O Vampiro Que Me Persegue

Capítulo 11

Ayla

Se passou o tempo dado para eu me entregar, Hestios chamou todos nós para o salão de novo.

Leana estava do lado dele, não podia ser logo ela a ser morta, quando Hestios puxa sua espada, colocou em seu pescoço.

Hastios — Herdeira, você deixará essa senhora morrer em vão, só por que está sendo covarde, e todas as que decidirem se entregar no lugar dela, assim que não tiver a marca, será morta também, então, só você princesa pode salvar ela. — parecia que ele sabia quem eu era e que eu estava aqui, alguém deve ter me entregado...

Não, se alguém tivesse me entregado, por que ele não foi atrás de mim.

Hestios — Rápido princesa ou vou matar essa senhora... — eu estava imóvel e não sei como reagir.

Eu não quero que Leana morra, mas, não consigo nem me mexer, não achei que ficaria tão tensa quando esse dia chegasse.

Quando ele começa a precionar a espada com mais força sobre o pescoço dela mas parecia estar hesitando em matá-la.

Vou tentar ser corajosa e salvar pelo menos a vida da Leana, respiro fundo e tento me mexer, ando lentamente até a frente, mas todo mundo percebeu até Hestios, todos se afastavam de mim para eu chegar lá na frente.

Hestios solta Leana e vem em minha direção, não precisei nem chegar completamente lá na frente para ficar ao lado dele.

Hestios — Sabia que se entregaria Ayla... —como ele sabe meu nome, nunca o perguntou para mim e não acho que alguém falou.

— Como sabe meu nome ? — agora ele sabe meu nome e quem eu sou.

Hestios — Não deveria estar se preocupando com isso agora não é ? — ele está certo, está me puxando para algum lugar.

— Para onde está me levando ? — achei que me levaria para casar para ter o reino logo.

Hestios — Estou te levando para a sala de testes orelhuda, agora fique quieta, sua voz me irrita. — que vampiro desgraçado, eu o odeio, ele só me irrita e usa um apelido ridículo para mim.

Não me resta nada além de ficar em silêncio e pensar no que fazer, posso fazer alguma chantagem para me casar com ele e pedir a segurança dos elfos, isso seria inútil, ele leria a minha mente.

Chegamos em uma porta, ele a abriu e tudo estava escuro, não enxergava nada, até que ele me empurrou e fechou a porta, estou no escuro e não sabia onde estava.

— Me tire daqui !! — eu gritava e batia na porta que tinha acabado de se fechar atrás de mim.

Hestios — Fique quieta sua rata. — escuto seus passos e parece que ele foi embora.

Quando as luzes da sala ligaram, vi uma cadeira no centro da sala, armários e balcões, essa sala era meio suja e mal iluminada.

Hestios — Pronto, agora vamos ver se você realmente é a princesa. — quando ele fala isso dois guardas seguram meus braços, eu tento me soltar e lutar, mas eles são mais fortes e já tinham segurado meus braços.

Me colocaram em uma cadeira e me amarraram, quando prenderam as cordas que ficavam em meus pulsos eles saíram.

Hestios — Certo, vou admitir que não sabemos como a marca aparece, por que obviamente ela é escondida, se você quiser falar como ela aparece para ser um processo menos dolorosa para você orelhuda. — não tem oque fazer mais, vou contar a ele.

— Ela parece com fortes emoções. — quando falo isso ele parece sorrir já que vai ter que brincar com o meu psicológico.

Hestios — Está certa ratinha... Vamos lá, sabia que eu presenciei a morte de seus pais ? — fecho meus olhos e respiro fundo, não vou deixar ele me mostrar como isso foi... minha marca começou a aparecer em meu pescoço.

Hestios — Olha só, foi realmente muito fácil você foi esperta em ter colaborado, se isso não funcionasse eu ia torturar você. — diz enquanto abre a porta dos armários com tudo que precisaria para me arrancar alguma informação.

