Capítulo 27

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Antes de entrar para a minha reunião, envio uma mensagem para Letícia e peço que me mantenha informado sobre a faculdade. Tenho certeza de que tudo dará certo. Edna se aproxima e me entrega uma planilha a qual olho superficialmente, enquanto entro na sala de reunião.

Alguns dos meus colaboradores já estão ali e eu os cumprimento. Sento-me no meu lugar e folheio a planilha, enquanto Edna prepara o projetor. Meu celular começa a tocar; eu costumava deixá-lo em minha sala todas às vezes que entrava para uma reunião, porém, por conta da Geovanna, mantenho o aparelho sempre comigo. Quem tem filho deve ficar o tempo todo comunicável.

Vejo o nome do Alexander na tela e penso em recusar a chamada, no entanto, para ele estar me ligando a essa hora, com certeza é um assunto importante.

Levanto-me da cadeira e saio para o corredor.

— Fala, meu amigo.

Heitor, acabei de receber a informação de que a Letícia está sendo seguida pelo pai — indica indo direto ao ponto.

Sinto como se o meu coração falhasse uma batida.

— Porra! O que esse verme, pretende? — indago e faço sinal para que Edna se aproxime.

Não sabemos, mas meus homens estão no encalço dele, nesse momento ele a aguarda do lado de fora de uma faculdade — informa.

Edna se aproxima e eu digo que preciso ir, ela percebe meu nervosismo e diz que cuidará de tudo, para ficar tranquilo. Ando até o elevador e aperto o botão com insistência.

— Vou agora mesmo para lá, por favor, não o perca de vista. Esse homem não tem um pingo de escrúpulos — peço.

O elevador chega.

Não deixaremos que nada aconteça com ela, e o homem está ferrado. Se apresentarmos as provas que temos a polícia, ele não vai se dar nada bem — conta com um sorriso na voz.

Nessas horas eu agradeço por Alexander ser tão poderoso e ter muitas conexões.

— Esse infeliz tem tentado prejudicar meus negócios, eu deixei passar, mas se ele fizer alguma coisa com a Letícia, eu juro que o mato — sentencio e sinto minha mão tremer.

— Não vai precisar sujar suas mãos. Confie em mim. Ele está acabado. Meu pessoal sabe o que deve fazer, e você mantenha a calma. Quando chegar lá não faça nada, eu já mexi os pauzinhos aqui — revela, dando uma risada. Eu aqui me matando de preocupação e ele todo calmo. — Já orientei os rapazes, sua mulher está protegida.

Uma eternidade depois chego a garagem.

— Qualquer coisa me avise, vou entrar agora no carro — falo e desligo. Vejo o Tião lendo um jornal e o chamo, pois não sei se conseguirei conduzir o veículo.

Ele se aproxima e com certeza percebe meu estado, então explico onde deve me levar.

Pegamos alguns sinais fechados, e isso me irrita, ligo para Letícia e ela não atende. Ainda bem que chamei o Tião, ou causaria um acidente no caminho. Tião corre quando pode e sei que em breve receberei algumas multas, mas não me importo. Chegamos a rua da faculdade e Tião para tão abruptamente que o meu corpo é jogado para frente, ainda bem que uso o cinto.

Eu saio do carro e vejo Letícia nos degraus da faculdade, seu pai e dois homens, que mais parecem um armário, estão parados perto dela. Eu subo as escadas correndo e quando estou perto dela a tomo em meus braços e sinto como ela está tensa.

— Você está bem, meu amor? — questiono e ela balança a cabeça. — Jesus! Quando soube que estava sendo seguida por ele, quase tive um ataque do coração.

Um CEO InesquecívelOnde histórias criam vida. Descubra agora