Fazia algum tempo que eu não passava minhas noites naquele quarto, mas tudo ainda estava exatamente como eu me lembrava, a mesma cama cheia de almofadas, o mesmo papel nas paredes decoradas com os mesmos quadros... Na estante de prateleiras, ao lado da cama, eu ainda tinha meus livros preferidos de quando era adolescente, e também os globos de neve de cada país que visitei na europa, alguns porta retratos e pelúcias colecionáveis... Era como se o mundo tivesse parado, por ali, esperando o dia que eu entrasse novamente por aquelas portas. Nem mesmo a colcha vermelha, que joguei sobre o edredom branco no dia que decidi sair daquela casa, havia sido mexida. Em cima da lareira, o vaso de flores secas mostrava que ninguém nunca teve coragem de mexer em minhas coisas, nem mesmo para limpar, era como se eu tivesse morrido e lembrar de mim fosse doloroso, ou talvez só, realmente, não se importassem... era difícil dizer.
- Obrigada. - Digo à empregada, que viera trocar o forro de cama, enquanto reviro o número do Chace em minha agenda. Eu havia saído tão rápido do hotel que não tivera tempo de me explicar para ele.
- Paris? - Ele atende, surpreso e ansioso - Paris, o que aconteceu? Te deixei milhares de chamadas, você saiu daqui às pressas...
- Desculpa... - Caminho até a poltrona no canto do quarto. - Lembra que eu te falei sobre aquele jantar em familia?
- Hum? - Resmunga, chateado.
- Então, eu precisei vir... - Inspiro todo ar que posso, enquanto me sento.
- Dirigiu ate Hampton chapada, sozinha, de noite...
- Eu tava bem. - Sorrio, achando fofa a sua preocupação. - Achei que pudesse convencer meu avô a não aceitar o Rafe na empresa...
- Conseguiu?
- O que você acha? Te dou um brinde se acertar...
- Provavelmente não...
- Essa foi previsível, né? - Rio, mais uma vez, como uma forma de mascarar a minha dor.
- Eu sinto muito, meu amor...
- É, eu também... - Dou de ombros, como se ele pudesse me ver, quando na verdade eu só estava tentando soar convincente para mim mesma de que toda aquela história não estava me machucando.
- E o que pretende fazer?
- Eu podia sair de lá... - Me abaixo, para remover meus sapatos e esticar um pouco os dedos. - Mas eu sou uma Price... Ja abri mão da minha casa, não vou abandonar a empresa que eu peguei engatinhando e fiz correr... A vogue paris está atrás de uma matéria, Chace. Acha que vou deixar tudo isso pra Elena e o Rafael destruirem? Eles vão ter que me matar, porque eu só saio de lá morta!
- Então vai trabalhar com Rafe? - Seu tom de voz soa preocupado e também incomodado.
- Vou... - Recosto na poltrona - Como foi seu fim de noite? - Pergunto, mudando bruscamente de assunto, sem vontade de me extender em um assunto que não havia solução.
- Preocupado ne, Rose! - Sua voz engrossa e sei que esta zangado, ao me chamar pelo nome do meio. - Você sumiu, não me ligou nem atendeu minhas ligações e eu não tinha a quem recorrer, nem sua secretária sabe da minha existência. Pra quem eu poderia ligar..?
- Já conversamos sobre isso, Chace...
- Então precisamos conversar de novo!
Bufo, alto o bastante para que ele me ouvisse do outro lado da linha.
- Outra hora, ta? Eu to cansada, estressada e ainda vou acompanhar uma noiva na prova do vestido amanhã cedo... Sabe que, por mais que eu goste de você, que eu goste da gente, isso não é uma prioridade agora!
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Paris Price - "Missão St. Antonio" [ Sebastian Stan ]
FanficParis Price é herdeira da maior agência de ceremonial de Nova York, responsável por organizar casamentos dos famosos em todo o mundo. Para ela, amor é apenas negócio, e se vê obrigada a realizar o pior casamento da sua vida, mas também o melhor de s...