Capitulo 32'' - Virando o Jogo

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Deitada com os olhos fechados, e Sebastian sobre mim, eu espero a sua vez, enquanto sinto a troca energética de nossas peles. Eu havia chegado em meu ápice um pouco antes dele, mas ainda gostava de senti-lo em mim, não como se eu ainda estivesse com tesao, não... era um prazer diferente, que me aquecia o coração. Acaricio o seu cabelo, enquanto ele esconde seu rosto em minha nuca, abafando seus gemidos. Eu sei que devia estar me sentindo triste, ou culpada, mas o que estava acontecendo ali, fazia de mim a mulher mais feliz do mundo. Eu já havia feito sexo muitas vezes em minha vida, mas naquele dia eu entendi o que era fazer amor. Entendi, porquê a minha alma se abriu para a sua, entendi, porquê não teve um único segundo que ele deixou de fazer de nós dois um evento extraordinário. Éramos lindos, perfeitamente suados, a gente se encaixava tão bem que parecia ensaiado. Nossos corpos iam e vinham em uma perfeita sincronia. Tudo parecia parte de um espetáculo, ou a final da copa do mundo. Eu estava tão feliz, que era como comprar uma bolsa Chanel nova, de edição limitada. Ou assistir aos fogos em 4 de julho... com toda certeza eu explodia como fogos de artifício!

E então, exausto e melado, ele tomba ao meu lado. Sua testa estava cheia de gotículas de suor e seu peito ainda subia e descia com força, buscando um pouco de fôlego. Deitando ao meu lado, eu pensei que dormiria, podíamos fazer isso, eu estava cansada como se não dormisse a dias... talvez anos... mas diferente disso, ele continuou a me observar, intensamente, antes de me puxar para um beijo. Seus lábios me tocaram com ternura, mas também com saudade, parecia que ficar muito tempo longe doía, mesmo que esse "muito", fosse, na verdade, só alguns segundos.

- Acho que eu preciso de um banho. - Abre uma risada gostosa, ajeitando minhas sobrancelhas com a ponta dos dedos.

Suspiro, com os olhos em seu sorriso doce.

- O que fizemos, em? - Pergunto

Ele se aninha contra o meu ouvido, me escondendo dentro do seu braço largo.

- Sexo. - Sussurra e recebe um tapa estalado em suas costas.

- Para, Sebastian, eu sei... Você entendeu a minha pergunta! - Fito o teto, perdida em meus pensamentos.

- Ta preocupada? - Pergunta, acariciando todo meu colo nu, sem nenhuma malicia dessa vez.

- Estou preocupada por não ter estar preocupada... - Sorrio, trazendo sua mão até o meu rosto e deixando um beijo em sua palma. - Eu me diverti... - Viro meu rosto para procurar seus olhos azuis. - Foi gostoso!

- Foi muito mais do que gostoso...

- E o que a gente faz agora? Você tinha dito que precisava disso pra conseguir se casar. Significa que fui a sua despedida?

Ele me observa em silêncio, como se procurasse em sua mente alguma resposta para minha pergunta. Mas nenhuma, que ele tinha, seria agradável de ouvir, tão pouco fácil de dizer. Eu sabia que o nosso romance breve não era o bastante para apagar um relacionamento de anos.

Antes de destruir o meu coração, com uma desculpa qualquer, meu telefone grita desesperado junto a mesa de cabeceira. Arregalo meus olhos, sentindo o coração saltar na garganta, enquanto ainda nos olhamos, como se nos perguntássemos quem poderia ser.

Puxo o lençol para perto do corpo, me sentando para atender a ligação. Mais um olhar cúmplice para o rapaz, quando leio "Chace" na tela. Sinto meu coração parar, ele poderia ter me ligado o dia todo, por que justo agora?

- Oi, amor? - Atendo, implorando para que Sebastian não fizesse barulho, mas a primeira coisa que ele faz ao me ouvir, é tossir.

"Cala boca!" Resmungo, sem som, cobrindo o microfone com a mão.

Paris Price - "Missão St. Antonio" [ Sebastian Stan ]Onde histórias criam vida. Descubra agora