois parecem não me ouvir. — Ei, vocês dois...
— Calma aí, irmãzinha. Não vou deixar que saia daqui como uma adolescente desleixada.
— Não iria me vestir assim — defendo-me, contrariada com eles.
— Querida, você ia pôr essa calça jeans que já sabe até o caminho até a padaria, de tanto que você a usa. Nem quero imaginar a blusa. Provavelmente iria com aquela preta de Madri — responde Aluísio sem me olhar e mexendo no armário. — Aqui está — diz, animado e se vira para mim, segurando meu vestido azul bebê.
Eu não digo nada e nego com um gesto de cabeça.
— Sim, este é perfeito — grita Leandro, batendo palmas.
— Não vou com esse vestido, vou me sentir inibida e como disse não quero ficar arrumada demais — declaro olhando para o vestido.
Leandro, balançando a cabeça, estica os braços e aperta meus ombros com suavidade.
— Querida, esse vestido não é demais. Porém você vai arrumada sim. Vai passar aquele perfume maravilhoso, deixar seus cabelos soltos, sem aquele rabo de cavalo medonho, e nada de inibição — recita com olhos fixos nos meus.
Aluísio também para na minha frente.
— Letícia, mostre para o Heitor o que ele está perdendo. Mostre que você é poderosa, linda e que continua gostosa. — Ele sorri e eu mordo o lábio enquanto olho o vestido. — Olha, não dê a ele o gostinho de te ver desajeitada.
— Isso minha irmã, e faça ele sofrer, não deixe que o bravinho te seduza com aqueles olhos azuis de príncipe do deserto — previne meu irmão.
Eu dou uma risada.
— Esse risco eu não corro. Pois nem ele e muito menos eu queremos nada um com o outro — afirmo.
Aluísio e Leandro se encaram e dão uma risadinha.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um CEO Inesquecível
RomanceHeitor Augusto Pigozzi, um CEO poderoso, que apesar de vir de uma família rica, construiu sua própria fortuna. No passado ele teve um caso com Letícia Xavier, a única mulher que conseguiu mexer com ele de alguma manira. No entanto ao descobrir que e...