Capiulo 5 - Bandeira branca ou vermelha?

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Quando chego na sala de jantar, a extensa mesa de madeira maciça, estava posta com os mais diversos tipos de carnes e peixes. Assim que meus olhos encontram as batatas, eu me esqueço da raiva que sentia a alguns segundos, tão pouco enxergava as pessoas servindo seus pratos. Ao lado delas, havia uma garrafa de vinho, por alguma razão eu achava que fritas chuchadas no vinho, parecia sensacional. Me ponho entre as pessoas e alcanço algumas com as mãos, levando a boca.

- Paris, senta e se serve com educação! - Elena me repreende, mas eu não ligo.

Me sento na cadeira vazia ao lado da Alejandra e jogo toda batata que podia em meu prato, enfiando algumas no vinho, antes de comer. Tinha sabor de ketchup, só que melhor.

- Paris, que isso? - Meu pai pergunta.

- Fome! - Eu digo - Graças aquele imbec... imbe... im... - Engulo as palavras enquanto procuro um sinônimo menos ofensivo - Graças ao Sebastian, eu não almocei ontem, estou com fome acumulada.

- O nome disso é larica, se parasse com a maconha saberia.

Ouço a sua voz atrás de mim, me tirar a seriedade e eliminar a minha paz de espírito.

- Ta fumando, Paris? - Meu pai pergunta, com os olhos arregalados.

- Claro que não. - Reviro meus olhos para o homem que se senta ao meu lado. - Esse cara nem me conhece pra ta falando tanta merda.

Sebastian ri, satisfeito com a discórdia que plantara.

- Onde estava? - Alejandra se estica sobre mim, para enxergar seu noivo, só então percebo que seria educado eu ter deixado o lugar para ele, ao lado dela. - Pensei que estivessem juntos.

- O que te fez pensar isso? - Pergunto, despretenciosamente, me servindo com uma colherada de milho verde fora da espiga.

- É que vocês ficaram para trás...

- Estávamos. - Sebastian confessa e eu o fito com olhos flamejantes. - Tirei uma foto dela parecendo o smigol do senhor dos anéis e postei nos meus stories. - Dá de ombros, bebericando o copo de suco. Ouço Leo gargalhar do outro lado da mesa, recebendo minha atenção.

- E por que você faria isso?

- Ah, por que ela foi bem escrota né... - Rouba uma batata do meu prato e leva a boca enquanto fala - Todo aquele lance de dizer que não podia me atender...

- Entende agora o porquê eu me recusava? - Procuro pelos olhos do meu pai - É impossível trabalhar dessa forma!

- Paris, me desculpa... Sebastian vai apagar isso e-eu... eu... prometo. - Esconde o rosto nas mãos - Meu deus eu me sinto muito envergonhada!

- Ah Ale, foi só uma brincadeira. - Elena afaga as costas da garota - Não liga pra isso. É sinal de que estão se dando bem. A Paris e o Leo vivem se matando também, mas é afeto.

- Não, Elena, o Sebastian não é assim. - Bate as mãos na mesa e eu recuo, assustada. - Ele é gentil, simpatico, comunicativo, mas ultimamente, não sei...

- Estamos falando do mesmo Sebastian? - Provoco e recebo um beliscão por debaixo da mesa - AI POR QUE VOCÊ ME BELISCOU? - Grito, a plenos pulmões, esfregando o local com os olhos marejados de lágrimas.

- Já chega, isso é demais! - Alejandra empurra a cadeira, se pondo de pé em um único sopro. - Sebastian, vamos embora!

- Ale, calma... - Meu pai levanta, junto - Terminem de jantar, pelo menos...

- Não, Charles, o Sebastian passou dos limites, isso ta... ta me humilhando... - Corre os olhos a procura do moreno, que ainda me encara com raiva, como se a culpa fosse minha, pela provocação que ele começara.

Paris Price - "Missão St. Antonio" [ Sebastian Stan ]Onde histórias criam vida. Descubra agora