Capitulo 25 - Cama de gato

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- Isso ta errado... - Resmungo, tentando buscar a gota de racionalidade que ainda me restava. - Vai embora, Sebastian, por favor...

- Paris...

- SEBASTIAN, POR FAVOR! - Empurro-o para longe, me soltando do seu toque. Eu não podia ser tão cruel ao ponto de magoar o Chace daquela forma...

- Que saco! - Se aperta, enquanto ajeita o próprio jeans. - Meu deus, você é impossível. - Bufa.

- Você-vai-se-casar! - Digo, pausadamente, apertando os dentes.

- Não-muda-nada! - Me imita, apertando seus dentes exatamente como eu.

- Então não deveria se casar, Sebastian...

- É fácil, falar, não é? Então larga o seu namorado, também!

- Por que eu faria isso? - Gargalho.

- Porque é o que você quer! - Da de ombros, como se fosse tudo muito obvio. - Pode dizer o contrário, mas eu to vendo...

- Então deveria procurar um oftalmologista, porquê ta enxergando mal. Ou quem sabe um psiquiatra? Porque ta alucinando! - Aponto para a porta - Agora vai embora, por favor!

- Eu vou pra Hampton amanha, e quando eu chegar lá, Paris, eu vou destinado a fazer o meu casamento funcionar...

- Claro, tudo bem a Alejandra ser corna, agora, desde que você faça o relacionamento de vocês funcionarem no futuro, como você se comprometeu. Mas o meu namorado que se foda, eu sou louca por querer preservar algo que eu... - Bato com força em meu próprio peito -...EU quis fazer dar certo. Mas você... ah, você é... - Reviro minha mente, através das palavras ideais - ...não sei! Quando faz o mesmo que eu, você é ótimo, mas eu sou burra. - Caminho até as portas. - Agora pode ir!

- Você é inacreditável... - Ri, em tom sarcástico, enquanto segue até a saída, comigo em seu rastro - Não precisa me acompanhar, eu conheço o caminho!

Engulo a seco, evitando olha-lo diretamente , apenas esperando começar a descer as escadas para que eu pudesse bater a porta do escritório com toda força que eu tinha. Eu só queria descontar a minha raiva em alguma coisa que não fosse na cara dele. Me sentia tão brava, que podia chuta-ló até minha irritação passar. - Eu o odeio e sempre vou odia-lo. Como pode ser tão arrogante ao ponto de achar que eu aceitaria ficar com ele hoje, para que ele vivesse o conto de fadas dele amanhã? Quero que Sebastian Stan vá para puta que pariu com aqueles olhos azuis, um narizinho perfeito e uma boca gostosa. - PARIS! - Esfrego meus olhos como em uma intensa crise alérgica, sem me preocupar com o rímel que se barraria.

•◦இ•◦

Sebastian Stan

Eu queria dirigir até em casa, arrumar o meu quarto, trocar os lençóis da cama, depilar o peito e escolher a melhor roupa para receber minha futura esposa no dia seguinte, mas nada disso parecia importante. Sai da casa da Paris como um cão escorraçado... mas ela estava certa, sobre tudo - Talvez isso me irritasse. - O que eu queria? O que eu esperava? Eu ia me casar, e Chace era meu melhor amigo. Onde a vida estava me levando, por que o destino estava sendo tão cruel com a gente? Se ele é realmente o namorado dela, eu não posso destruir isso por um capricho.

Mas e se não for? Talvez eu esteja tão apavorado que criei uma realidade falsa em minha cabeça, que não tem a menor possibilidade de acontecer. Eu deveria pergunta-lo, acabar de uma vez por todas com as minhas duvidas. Mas o que eu faria se fosse verdade? Conseguiria desapaixonar, agora que a merda já tinha sido feita em meu coração?

(...)

Estaciono o carro próximo ao central park. Eu precisava de uma caminhada longa, que reorganizasse os meus pensamentos e me fizesse entender os meus sentimentos.

Paris Price - "Missão St. Antonio" [ Sebastian Stan ]Onde histórias criam vida. Descubra agora