Capitulo 20 - Meu namorado

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Eu não sabia ao certo como eu havia passado aquela noite, quando Chace chegou, Rafael tinha adormecido na porta da minha sala, como o bebado que era. Me senti ainda mais estupida, por não saber reagir a um cara que mal conseguia ficar de pé. Eu estava tão apavorada, que nem fui capaz de agradecer ao rapaz, ou lhe dar um abraço se quer, eu só queria sair rapidamente daquele lugar e apaguei assim que entrei no carro.

Na manhã seguinte, quando eu acordei, ele ainda dormia ao meu lado, usando apenas um moletom, sua camisa estava jogada no chão, mas eu sabia que nada havia acontecido entre nós.

(...)

- Bom dia! - Digo, adentrando a cozinha, onde a empregada servia o café. - Pode preparar uma bandeja para mim? Vou comer na cama hoje.

- Ah... - Ela diz, olhando para a mesa que havia acabado de arrumar. - Claro!

- Duas xícaras, por favor, tenho companhia!

(...)

Era a primeira vez que Chace ia a minha casa e também a primeira vez que ele seria visto por alguém do meu círculo social, conhecer meus empregados era quase mais importante do que conhecer a minha família.

De volta ao quarto, seguida pela mulher que carregava uma bandeja, cheia de pães e bolos, eu abro as cortinas para permitir a entrada da luz solar. Quase sinto pena de acorda-lo, mas eu não queria tomar o café sozinha, era o meu jeito de agradece-lo por tudo o que fizera por mim. No fim, acho que eu não valorizava ele como deveria, talvez eu o devesse mais do que um "obrigada".

Curiosa, a empregada põe seus olhos sobre ele, e sei que havia notado o quão bonito e gostoso Chace era. O homem, de cabelos loiro escuro, desperta com a claridade em seus olhos. E que olhos... ele tinha os mais lindos do mundo, seus cilios grandes e cheios formavam uma linda moldura ao redor de sua íris azul como o céu em uma tarde de verão na Califórnia. Eu amava como eles brilhavam ao me ver...

- Bom dia, senhor Crawford! - Eu digo, em tom formal, enquanto ele se senta, um pouco confuso, esfregando os olhos. - Essa é a Aretha, ela trabalha para mim e te preparou um café delicioso... - Pego a bandeja de suas mãos. - Aretha, esse é o Chace, talvez você o veja por aqui com mais frequência a partir de agora. - Ele franze suas sobrancelhas, ainda mais perdido. - Se ele quiser, é claro!

- Prazer, senhor Crawford! - Ela faz uma meia reverência para ele.

- Pode chamar ele de Chace, eu deixo! - Brinco, dando risada e ela retribui o sorriso, assentindo em concordância. - Pode ir, Aretha, obrigada. Fecha a porta quando sair, por favor.

- Licença... - Ela diz, ajeitando o seu avental enquanto marcha de volta a cozinha.

Coloco a bandeja no lado vazio da cama, tomando cuidado para não deixa-la cair. Estava bem pesada e, além dos pães e bolos, também tinha potes de geleia, uma garrafa de cafe e uma jarra de suco de laranja, que era o que eu tomava todas as manhãs.

- O que isso significa? - Ele pergunta, esfregando os olhos.

- Você fica lindo com essa carinha de sono. - Passo as mãos por suas bochechas amassadas, ignorando a sua pergunta, eu não tinha uma resposta para lhe dar, não ainda. - Vai, come um pouco, vai precisar de energia.

- Energia? - Franze suas sobrancelhas grossas. - Vamos correr uma maratona ou o que?

- Vamos fazer aeróbico! - Me aproximo, deixando um beijo em seus lábios, interrompido por uma gargalhada gostosa, ele havia, finalmente, entendido a minha insinuação.

- Vamos? - Pergunta, embolando seus dedos em meu cabelo. - Antes ou depois do café?

- Antes, durante e depois... - Provoco-o, passando meus lábios pelos seus, sem efetivamente o tocar.

Paris Price - "Missão St. Antonio" [ Sebastian Stan ]Onde histórias criam vida. Descubra agora