Capítulo 19

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  Ayla

  Hestios sai logo depois que eu termino de comer, vou conseguir aproveitar o dia assim tranquilamente, estava planejando ler, mas não vou conseguir deixar a minha mente silenciosa para isso.

  Já conheço a casa, mas poderia ver o lado de fora, é um bosque enorme, se eu não me perder aqui, acho que tudo bem e se eu me perder, não vai ser tão ruim.

  Acho que eu poderia fugir, ir embora, antes a sete messes atrás eu não saberia me cuidar e nem sobreviver, mas as coisas mudaram agora, talvez eu consiga estabelecer uma vida lá fora.

  E... deixar o meu povo, eu não sei, não sei se deveria deixar eles, mas eles me deixaram, não me entregaram, mas, quando eu precisei da ajuda e apoio deles, não houve uma alma viva que se ofereceu.

  Não sei quando ele vai voltar, mas espero que demore muito, muito mesmo, que constrangedor, não acredito que aquilo aconteceu.

  Eu tenho que me acalmar, ok... tudo bem, aquilo não foi nada e eu estou muito emotiva ultimamente, não sei oque está acontecendo comigo, eu chutaria que seja tudo oque está acontecendo, vou me casar, me mudei, perdi meus pais, o Ben e eu odeio com quem eu vou me casar.

  Eu preciso verdadeiramente beber, tudo oque eu mais preciso agora, aliviar as mágoas, nada como um bom vinho e assim que estiver bastante alcoolizada vou dormir, mudei completamente a minha ideia de conhecer o bosque, vou ficar em casa bebendo.

  Não sei se tem algum vinho ou qualquer tipo de bebida nessa casa, mas espero que tenha, saio da cozinha e vou até a despensa, vou até a última estante aonde eu encontro 3 garrafas de whisky, lembrei que o antigo morador da casa era um senhor velho.

  Pago uma das garrafas, agora descido para onde vou para beber, acho uma ideia melhor ficar no quarto, passo na cozinha pela última vez e pego um copo consideravelmente grande, me dirijo até o quarto finalmente.

  Me deito na cama e deixo a garrafa de whisky e o copo sobre o criado mudo ao lado da cama, assim que me sinto mais confortável na cama, pego o copo e o encho até a metade, não espero muito e viro todo o copo, é ruim no começo, uma ardência na minha garganta.

  Eu não tinha dezoito anos quando estava com meus pais, é a minha primeira vez bebendo e acho que estou me saindo bem, não senti nada até agora além da ardência e o aquecimento no meu estômago.

  O copo está vazio, o encho novamente, só que agora, coloco um pouco mais da metade, não o viro dessa vez, já que agora sei da ardência na minha garganta, parece que está queimando, sinto meu corpo se esquentando e o meu rosto também.

  Termino de beber o segundo copo, estou quase no meio da garrafa, acho que vou com um pouco mais de calma agora, mas cada vez que tomo mais, parece melhor, espero que eu não me torne uma alcoólatra.

  Que vida ótima, tomando whisky sozinha na cama, predestinada a alguém que você odeia, que não te ama e só vai casar com você por poder, eu tento ser positiva e lutar por isso, matá-lo ou algo assim.

  Mas sempre reaparece aquele sentimento que não vou me libertar e viver nisso para sempre, eu estou enchendo o terceiro copo agora, ainda mais cheio do que o segundo, o tomo mais rápido do que planejei.

  Ignoro o copo a partir de agora e apenas pego a garrafa, eu pareço cada fez mais sem juízo algum, mas me traz um pouco de alegria e principalmente esquecimento.

  (...)

  Hestios

  Eu estou fora há algumas horas, precisava desse tempo, ficar perto daquela orelhuda estava me deixando estranho.

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