Pov. Lisa
A gélida brisa da noite batia suavemente contra a porta de vidro aberta que dava acesso à sacada, adentrando de modo abrupto enquanto balançava as curtinas de cor branca em suaves e ritmadas ondas. Através da única abertura naquele cômodo, era possível sentir o frio aconchegante a carismático daquele horário, que se completava com um cenário de céu totalmente escuro, com apenas algumas pequenas estrelas que se perdiam na multidão das luzes artificiais do bairro.
Os únicos sons presentes no quarto era o leve farfalhar do tecido de alta qualidade das cortinas, o som da cama batendo contra a parede conforme nos moviamos com intensidade, os gemidos baixos por conta de Rosé estar lá embaixo, arfares, era uma perfeita sintonia somada ao barulho de nossos corpos suados se chocando. E para completar meu êxtase de prazer, Jennie cavalgando e quicando sobre mim, com a boca entreaberta soltando gemidos sexy e com a cabeça jogada para trás, cravando suas unhas em meus ombros.
Ah... isso é o cúmulo! Me sentia tão leve e mesmo gozando diversas vezes, fico excitada rapidamente só de ver essa beldade se deliciando em cima do meu pau, nem se importando se estamos na casa de seus pais, apesar de os mais velhos não estarem presentes. Fechei meus olhos após sentir que estava quase chegando em meu clímax, apertando fortemente sua cintura contra meu corpo. Ouvi um som de notificação vindo do meu celular que se encontrava carregando, na cômoda ao lado da cama, mas estava muito ocupada agora e pouco me fodendo para o aparelho.
Senti Jennie parando os movimentos gradativamente, logo parando por completo me forçando a abrir os olhos curiosa para saber o motivo dessa parada repentina no meio de meu, quinto? Sexto? Ou era oitavo orgasmo? Não faço ideia!
– Que... porra é essa?? - Falou com sua voz repleta de raiva, e só aí percebi que ela segurava algo em mãos: meu celular.
– O que foi? - Beijei seu pescoço, movimentando-me embaixo dela, tentando motivá-la para voltarmos ao pico de prazer que estávamos há segundos atrás.
Ela literalmente pulou de cima de mim, saindo da cama com a raiva transbordando em sua feição. Eu estava confusa e frustrada, de pau duro enquanto olhava curiosa para uma baixinha completamente nua ao lado da cama, olhando atentamente para o aparelho celular em suas mãos; meu aparelho celular.
– "Olá, meu amorzinho. Venha na minha casa amanhã para terminarmos o que você causou ontem, sua folgada! Pranpriya, você quebrou a minha cama e vazou, me deixando aqui com uma cama quebrada e eu que não vou consertá-la." - Falou sem tirar a atenção do celular, parecendo ditar alguma coisa que lia.
– Tá, e? - Jogou o celular na cama e eu o peguei, vendo essa mensagem de um número desconhecido.
– Quem é? - Olhei para ela mais perdida que cego no meio do tiroteio.
– Er... como espera que eu saiba? Se você não viu aqui, é um número desconhecido que eu nunca vi na minha vida.
– "Que eu nunca vi na minha vida." - Fez uma voz engraçada, tentando imitar a minha, mas falhando miseravelmente. - Que história é essa de "quebrou a minha cama"!?
– Eu não sei, Jennie. - Eu realmente não faço ideia de quem seja essa pessoa - Talvez seja um engano, sei lá, Jennie. Eu definitivamente não conheço esse número.
– Ah! E essa vagabunda sabe seu nome como?? - Tá, quem me chama de Pranpriya são apenas meus familiares, ou amigos íntimos, fora minha namorada quando está com raiva, claro.
– "Vagabunda"? Não estou vendo nada que indique que seja uma mulher. Olha, eu não faço ideia de quem seja.
– Tá me achando com cara de idiota?! - Pegou o celular da minha mão - Onde estava ontem??
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Um novo recomeço. (G!p) Jenlisa
FanfictionO que você faria se o "amor" ao qual acreditava ser puro e belo, fosse totalmente tóxico e ruim para ambos os lados? Um relacionamento abusivo e repleto de ciúmes, brigas e discussões? Apesar de um dia ter sido algo belo, algo lindo, se tornou extre...