— Agora que já sabe quem eu sou oque vai fazer ? Como já sabia que era eu ? — tenho tantas perguntas, estou desesperada e chateada, inconsolável e solitária, me entregaram, alguém que eu confiava.

Hestios — Bom, você realmente quer saber Herdeira? — parece inseguro em me contar, nunca vi ele assim antes, deve sentir os meus sentimentos, pelo menos sabe lê-los.

— Sim, eu quero! — falo com incerteza mas mesmo assim quero saber, pelo menos uma parte de mim quer.

Ele fechou sua cara e ficou bravo, não entendi por que estava reagindo assim com a minha pergunta e eu querer saber a resposta.

Hestios — Não vai gostar de saber disso, compreendo seus sentimentos, mas se quer saber, um traidor, um dos meus melhores, Dem, ele te entregou para mim, falou que você era a princesa e onde dormia, sabia que era você, reconheci sei cheiro, logo você, a que eu menos queria que fosse a rainha. — jamais imaginaria que ele estava falando do Dem, eu confiava nele, eu acreditei nele, não é possível que isso tenha acontecido.

— Não é possível, Dem jamais faria isso comigo, ele não me entregaria. — fico ainda mais abalada.

Hestios — Uma pena que ache isso, então vou mostrá-la a você. — ele passa a mão em meus cabelos e encosta na minha testa.

Vejo os corredores escuros, está de noite, e escuto Dem falando algo que doía meu peito, que planejava me entregar, só não tinha falado antes... quando Hestios tira sua mão da minha testa, tem lágrimas em meu rosto.

Hestios — Por isso o matei, se pode trair você, pode me trair também e esse problema se foi agora. — fico sem ar e me derramando em lágrimas quando ele diz que Dem agora está morto.

Não posso acreditar que Dem está morto muito menos que me entregou, eu fui cuidadosa em confiar em alguém e quando confiei me traíram.

Não se deve confiar em ninguém, todos aqueles que já fui próximo me traíram, com pequenas e grandes traições.

Hestios — Também já fui muito traído elfa, mas não precisa se sentir tão desolada, por que rejeitou ele de qualquer forma. — o rejeitei por que não era hora para aquilo, e agora não tenho mais ele.

Hestios — Sinto muito por aquele traidor Ayla, mas não deveria se sentir tão mal.

— Pare de ler minha mente Hestios. — meu coração foi quebrado em milhões de pedaços, não imaginei que teria que passar por isso, sinto tanto ódio.

Hestios — Sério Ayla, chega de drama, quero que junte suas coisas, vai sair do castelo para o casamento, irá morar comigo. — agora isso, o casamento.

— Certo... — me sinto vazia agora.

Os mesmos dois homens que me amarraram agora estão me soltando, meus pulsos estão machucados, e meus pés também, Hestios encara meus pulsos e meus pés mas desvia o olhar rapidamente quando percebo.

Agora vou fazer oque Hestios me pediu, queria fugir e sair correndo, mas não sinto vontade de correr, só quero ficaar sozinha, congelar tudo e ter tempo para pensar, tudo foi tão rápido.

Não sinto vontade de segui-lo mas vou fazer, não sobrou mais nada a que lutar, meu povo não me apoiou, apenas me ignorou quando precisei, não tiveram piedade quando meus pais morreram e nem mesmo comigo que os perdi.

Vou para o meu quarto, e tirou todas as minhas roupas do guarda roupa, não tenho nenhuma bolsa, apenas tirei tudo, fui tomar um banho, acabei ficando uma hora e nem tinha percebido.

Hestios aparece mais tarde depois do banho, e abre a porta, nem sequer bateu, acho que sabe que já tinha saído do banho.

Hestios — Vou levar suas roupas para queimar, usará roupas melhores em meu reino, agora vá dormir, daqui dois dias iremos viajar.

Me deito e escuto os passos dele indo embora, bate a porta e eu tento dormir, não sei se vou ter muito sucesso com isso...

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