Capítulo 25

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Quase tenho ataque do coração quando vejo Letícia caída no chão e sua irmã ao seu lado, tentando reanimá-la.

É então que vejo quem também está ali, em minha casa. Fico na dúvida, entre expulsá-lo ou atender Letícia, que está inconsciente. Meu coração se aperta em meu peito devido o medo crescente ao vê-la caída. Assim, eu o ignoro e a pego em meu colo.

Sinto que sou seguido, mas estou tão preocupado e nervoso que não consigo raciocinar com clareza.

Deito Letícia no sofá e passo a mão em seu rosto pálido.

— Letícia... Você está me assustando — sussurro, olho Lia ao meu lado, muito preocupada, ela passa mão pela testa e olha a irmã. Então o vejo atrás dela, parecendo apreensivo. — O que você falou para que ela desmaiasse? — pergunto com raiva.

— Calma, Heitor! Ele não falou nada — responde Lia.

Meu pai se aproxima, devagar.

— Eu não esperava por isso, eu juro! — Sua voz sai tensa.

Então volto a olhar Letícia, ela começa a se mover e suas pálpebras tremem.

Seguro seu rosto e o acaricio.

— Letícia, meu amor! Por favor, me responda.

— Heitor... eu — geme e abre os olhos lentamente. Ela olha para mim e sorri, um pouco de alívio toma meu coração. Então ela olha Lia e vê meu pai. — Lia? — Como eu, Letícia está confusa.

Sua irmã se abaixa ao meu lado, e segura sua mão.

— Letícia, eu não queria assustá-la dessa maneira — murmura, sentindo-se aflita. — Perdoe-me, se soubesse teria alertado que não viria sozinha.

Eu olho para Lia, muito confuso. Então ela veio junto com meu pai? Viro-me para trás e vejo meu pai com expressão ainda mais aflita que Lia.

— Vocês podem explicar o que está acontecendo? — questiono, olhando de meu pai para Lia.

Eles dois se olham, Lia baixa o olhar para sua irmã, deitada no sofá, também desvio para a Letícia, ela tem a testa enrugada e tem o olhar perdido. Eu passo a ponta dos dedos em sua face.

— Você está bem, minha querida? — indago com a voz macia.

Ela me olha e acena, então se levanta devagar com minha ajuda e a de sua irmã. Sinto que Letícia está abalada em ver Lia e meu pai juntos. Pois assim como eu, certamente não sabia que eles se conheciam.

— Eu não queria causar nenhum transtorno e só aceitei vir porque a Lia insistiu. — Ouço meu pai falar.

Letícia respira fundo, olho para ela, que encara a irmã.

— Lia, você pode explicar o que está acontecendo? Porque você veio até aqui com ele? — pergunta e não me passa despercebido que Letícia evita olhar para o meu pai, e sinto que ela está com medo.

Eu dou um aperto em sua mão, e ela me olha. Eu dou um sorriso fraco.

— Não precisa ficar preocupada, ele não vai fazer nada contra nós — acentuo em tom de ameaça e miro meu pai.

Ele suspira alto, passa a mão por seus cabelos grisalhos e volta a me olhar.

— Você pode não acreditar, mas eu nunca fiz nada para prejudicar você ou a Letícia... não intencionalmente — complementa.

Acomodo-me ao lado da Letícia e dou uma risada, debochada.

— Conta outra pai. Mas confesso que estou curioso para saber o que pretende, porque se veio aqui para tentar nos separar, fique sabendo que perdeu seu tempo — esclareço, mantendo Letícia junto de mim.

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