Capitulo 46 - Meus Garotos

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Sigo Chace pela casa, que anda como se tivesse algum objetivo, algum lugar para ir. Naquele momento tive medo que estivesse indo atrás da Alejandra, embora eu desconfiasse que ele apenas ia embora.

Suas pernas largas fugiam rapidamente de mim, me obrigando a correr enquanto suplicava pelo seu nome. Eu sabia que não tinha razão para pedi-lo para mentir por mim, mas ainda assim eu o fazia, simplesmente por desespero.

- PARA DE ME SEGUIR! - Salta os degraus a cada dois.

- ENTÃO ME ESCUTA!

Vejo algumas pessoas surgirem pelos mais diversos cômodos, seguindo em direção aos nossos gritos, o que me faz parar, quando percebo que estava atraindo a atenção que gostaria de evitar.

- Vamos pro quarto, por favor... - Olho para algumas das amigas de Alejandra, de rabo de olho, incomodada com elas me observando na porta do escritório de Elena.

- Não entendeu ainda, Par...

- O que ta acontec... - Alejandra sai do escritório, vestida em um lindíssimo vestido de noiva, mas deixa as palavras morrerem quando se depara comigo, vestida com um roupão ensanguentado. - MEU DEUS O QUE HOUVE?

- Nada, não é meu... - Reviro os olhos, quando ela toca em meus ombros e procura por feridas. - Ta tudo bem!

- De quem é esse sangue, Paris?

- Do seu marido! - Chace responde sem hesitar.

Meus olhos se arregalam, junto aos dela.

- SEBASTIAN? - Corre para o pé da escada, arrastando a anágua do vestido - Cade ele? O que aconteceu? - Se divide entre mim e a vontade de subir logo as escadarias.

- Pergunta à Paris o que aconteceu! - Chace provoca, me fitando com ódio e desejo de vingança.

- Chace... - Suplico

- Paris? - Alejandra volta até à mim, já com um súbito ar de desconfiança - Cade o Sebastian?

- Ele ta bem, Alejandra! - Respondo, ainda com olhar preso no rapaz. que parece uma bomba relógio prestes a explodir.

- Quem não vai ficar bem é ela... - Ele aponta as sobrancelhas para a loira.

Relaxo meus ombros, fechando os meus olhos e aceitando o que viria dali em diante. No momento que Chace começou, eu tive a certeza de que jogaria toda merda no ventilador. Talvez fosse realmente o melhor a se fazer, acabar de uma única vez com aquela farsa e aceitar as nossas consequências. Atrasar o sofrimento não mudava que uma hora ele viria, e seria extremamente difícil para todos os envolvidos.

- PELO AMOR DE DEUS, CADE O SEBASTIAN? - Alejandra grita, marejando seus olhos de preocupação.

- Ta no banheiro da Paris. - Chace diz e eu levo as mãos à boca, me preparando para o pior. - Ela acertou ele com um vidro de perfume. - Reabro meus olhos, me assustando com a resposta.

- QUE? - Em um primeiro momento, aquilo me soa como se eu fosse louca e eu não queria receber esse status. Mas então, eu me dou conta de que ele havia mentido para minimizar a verdade. Mesmo depois de jurar que nunca me ajudaria, era o que ele estava fazendo. - Foi um acidente...

- Meu deus. - Sigo o som das palavras, encontrando Elena na porta de seu escritório, fingindo que se importava - Paris, o que você fez?

- Estava com raiva, era para quebrar na parede, ele apareceu do nada... - Dou de ombros, evitando cruzar meus olhos com os dela, ou toda raiva que eu sentia daquela mulher, voltaria com intensidade triplicada.

- Ai meu deus, Sebastian... - Alejandra resmunga, enquanto parte em direção ao meu quarto, junto das garotas que a seguem como cãezinhos atrás do dono.

Paris Price - "Missão St. Antonio" [ Sebastian Stan ]Onde histórias criam vida. Descubra agora