Capitulo 24' - Pensanentos em você

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Finalmente, depois de almoçar com Chace, eu chego em minha casa, ainda estressada pelo tempo de conversa com o meu pai. Era muito estranho pensar que a minha relação com ele havia sido destruída do dia para a noite, ele foi de melhor pai do mundo para o pior... eu sentia falta de ser cuidada e amada por um pai de verdade, como ele já havia sido um dia.

Apesar de tudo de estranho que estava me acontecendo, me afastar da Price's tinha sido uma boa decisão, e eu deveria te-la seguido desde o início. Se Sebastian nunca tivesse me convencido a voltar, eu não teria passado pelo que passei naquela noite de terror.

Sentada em meu sofá, com os pés sobre a mesinha de centro, eu zapeio os programas de streaming, a procura de um filme que valesse a pena ser assistido, mas nada parecia suficientemente interessante.

Sabe quando você ta entediada, mas quando sai, não vê a hora de voltar para casa, e quando ta em casa sente um enorme vazios que grita em sua mente que você quer fazer algo para sair daquele sentimento de inutilidade, quando, verdadeiramente, você não quer? Era exatamente como eu me sentia, com tédio da vida, com preguiça de viver. Nenhum filme parecia interessante, nenhum assunto parecia legal, nenhuma pessoa parecia suficiente. Ou, pelo menos, era como eu tentava acreditar ser quando eu não parava de pensar sobre tudo o que havia acontecido naquela manhã, e eu nem estava falando do momento com Chace...

Talvez eu devesse ligar para o Sebastian, tentar entender o que estava acontecendo, porquê a gente decidiu parar de se odiar, logo quando eu mais precisava querer-lo longe... Eu tinha tantas perguntas e tudo parecia tão confuso...

Procuro seu nome na agenda do meu celular de trabalho, na esperança de que tivesse seu número ali, deveria ter, já que fazia parte do cadastro dos nossos clientes... Mas era óbvio que o único número para contato seria o da Alejandra. A mulher era uma pedra no sapato, eu devia ajudar colocar um chifre nela, só por ela ter sido insistente o suficiente para ir até à Helena chorar suas misérias, mesmo depois deu ter me negado a atende-la.

Meus pensamentos são interrompidos pelo toque do interfone, me assustando, quase como se eu tivesse sido pega no flagra fazendo algo de muito errado.

- Srta. Price? - Minha empregada aparece na porta da cozinha. - Tem um rapaz chamado Sebastian pedindo para subir.

Salto do sofá em um único pulo.

- Sebastian? - Me reviro sobre os ombros, como se estivesse a procura de algo: Era a minha dignidade. - Ham... - Passo as mãos pelos fios bagunçados de meu cabelo - Deixa subir! - Ela assente, fazendo uma meia reverência antes de sair. - Aretha? - Ela vira-se sobre os calcanhares, ao ouvir seu nome. - Nenhuma palavra sobre isso! - Mais um aceno de cabeça antes de partir.

O que Sebastian estava fazendo ali? O que ele queria comigo? Por que não podia simplesmente me deixar em paz?

Puxo a gola da minha camisa, me certificando de ainda estar com um bom cheiro, era a primeira vez que eu chegava a casa desde que nos encontramos no provador, ainda não havia tido tempo de tomar um banho, mas até que eu tava cheirosa, com tantas misturas de perfumes em mim, era difícil não estar.

Outro susto com a campainha, e como se estivesse esperando, Aretha reaparece na entrada do corredor.

- Eu abro! - Digo, apertando as mãos com força, contendo a ansiedade que me dominava.

Respiro fundo, passo a lingua nos lábios, aperto meus olhos junto dos punhos...

É isso!

Com pouca coragem, caminho até a porta, como se estivesse indo encontrar o fim da vida, porque a sensação que eu tinha era que ele ia acabar comigo, e eu não estava falando no bom sentido. Eu estava com passagem comprada direto para o inferno!

Paris Price - "Missão St. Antonio" [ Sebastian Stan ]Onde histórias criam vida. Descubra agora