Paris Price
- Ah... Sebastian! - Chace abre um sorriso, assim que desfaz o nosso beijo.
Viro-me rapidamente ao ouvir a voz do rapaz, sentindo um terrível calor em minha nuca. Do outro lado do convés estava ele, de pé, entre nós e a sala, que dava passagem de um lado a outro do barco, através de duas portas de vidro. Sebastian tinha os braços colados ao lado do corpo e a mandíbula tão trancada que não conseguia, se quer, disfarçar. Enquanto isso, Chace acenava, ainda achando que o amigo não o havia visto, mas eu sabia que não só via, como odiava o que estava vendo.
- Será que ele não ta vendo a gente? - Chace olha sobre os ombros, como se procurasse para onde o outro olhava.
- Talvez ele seja míope... - Dou de ombros. - Vem, vamos buscar algo para comer! - Seguro em seu braço, na tentativa de arrasta-lo dali, embora ele não pareça interessado em sair.
- Espera, vamos falar com ele... - Segura em minhas mãos, me arrastando para dentro da sala. Tento travar os meus pés no chão, mas eu sabia que resistir seria um atestado de culpa.
Atravesso a sala, contra minha vontade, disfarçadamente cobrindo o rosto com a mão livre, como se eu pudesse me camuflar através dos meus dedos. Sebastian não tinha o direito de sentir qualquer tipo de desconforto com aquela situação, mas eu sabia que sentia.
Quando paramos à sua frente, ele faz questão de não disfarçar. Não esboça um sorriso, tão pouco finge alegria para o seu amigo. Seus olhos me seguem, sem nem uma única expressão facial.
Chace, por sua vez, solta minhas mãos para abraçar o amigo, extremamente feliz de encontra-lo. Naquele momento, eu me senti triste, independente de tudo, Chace não merecia aquela rejeição... ele parecia tão contente...
- Oi, irmão. - Ele da um tapinha nas costas de Sebastian, que não retribuo o carinho. - Como você ta? Essa aqui é a Rose, a garota sobre quem eu te enchi o saco!
- É, eu percebi. - Sebastian engole o desconforto, escondendo as mãos nos bolsos. - Muita coincidência, realmente. Uma feliz coincidência... - Fala, em tom de deboche.
O sorriso de Chace começa a perder o tamanho, finalmente percebendo o péssimo humor do amigo.
- Aconteceu alguma coisa? - Divide o olhar entre nós dois, porque era óbvio que Chace não era tão idiota...
- Não! - Disparo as palavras na mesma velocidade dos meus batimentos cardíacos. - Acontecer o que?
- Desculpa. - Finalmente Sebastian esboça um sorriso amargo, repousando a mão no ombro do amigo. - To estressado com a Ale, não tem nada a ver com vocês dois.
- O que foi dessa vez? - Chace pergunta, preocupado.
- Eh... nada demais, eu resolvo depois... - Mais um sorriso falso.
Por falar no diabo... eu havia falado sobre a impossibilidade de se esconder de alguém naquele iate, certo? Assim que nos vê reunido, Alejandra larga Jon e corre em nossa direção, com seu sorriso de covinha preso nos lábios. Eu já podia imagina-la dando pulinhos de alegria e é exatamente o que ela faz. (...) Repleta de euforia, a mulher pula comigo abraçada, como se fôssemos melhores amigas se reencontrando depois de muito tempo longe.
- Meu deus eu nem acredito que seu namorado é o melhor amigo do meu noivo, eu to muito feliz... - Ela se afasta, procurando pelas mãos de Chace, que ela une a minha, para segurar as duas juntas. - Chace, Paris é a melhor cerimonialista do mundo...
- Eu sei... - Ele sorri, orgulhoso.
- Eu to muito feliz de termos esse laço inesperado. Quando eu soube, quase não acreditei. Tipo, é a Paris Price... e o melhor amigo do meu noivo, juntos. Isso não é tipo, FANTÁSTICO?
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Paris Price - "Missão St. Antonio" [ Sebastian Stan ]
Fiksi PenggemarParis Price é herdeira da maior agência de ceremonial de Nova York, responsável por organizar casamentos dos famosos em todo o mundo. Para ela, amor é apenas negócio, e se vê obrigada a realizar o pior casamento da sua vida, mas também o melhor de s...