Epílogo

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Letícia

Um ano depois

Chego em casa da faculdade e sigo direto para o quarta da Maitê, minha pequena de apenas sete meses. Abro a porta e não há ninguém por ali. Sigo para o quarto da Geovanna e também está vazio. Sigo para a suíte e deixo minha bolsa e meus livros em cima da cama.

Caminho até a varanda dos fundos e ouço os gritinhos da Geovanna e a voz do Heitor. Sem fazer barulho ando até eles que estão brincando no escorrega. Eu cruzo os braços e sorrio.

Heitor segura Maitê e a ajuda a escorregar, enquanto Geovanna aguarda na parte de baixo para pegar a irmã, que quando chega ao chão bate palminhas e solta gritinhos de alegria.

— Eeee.... Maitê conseguiu — berra Geovanna.

Os três se divertem e aproveito para tirar uma foto.

Todas às vezes que vejo Heitor com as meninas sinto um orgulho imenso. Ele se tornou um pai perfeito e não tem como não lembrar os seus amigos que não perdem uma oportunidade de zombar de suas palavras, sobre ser alérgico a crianças.

Meu marido adora todas as crianças e todas são loucas por ele. Quem diria...

Eu me aproximo deles.

— Vejo que estão fazendo uma farra grande — digo com um sorriso.

Heitor me olha e se levanta do chão, ele pega Maitê no colo e chega perto de mim. Então dá um beijo em minha boca.

— Você demorou — fala e Maitê estica os bracinhos para que eu a pegue no colo. Heitor ri. — Acho que não sou somente eu que sinto sua falta.

Eu rio e sinto Geovanna abraçar minhas pernas, enquanto pego Maitê.

— Mamãe, brinca com a gente? — pergunta minha filha.

Eu me abaixo, segurando Maitê e beijo o rosto da Geovanna.

— Claro meu amor, vou só trocar de roupa — acentuo e ela sorri.

Heitor ajuda a me levantar e passa a mão pelo meu cabelo.

— Foi bem na prova? — questiona me olhando com carinho.

Eu balanço os ombros.

— Acho que sim — respiro fundo, me sentindo aliviada. — Vou me trocar e ficar um pouco com elas para você descansar.

Heitor volta a pegar Maitê.

— Eu não estou nem um pouco cansado. Na verdade estou me divertindo com elas — indica e dá um beijo no canto da minha boca. — Para falar a verdade estou cheio de energia — sussurra.

Eu rio, sacudindo a cabeça.

— Você tem energia demais — brinco.

— Com você, não tem como ser diferente.

Peço que Geovanna me espere, beijo Maitê e em seguida dou um selinho em Heitor. Retorno para dentro de casa, afinal preciso de um banho e também comer alguma coisa, pois estou faminta.

Bem mais tarde, depois que as meninas dormiram, Heitor e eu tomamos uma taça de vinho na varanda.

— Você soube do seu pai? — pergunto.

Ele me olha com um sorriso.

— Ele me ligou hoje. Viu um pequeno sítio no interior de Minas Gerais, e notei que sua voz estava bastante animada.

— Que bom, Heitor! Tomara que ele consiga retomar a sua vida — ressalto.

Heitor segura a minha mão.

Um CEO InesquecívelOnde histórias criam vida. Descubra agora