No dia seguinte, meus olhos se abriram com a entrada do sol pelo vidro da janela. Chace dormia ao meu lado, sem sua camisa, mas eu ainda usava roupas de frio. Apesar de tudo, da escolha que fiz, eu não queria quebrar a minha promessa, além do mais, tinha um chupão em meu pescoço que precisava ser escondido com uma gola alta.
Me levantei antes do rapaz, tomei um banho, escovei meus dentes e me ajeitei para encarar a vida. Aquela situação não poderia continuar e, depois da noite passada, Sebastian precisaria saber que eu havia escolhido o Chace. Que eu escolhi um futuro, ao invés de um momento.
(...)
Vestida em um moletom, eu desci até a sala de jantar. Alejandra usava um óculos escuros para cobrir os olhos de ressaca. Mas Sebastian, não fazia questão de disfarçar as bolsas de quem passou a madrugada em claro. Assim que me vê entrar, a primeira coisa que faz é largar o garfo e se prender em meu rosto, como um cão atento ergue as orelhas quando o dono chama. Sinto meu coração pulsar na garganta e por isso, evito olha-lo.
- Bom dia... - Puxo a cadeira mais longe, para me sentar. - Ale, vamos na Dior hoje, escolher o seu vestido?
- Não podemos deixar pra amanhã? - Leva as mãos à testa. - To com uma dor de cabeça absurda...
Bebe mais.
Dou de ombros, eu estava ali apenas para seguir suas vontades. Por mim, ela vestiria até um saco de pão, se quisesse.
- Cadê o Chace? - Sebastian finalmente pergunta.
- Dormindo. - Respondo, ainda sem olha-lo, me servindo com um pouco de café. - Alejandra, então vou pedir para Malu trazer a prova do Buffet, para adiantarmos a escolha do cardápio. Vamos aproveitar que seus amigos estão na casa e fazer um jantar, assim todos vão poder opinar. Tudo bem?
- Perfeito, Paris, muito obrigada.
- Vocês foram embora mais cedo da festa, ontem... - Ele insiste, me obrigando a parar de ignora-lo. - Aconteceu alguma coisa?
- Para de ser inconveniente, Sebastian. - Alejandra da um cutucão no rapaz.
- Filha, ta tudo bem? - Meu pai procura por meus olhos.
- Certamente ela foi ter uma noite de amor... - Rafael fala em tom de deboche, com os olhos tão fixos em Sebastian que parecia esperar pelo surto do rapaz.
- Não aconteceu nada disso, Rafael. - Interrompo-o - ...e se tivesse acontecido não é da sua conta. - Bufo, irritada, jogando o garfo em minhas mãos, sobre o prato.
- Ta tudo bem, Paris. - Elena sorri provocativa. - Somos adultos, seu pai não acha que você ainda é virgem.
- Eu preferia pensar que sim... - Ele resmunga para si mesmo, voltando a cortar o seu pão.
- Eu também... - Sebastian cochicha, mas sai mais alto do que poderia prever, ganhando a atenção de todos que estavam ali na mesa. Ele se assusta, mas prontamente disfarça. - Eu também acho que não é problema de ninguém aqui, eu só perguntei se tava tudo bem, não era pra puxar um assunto sobre a vida íntima de ninguém.
- Obrigada. - Forço um sorriso, e volto a pegar o garfo, para fisgar uma panqueca doce no centro da mesa.
Quando todos se calam, o assunto morre e ninguém mais parece interessado em ter uma indigestão logo pela manhã, Leo entra na sala, acompanhado de uma das amigas da Alejandra. Sem fazer questão alguma de disfarçar que haviam dormido juntos. Franzo as minhas sobrancelhas para a sua cara de pau.
- Bom dia, família. - Ele sorri de orelha a orelha, com uma cara terrível de pós sexo.
- E a Camila? - Pergunto, na lata.
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Paris Price - "Missão St. Antonio" [ Sebastian Stan ]
أدب الهواةParis Price é herdeira da maior agência de ceremonial de Nova York, responsável por organizar casamentos dos famosos em todo o mundo. Para ela, amor é apenas negócio, e se vê obrigada a realizar o pior casamento da sua vida, mas também o melhor de s...