Capítulo 13

7.5K 619 124
                                    

Fujo para o quarto, estou fora de controle, preciso sair de perto do Heitor por um momento, ou está arriscado eu voar para cima dele e arrancar suas roupas. Eu me encosto à parede e fecho os olhos, puxo ar para os meus pulmões. Cada partícula do meu corpo está sensível.

Será que um dia eu vou deixar de me sentir dessa maneira, só por ele estar por perto? Tudo em mim deseja o Heitor e nem a mágoa que sinto por ele é capaz de apagar essa vontade incontrolável de me submeter as suas carícias.

Todas às vezes que ele está por perto eu quero tocá-lo, beijá-lo e sentir sua boca passar por minha pele. Eu sei que não devo pensar nele desta maneira, mas é muito mais forte do que eu. Heitor conseguiu deixar sua marca, e agora vivo numa luta constante para não me deixar levar por meus sentimentos. Devo me lembrar do que ele fez, e não permitir que suas provocações me deixem fraquejar como aconteceu há alguns instantes.

Eu abro os olhos e olho para o teto, preciso de um banho urgente, mas não posso deixá-lo na sala sozinho por muito tempo, ou vai perceber que estou fugindo. Respiro fundo, e tomo coragem. Desta vez não vou permitir que meus hormônio me dominem.

Retorno para a sala com passos lentos e o vejo sentado no sofá, com os braços esticados acima do encosto e pensativo, olhando para teto. Acredito que para resistir a esse homem só sendo uma santa. Porque ele é muito atraente. Agora mesmo, está muito elegante com seu terno feito sob medida, sem sua gravata e com os primeiros botões da blusa abertos, expondo parte da sua pele.

— Você vai ficar aí me observando até quando, Letícia? — pergunta e se vira para mim, seu olhar sedutor me deixa sem ar, ele dá um sorriso. — Senta aqui, comigo.

Eu quero correr para cima dele, quero que volte a me tocar e me beije como se eu fosse a única mulher existente no mundo. Meu desejo cresce e sinto um formigamento em minha vagina. É preciso muito autocontrole.

— Vou beber um pouco de água — digo e vou para a cozinha. Abro a geladeira e pego a garrafa de água.

— Por que você está fugindo, Letícia? — Sinto sua presença na cozinha e aperto a garrafa entre os dedos. Estou de costas para ele e tento manter o controle.

Mordo o lábio com força e coloco água no copo.

— Não estou fugindo — minto.

Ouço sua risada rouca a medida que se aproxima ainda mais. Prendo a respiração e fecho os olhos.

Heitor tem o corpo quase grudado ao meu, posso sentir seu calor.

— Eu sei por que está tentando me manter afastado — murmura, rouco e seu hálito toca meu pescoço, deixando-me arrepiada. — Você tem medo Letícia, pois sabe que, como eu, não consegue negar a atração que sente.

Respiro com dificuldade, abro os olhos e ponho o copo em cima da pia, então me viro para ele, e ao fitar seus olhos, num azul tão intenso, já me arrependo de ter virado, pois seu olhar me deixa enfraquecida.

— Não é nada disso — falo em tom suave. — Eu tenho medo sim, Heitor, mas não da atração. Mas eu não posso esquecer suas palavras no passado. Eu tenho medo de acreditar e a primeira oportunidade você se virar contra mim novamente — declaro com meus olhos fixos aos seus, ele me encara e noto uma ponta de tristeza em seu olhar. — Nós sabemos que nossa família não vai gostar nada de nos ver juntos. Meu pai está distante, mas assim que descobrir nossa aproximação vai fazer de tudo para nos separar, e o mesmo acontecerá com o seu pai.

Heitor trás suas mãos ater meus braços e segura com delicadeza.

— Não podemos permitir que esses dois comandem nossas vidas, Letícia — exprime de maneira atormentada.

Um CEO InesquecívelOnde histórias criam vida. Descubra agora